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Assunto: Programação
Data: 11/04/2019
Artavazd Pelechian na Cinemateca em maio
Artavazd Pelechian na Cinemateca em maio
“Para mim, a montagem à distância abre os mistérios do movimento do universo. Posso sentir como tudo é feito e colocado em relação; posso sentir o seu movimento rítmico.”
Artavazd Pelechian

Artavazd Pelechian vem à Cinemateca em maio apresentar a sua obra cinematográfica e participará numa conversa com o público, numa iniciativa realizada em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian.

Nascido na Arménia em 1938, Artavazd Pelechian é um dos mais importantes cineastas do presente cuja obra começou a ser conhecida no Ocidente a partir de meados dos anos oitenta. Mestre absoluto da montagem, Pelechian é autor de uma filmografia breve, mas magnífica, composta essencialmente por curtas-metragens de natureza documental assentes em imagens de arquivo, mas também em imagens por si filmadas, reveladoras de uma poética única e do poder transformador do cinema.
 
Desenvolvendo-se ao longo de três décadas, o início da sua obra cinematográfica remonta a meados da década de sessenta, o período em que frequentou o conhecido institudo de cinema de Moscovo, o VGIK, momento em que estabelece ainda as bases de uma reflexão teórica, que desenvolverá paralelamente à prática cinematográfica. Os últimos filmes, os belíssimos FIM e VIDA, datam de meados dos anos noventa, altura em que Pelechian deixa de filmar.
 
É desde o início clara a sua relação com a tradição clássica soviética da montagem, mas também a sua singularidade, como revela o seu conceito de  “montagem à distância”. Através de uma apurada manipulação das imagens de base com que trabalha em que a música desempenha um papel essencial, Pelechian constrói um cinema que se desenvolve à margem do cinema dominante em que o homem é retratado como parte de um mundo em movimento incessante, numa visão verdadeiramente única do cinema e do mundo.
Títulos a apresentar de Artavazd Pelechian:
 
O Início, 1967, 10’
Nós, 1969, 30’
Os Habitantes, 1970, 10’
As Estações, 1972, 29’
Nosso Século, 1982-1990, 30’
Fim, 1992, 9’
Vida, 1993, 6’
 
Le cinéaste est un cosmonaute, de Vincent Sorrel, 2018, 59’