No mês em que a Cinemateca dá por encerrada a principal iniciativa com que comemorou os 50 anos do 25 de Abril (o Ciclo Que Farei Eu com Esta Espada?, dividido nos seus quatro eixos: Revolução, Liberdade, Comunidade e Futuro), exibe-se, em contexto desse mesmo Ciclo, a nova cópia digital de mais um dos muito títulos da filmografia de Abril: BARRONHOS – QUEM TEVE MEDO DO PODER POPULAR?
Considerado por Luís Filipe Rocha como o seu primeiro filme, tem como ponto de partida um crime ocorrido num bairro periférico de Lisboa para fazer uma investigação sobre o bairro no contexto social e político do período pós-revolucionário em Portugal. «Um documentário dramatizado sobre um crime de morte num bairro de lata, durante o Verão Quente de 1975», explica o realizador.
A sessão, programada para o dia 12 de dezembro às 18h30 na sala M. Félix Ribeiro, será seguida de uma conversa em torno das várias questões levantadas por BARRONHOS – QUEM TEVE MEDO DO PODER POPULAR?, que contará com a participação de Luís Filipe Rocha, o arquiteto Ricardo Santos (autor de uma investigação publicada sobre as operações SAAL em Lisboa e Oeiras), o engenheiro Albano Pereira e o arquiteto José Cid, ambos membros da operação SAAL "Portela-Outurela", em Oeiras.