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Assunto: Gestos & Fragmentos
Data: 07/05/2021
O Museu Vai a Casa
Conjunto de vidros para lanterna mágica
Vues de Paris
Lapierre
França, 2ª metade do Séc. XIX
CP-MC | PC029/000

 
Conjunto de 10 vidros Lapierre, impressão em série parcialmente colorida à mão; placas retangulares fixas com 2 imagens de vistas de Paris identificadas no lado direito da placa; rebordo em fita de papel verde; série Vues de Paris: Le Pont Louis-Philippe/ L’Ecole Militaire (1); Le Pont de la Concorde/ Le Palais du Luxembourg (2); Palais de Justice/ Eglise Saint Sulpice (3); Place de la Concorde/ Eglise de la Madeleine (4); Notre-Dame/ Le Panthéon Eglise Ste Genevieve (5); Arc de Triomphe de l’Etoile/ Colonne de la Place Vendôme (6); L’hotel de Ville/ La Sorbonne (7); Palais des Tuileries/ La Porte St. Martin (8); L’Hotel des Invalides/ Le Chateau d’Eau (9); Ecole de Medecine/ Palais du Louvre (10).
A família francesa Lapierre dedicou-se ao longo de várias gerações ao fabrico de lanternas mágicas, respetivos vidros e equipamentos cinematográficos. Em 1848, Auguste Lapierre montou uma pequena oficina em Paris, especializada em lanternas mágicas brinquedo. Em 1860, depositou uma patente de um método de moldagem e cunhagem de chapas de metal, que lhe permitiu uma redução significativa nos custos de produção em relação ao seu principal rival nesta área, Louis Aubert, também fabricante de lanternas mágicas. Rapidamente, Lapierre tornou-se o principal fabricante de lanternas de brinquedo em França e mudou as suas oficinas para as antigas instalações de Aubert. Os seus vidros para projeção, de início totalmente pintados à mão, e mais tarde produzidos em série através de impressão e coloridos parcialmente à mão (facilmente distinguidos pela sua moldura em papel verde), também se apoderaram do mercado francês, com o seu vasto repertório de contos, lendas, fábulas e até sátiras políticas. Após a reforma do seu pai, Edouard Virgile Lapierre lançou novos desenhos de lanternas e acessórios complementares, que podiam ser adquiridos separados ou num único conjunto, como o Lampadophore e o Luciphone (um fonógrafo). Em 1902 a empresa foi transformada em Lapierre Frères et Cie, uma parceria entre Edouard e os seus dois filhos Maurice e René Lapierre. No entanto, os filhos tiveram menos sucesso do que o pai e foram obrigados a fundir-se em 1908 com os irmãos Demaria, fabricantes de material fotográfico e cinematográfico. Mais tarde, em 1921, René fundou uma nova empresa e ainda produzia projetores cinematográficos na década de 1950.