A estreia da filmografia de Uri Zohar em salas portuguesas dá-se entre 9 e 20 de outubro na Cinemateca, num Ciclo que exibirá a quase totalidade dos títulos assinados por um dos nomes mais relevantes do cinema israelita, considerado por muitos como o inventor do novo cinema israelita.
Uri Zohar, que abandonou o cinema em 1977 para se dedicar à religião, fora responsável, desde o princípio da década de 60, por uma obra que inaugurou a denominada “nouvelle sensibilité” na produção cinematográfica de Israel. Ousando questionar o machismo, o militarismo ou a indústria do espetáculo, o cineasta tornou-se, rapidamente, numa figura reconhecível, não só na cultura popular israelita, como internacionalmente (a sua primeira longa-metragem, HOR BA LEVANA/”Um Buraco na Lua” fora, logo, selecionada para a Semana da Crítica em Cannes).
A retrospetiva contará com a presença em Lisboa de Ariel Schweitzer, crítico dos Cahiers du Cinéma e co-programador do ciclo, para apresentar alguns dos filmes do realizador e para uma conferência sobre a sua obra (dia 12 de outubro, 18h, sala Luís de Pina) e do documentarista israelita Avi Mograbi, um dos realizadores cujo trabalho foi influenciado pela obra de Zohar, para apresentar a sessão de HA’TZAD HASHENI/ “O Outro Lado” e EYNAIM GDOLOT/ “Olhos Grandes” (dia 18 de outubro, 22h, sala M. Félix Ribeiro)
Sessões Especiais:
12/10/2023 - 18h | Sala Luís de Pina
URI ZOHAR – INVENTOR DO MODERNO CINEMA ISRAELITA
Conferência por Ariel Schweitzer
18/10/2023 - 22h | Sala M. Félix Ribeiro
HA’TZAD HASHENI/ “O Outro Lado” e EYNAIM GDOLOT/ “Olhos Grandes” (Uri Zohar, 1968 e 1974)
Sessão apresentada por Avi Mograbi
Entre 9 e 14 de outubro, todas as sessões do Ciclo serão apresentadas por Ariel Schweitzer.