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Assunto: Gestos & Fragmentos
Data: 29/05/2020
O Museu vai a casa
Zootrópio
Zootrope, Zoetrope ou Daedaleum
The London Stereoscopic & Photographic Company (atr.)         
Londres, 1870 ca
Col. CP-MC | PC237

 
O Zootrópio da coleção da CP-MC, embora já não apresente a etiqueta do fabricante (litografia colada na base do tambor), está atribuído à empresa The London Stereoscopic & Photographic Company, uma das primeiras empresas britânicas a registar a patente e a fazer a sua comercialização. É constituído por um tambor em liga metálica com 12 fendas equidistantes assente numa base de madeira e que gira em torno do seu eixo. Para criar a ilusão de movimento é colocada, na circunferência do tambor, uma banda de papel com uma sequência de 12 imagens desenhadas; girando o tambor, várias pessoas em simultâneo podem observar as imagens em movimento. A banda em animação (PC239) faz parte de um conjunto de 15 bandas, litografadas e coloridas à mão, do final do séc. XIX, de autor desconhecido.  
O conceito foi apresentado, em 1834, pelo matemático inglês William George Horner (1786-1837). Interessado em experiências óticas e entusiasmado com as imagens em movimento do fenaquistiscópio de Plateau, descreveu uma variante: um tambor que gira sobre o seu eixo, com uma sequência de desenhos, em que cada desenho é ligeiramente diferente do seguinte; as imagens são vistas através de fendas equidistantes dispostas em torno da circunferência, aproveitando o fenómeno phi para produzir uma ilusão de movimento. Os desenhos deviam ser feitos nas superfícies do tambor entre as aberturas, e não em bandas como posteriormente foi comercializado. Ao contrário do fenaquistiscópio, este dispositivo permitia que várias pessoas simultaneamente pudessem observar o efeito. Horner deu-lhe o nome de daedaleum (de Daedalus, mítico inventor, arquiteto e escultor grego, pela sua habilidade técnica de criar figuras de homens e animais ‘dotados de movimento’).