25/07/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Fantasmagorie | Mad Love / The Hands of Horloc
duração total da sessão: 69 min | M/12
FANTASMAGORIE
de Émile Cohl
França, 1908 – 1 min / mudo, sem intertítulos
MAD LOVE / THE HANDS OF HORLOC
de Karl Freund
com Peter Lorre, Frances Drake, Colin Clive, Ted Healy, Sara Haden
Estados Unidos, 1935 – 68 min / legendado eletronicamente em português

FANTASMAGORIE é um espantoso filme de animação que começa com a mão do autor a desenhar um palhaço num quadro negro e a libertar a sua figura numa inventiva e progressiva metamorfose. MAD LOVE (primeira exibição na Cinemateca), também distribuído como THE HANDS OF HORLOC, adapta o romance Les Mains d’Orlac, de Maurice Renard (1920), seguindo uma história de obsessão, de um médico por uma atriz, personagens interpretadas por Peter Lorre e Frances Drake. O filme de Karl Freund é o primeiro título americano da filmografia de Lorre, no papel de um cirurgião demente de cabeça rapada. Lembrando-o em M, de Lang, o “trailer” original apresenta-o como aquele a quem Chaplin chama “o maior ator vivo”. Num texto polémico (Raising Kane, publicado em 1971), a não menos polémica Pauline Kael viu em THE MAD LOVE, que criticou negativamente, uma influência direta para CITIZEN KANE. FANTASMAGORIE é apresentado em cópia digital.
 
25/07/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Filmes Portugueses Legendados
Uma Rapariga no Verão
de Vítor Gonçalves
com Isabel Galhardo, Diogo Dória, José Manuel Mendes
Portugal, 1986 - 82 min
legendado em francês | M/12
Primeira longa-metragem de Vítor Gonçalves, UMA RAPARIGA NO VERÃO foi uma das melhores surpresas do cinema português dos anos oitenta. Revelou Isabel Galhardo e é também o único filme da atriz. Um filme sobre a vida que passa, num dos mais perturbantes e sinceros retratos intimistas do cinema português, que quem viu não esquece. “UMA RAPARIGA NO VERÃO é um filme de cortes violentos e brandas repetições, ou brandas circularidades” (João Bénard da Costa).
 
25/07/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
La Maschera del Demonio
A Máscara do Demónio
de Mario Bava
com Barbara Steele, John Richardson, Andrea Checchi
Itália, 1960 - 85 min
legendado eletronicamente em espanhol | M/14
O filme de estreia de Mario Bava, matriz do cinema italiano de terror, é a sua obra mais célebre, sobretudo pela cena que lhe dá título. É um dos grandes clássicos do cinema fantástico. Filmado a preto e branco pelo próprio Bava e tendo como ponto de partida uma novela de Gogol, o filme pode ser vinculado ao “gothic” anglo-saxão, com a sua atmosfera fechada de estúdio, com criptas e bosques inquietantes e uma história complexa, permeada de sadismo, mas vive sobretudo pela atmosfera que cria. À época, Jean Douchet escreveu na revista Arts que este era “o primeiro filme de vampiros que não é indigno dos dois ilustres modelos: NOSFERATU de Murnau e VAMPYR de Dreyer”. LA MASCHERA DEL DEMONIO teve uma única passagem na Cinemateca.
 
25/07/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com Curtas Vila do Conde
My Burden | Los Desheredados | O Peixe | Les Îles
duração total da projeção: 78 min
Premiados internacionais
MY BURDEN
de Niki Lindroth Von Bahr
Suécia, 2017 - 13 min
LOS DESHEREDADOS
de Laura Ferrés
Espanha, 2017 - 19 min
O PEIXE
de Jonathas de Andrade
EUA, Brasil, 2016 - 23 min
LES ÎLES
de Yann Gonzalez
França, 2017 - 23 min

A segunda sessão dedicada ao Curtas Vila do Conde 2017, junta os outros filmes premiados da sua competição internacional (o prémio principal viria a ser atribuído a Marta Mateus, presente na sessão de dia 24). MY BURDEN, de Niki Lindroth Von Bahr, foi a Melhor Animação (um musical em "stop-motion"); LOS DESHEREDADOS, de Laura Ferrés, recebeu o prémio de Melhor Curta-Metragem Europeia (o retrato do pai da realizadora a enfrentar o fim do seu negócio de família - e que passou, este ano, no Festival de Cannes); O PEIXE, de Jonathas de Andrade (documentário sobre pescadores brasileiros) arrancou a atribuição de Melhor Documentário; e LES ÎLES, de Yann Gonzalez, um autor regular no festival de Vila do Conde, viria a receber o prémio de Melhor Ficção.