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Assunto: Gestos & Fragmentos
Data: 29/01/2021
O Museu vai a casa
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Câmara de filmar 35mm
Pathé Professionnelle (Tapon)
Etablissements Pierre Victor Continsouza para
Compagnie générale de phonographes,
cinématographes et appareils de précision, Pathé Frères
França, 1908-1920
Col. CP-MC | GF713/000

 
Câmara de filmar de 35mm (perfurações Edison); caixa em madeira forrada a couro; tração intermitente com 1 garra lateral; obturador (disco) de abertura variável (30º-200º); 1 objetiva intermutável E. Krauss (Paris) “Tessar”, f/3.5 de 50mm, nº125279; visor lateral e visor traseiro; 1 magasin externo de 120m (marcado “688”); manivela; contador de metragem impressionada; bolha de nível; tripé Pathé Frères (Paris); número de fabrico 1600.
A câmara Pathé Professionnelle (Tapon) foi posta à venda apenas em 1910. Foi uma das câmaras de filmar de 35mm mais utilizadas durante todo o período do cinema mudo, tanto na Europa – nas primeiras produções da produtora francesa Le Film d’Art – como nos Estados Unidos – onde foi usada por realizadores como D.W. Griffith e Cecil B. DeMille. Nos seus elementos essenciais, a estrutura desta câmara aproxima-se bastante do cinématographe Lumière (1895) embora tenha maiores dimensões e algumas novas características. Tal como a câmara Lumière, a Pathé tinha a manivela na parte traseira e possuía um sistema de tração intermitente com uma garra. Porém, a Pathé incluía no seu sistema de tração contínua dois tambores dentados e dois “Latham loops” destinados a criar folgas no percurso da película pelo interior da câmara e assim diminuir a eventualidade de rasgões. Este mecanismo era indispensável num momento em que aumentava a capacidade dos magasins, para o quádruplo da capacidade de outras câmaras precedentes. A posição dos magasins de débito e de carga no exterior da câmara (topo) representou uma inovação em relação às câmaras inglesas que dominavam o mercado europeu e que incluíam os magasins no seu interior, sobrepostos verticalmente um sobre o outro. Em Portugal, a Invicta Film usou uma câmara deste modelo nas suas principais produções (por exemplo, em AMOR DE PERDIÇÃO (1921) e em OS FIDALGOS DA CASA MOURISCA (1920), ambos de George Pallu).