Com práticas e objetos muito diferentes, feitos a partir de impulsos distintos, e resultando em filmes muito díspares também, Regina Guimarães e Saguenail aproximam-se nas perguntas e na reflexão, profunda e contínua, que mantêm sobre o cinema – sobre as suas formas, as suas possibilidades, os seus limites.
Estas questões são colocadas não apenas na prática do cinema, mas também na reflexão crítica e no ato de programar, facetas que desenvolveram ao longo dos anos na apresentação e discussão de filmes (seus e de outros autores). Estas são facetas que os espectadores poderão desvendar ao longo do próximo mês, quando Regina Guimarães e Saguenail estiverem na Cinemateca para apresentarem os seus filmes e os da carta branca que propuseram.
Será um programa que acompanha a visão que os dois têm sobre o cinema e sobre o lugar que os seus filmes ocupam por entre os filmes que veem e amam. Um programa feito por dois cinéfilos, de uma cinefilia apaixonada que arde e é declarada (por citações, referências) dentro dos seus próprios filmes – onde se encontram os cineastas não programados nesta carta branca (Godard, Marker, Carné, Lehman, tantos outros).
À exceção de MUDAS MUDANÇAS, MA’S SIN e OS MEUS MORTOS, todos os filmes de Regina Guimarães e Saguenail a exibir no Ciclo são primeiras apresentações na Cinemateca. No final do ciclo, que arranca às 18h30 do dia 3 de junho, está previsto o lançamento de um catálogo dedicado ao cinema da dupla.
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aqui o programa completo.