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Assunto: Exibição
Data: 12/08/2024
A Revolução Portuguesa através do Cinema - 18 a 24 de agosto em Lussas, França
A Revolução Portuguesa através do Cinema - 18 a 24 de agosto em Lussas, França
A Cinemateca Portuguesa, em parceria com o Camões - Centre Culturel Portugais à Paris, assinala o 50º aniversário da Revolução dos Cravos com um ciclo de cinema a realizar ao longo deste ano, nas cidades de Toulouse, Lussas, Paris e Lille.
 
Programado em parceria com a Cinémathèque de Toulouse, o États généraux du film documentaire, a Sorbonne Nouvelle - La Cinémathèque Universitaire e a Associação Cineluso, este ciclo apresenta uma importante seleção de filmes recentemente digitalizados e restaurados pela Cinemateca Portuguesa, exibindo também algumas destas obras nos seus formatos originais.
 
Em maio, a Cinémathèque de Toulouse dedicou a primeira parte do ciclo ao documentário realizado no período pós-revolucionário. O segundo momento acontece agora em Lussas, entre 18 e 24 de agosto, no âmbito da 36ª edição do États généraux du film documentaire.
 
Evitando “a retórica de aniversário” e desviando-se até da ideia de dar sobretudo a ver os acontecimentos de 1974/75, este é um programa original, desenhado pelo historiador e programador Federico Rossin, que, não deixando de evocar aqueles acontecimentos, procura levantar pistas de leitura da história do cinema português anterior e posterior a essa fronteira, centrando-se na vertente mais documental ou antropológica, não se cingindo aos nomes ou títulos mais divulgados a nível internacional.
 
O programa desenrola-se em duas partes complementares. A primeira, designada “História do Documentário – Portugal: antes e depois da revolução” (“Histoire de Doc – Portugal: avant et après la révolution”), engloba filmes de longa e curta-metragem do final do mudo à década de 80. A segunda é dedicada a um único autor, António Campos (“Fragmento de uma obra” / “Fragment d’une œuvre”), abarcando consistentemente a obra documental deste (ou, mais uma vez, a sua obra mais diretamente antropológica) desde o início da mesma, no final da década de 50, até ao final da década de 70.
 
O realizador Luis Galvão Teles estará presente em Lussas para acompanhar a projeção do seu filme A CONFEDERAÇÃO – O POVO É QUE FAZ A HISTÓRIA (1977). Uma das raras incursões do cinema português pela ficção especulativa, este filme desafia as convenções formais e estéticas das produções militantes ao mesmo tempo que se inscreve nas explorações sociais, políticas e filosóficas da época. Com banda sonora de José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto.
 
O ciclo continuará nos meses de novembro e dezembro, com mais dois momentos de programação, em Paris e em Lille.