14/11/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Hollywood B
China’s Little Devils
de Monta Bell
com Harry Carey, Paul Kelly, Ducky L. Louie, Gloria Ann Chew
Estados Unidos, 1945 - 75 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O último filme de Monta Bell, que trabalhara, no tempo do mudo, nos maiores estúdios americanos e com algumas das suas maiores vedetas (como Norma Shearer ou Greta Garbo) mas acabou a trabalhar na “poverty row” (CHINA’S LITTLE DEVILS é uma produção da Monogram). Após uma aterragem forçada junto das ruínas de uma aldeia chinesa, um piloto americano salva um órfão de guerra e leva-o para a sua unidade, sendo a criança adotada pelos “Flying Tigers” que a enviam para uma Missão. O miúdo vai treinar as outras crianças em operações de guerrilha e todas participarão na luta contra os japoneses.
 
14/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
The Twenty-Four Dollar Island | The City | Skyscraper | Bridges-Go-Round
duração total da projeção: 80 min | M/12
THE TWENTY-FOUR DOLLAR ISLAND
de Robert Flaherty
Estados Unidos, 1927 – 12 min / mudo, intertítulos legendados eletronicamente em português
THE CITY
de Ralph Steiner,  Willard Van Dyke
Estados Unidos, 1939 – 43 min / legendado eletronicamente em português
SKYSCRAPER
de Willard van Dyke, Irving Jacoby, Shirley Clarke
Estados Unidos, 1959 – 21 min / sem diálogos
BRIDGES-GO-ROUND
de Shirley Clarke
Estados Unidos, 1958 – 4 min / sem diálogos

A abrir a sessão uma célebre curta-metragem de Robert Flaherty dos anos vinte que aborda as origens da Ilha de Manhattan cujo subtítulo é bem revelador "A Camera Impression of New York". Concebido para ser apresentado na Exposição Internacional de Nova Iorque enquanto manifesto por uma cidade à escala humana, segundo os créditos humanistas de Lewis Mumford (o autor do comentário), THE CITY é um clássico do documentário sobre Nova Iorque durante a Depressão, retratando os vários aspetos urbanos do New Deal. Mais de 20 anos depois de THE CITY, Willard van Dyke seria um dos coautores de SKYSCRAPER (juntamente com Irving Jacoby e Shirley Clarke), cujo tema é a construção do nº 666 da 5ª Avenida, ao som do jazz, poemas, canções e das vozes dos atores nos papéis de operários. Mais livre, BRIDGES-GO-ROUND (em primeira exibição na Cinemateca) é assinado exclusivamente por Clarke e o ritmo musical da montagem é devedor da formação de bailarina e coreógrafa da realizadora, discípula de Martha Graham. Um conjunto de grandes documentos sobre Nova Iorque, que rimam ou contradizem o espírito de um clássico como THE FOUNTAINHEAD, também mostrado este mês.
 
14/11/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa | Uma Outra América: O Singular Cinema do Quebeque

Em colaboração com o Doclisboa, com o apoio do Office National du Film du Canada / National Film Board of Canada e da Cinémathèque Québécoise
Les Journaux de Lipsett | La Mémoire des Anges
duração total da projeção: 103 min | M/12
A Memória dos Filmes
LES JOURNAUX DE LIPSETT
de Theodore Ushev
Canadá, 2010 – 14 min / legendado eletronicamente em português
LA MEMOIRE DES ANGES
de Luc Bourdon
Canadá, 2008 – 89 min / legendado eletronicamente em português

O cinema é o tema dos dois filmes que preenchem esta sessão. Nascido em 1968 na Bulgária e instalado no Canadá desde 1999, Theodore Ushev é um gráfico que concebe cartazes e realiza filmes de animação. Em LES JOURNAUX DE LIPSETT ele explora a obra do realizador experimental canadiano Arthur Lipsett (1936-86). Em LA MÉMOIRE DES ANGES, o seu filme de estreia, Luc Bourdon faz um retrato de Montréal através do tempo, a partir de centenas de curtas e longas-metragens produzidas pelo Office National du Film nos seus primeiros quarenta anos de existência. Aborda temas como o hóquei, a religião, a vida dos trabalhadores, o entretenimento.
 
14/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1917 no Ecrã III

Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Gori, Gori Moya Sveda
“Brilha, Brilha, Minha Estrela”
de Aleksandr Mitta
com Oleg Tabakov, Elena Proklova, Leonid Kuraviev
URSS, 1970 - 90 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Aleksandr Mitta, especialista de filmes para crianças, situou GORI, GORI MOYA SVEDA numa pequena cidade russa, durante a guerra civil que se seguiu à revolução. Lá vive um ator, encarnado por Oleg Tabakov, o inesquecível protagonista de ALGUNS DIAS NA VIDA DE OBLOMOV, cujo nome significa “Arte Revolucionária Para as Massas”, que tem a obsessão de criar um “teatro do povo”. Com a sua pequena troupe, ele percorre regiões que mudam de mão quase diariamente, passando dos Vermelhos para os Brancos e vice-versa. No meio da luta fratricida, os atores fazem brilhar a estrela da fantasia e da imaginação. Um filme surpreendente.
 
14/11/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
1917 no Ecrã III

Em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia
Interventsyia
“Intervenção”
de Gennadi Poloka
com Vladimir Vissotsky, Julia Burigina, Yuri Tolubeev, Marlen Khutsiev
URSS, 1968 - 94 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Embora seja pouco conhecido no estrangeiro, Gennadi Poloka (1930-2014) é um dos cineastas mais originais e irreverentes da sua geração. INTERVENTSYIA, o seu terceiro filme, foi encomendado para as celebrações do 50º aniversário da revolução, mas foi considerado tão insólito que foi imediatamente engavetado e só teve difusão a partir de 1987. O realizador declarou que quis “evitar canonizar a revolução” e para tanto fez um filme inteiramente rodado em estúdio, num ambiente reminiscente de certos aspetos do teatro brechtiano, na sua relação com o cabaré e o circo. A ação evoca a luta entre burgueses, polícias e revolucionários, com diálogos praticamente ininterruptos, num ritmo de farsa, que nada tem a ver com a representação habitual da revolução no cinema.