CICLO
Cinema Português: Novos Olhares – II


Continuam as sessões sobre os novos olhares do cinema português, uma escolha de várias propostas criativas, em diferentes géneros e formatos, que nos mostra a efervescência e a diversidade de um cinema que tem recebido, ano após ano, um interesse crescente por parte do público nacional e estrangeiro (tanto em mostras nacionais como por recorrentes prémios em festivais internacionais de cinema). Organizamos também, este mês, o primeiro debate sobre os filmes já exibidos, e os caminhos por eles apontados, no dia 3 de abril, às 18h30, na sala M. Félix Ribeiro, uma discussão que se irá prolongar em dois outros encontros, em maio e junho, onde propomos discutir, com a presença de vários realizadores deste Ciclo, os rumos e a vitalidade que o cinema português tem oferecido nos últimos anos.
 
 
24/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Português: Novos Olhares – II

As Operações SAAL
de João Dias
Portugal, 2007 - 120 min | M/12
 
24/04/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Português: Novos Olhares – II

Praxis | O Medo à Espreita
duração total da projeção: 114 min | M/12
26/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Português: Novos Olhares – II

O Dedo | Estação | Crónica Parisiense | Itoculo 2009
duração total da projeção: 123 min | M/12
27/04/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Português: Novos Olhares – II

Territórios | Diário | A Torre | Terra de Ninguém
duração total da projeção: 112 min | M/12
28/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Cinema Português: Novos Olhares – II

Tio Rui | Maria sem Pecado | Como me Apaixonei por Evas Ras
duração total da projeção: 135 min | M/12
24/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares – II
As Operações SAAL
de João Dias
Portugal, 2007 - 120 min | M/12
Com a presença de João Dias
AS OPERAÇÕES SAAL, documentário de João Dias, é uma viagem pela memória do importante programa SAAL (Serviço Ambulatório de Apoio Local), realizado entre 1974 e 1976, com vista à reconstrução urbana de um Portugal pós-revolucionário e empobrecido. As suas imagens de arquivo, os documentos sobre a época, e o reencontro com arquitetos e a população que participaram nele (com as suas próprias mãos), faz deste filme um abrangente documento de um período marcante do país, da sua história recente, e de um projeto de habitação que envolveu arquitetos e cidadãos numa iniciativa única e revolucionária.
 
24/04/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares – II
Praxis | O Medo à Espreita
duração total da projeção: 114 min | M/12
Com a presença de Marta Pessoa
PRAXIS
de Bruno Moraes Cabral
Portugal, 2011 – 28 min
O MEDO À ESPREITA
de Marta Pessoa
Portugal, 2015 – 86 min

Uma sessão que, na véspera de 25 de Abril, recupera o testemunho, em O MEDO À ESPREITA, com entrevistas e filmagens de Marta Pessoa, sobre a vida de presos políticos e cidadãos perseguidos pela PIDE, revelando, aos espectadores de hoje, o ambiente de perseguição da vida quotidiana portuguesa durante o Estado Novo. A abrir a sessão, PRAXIS (Melhor Curta-Metragem Portuguesa no doclisboa 2011), de Bruno Cabral, traz-nos um olhar sobre as práticas polémicas e ainda recorrentes das praxes na vida universitária portuguesa. Primeiras exibições na Cinemateca. 
 
26/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares – II
O Dedo | Estação | Crónica Parisiense | Itoculo 2009
duração total da projeção: 123 min | M/12
O DEDO
de Luís Miguel Correia
com Francisco Brás, Sara Cipriano
Portugal, 2005 – 6 min
ESTAÇÃO
de Luís Miguel Correia
com João Fagundes, Sara Cipriano, Frederico Moreno, Miguel do Carmo, Inês Vaz
Portugal, 2007 – 32 min
CRÓNICA PARISIENSE
de Luís Miguel Correia
com Francisco Tavares, Francis Seleck, Patrícia Andrade, Sylvie Canape, Vítor d’Andrade, Pedro Lacerda, António Fonseca, Marie Carré
Portugal, 2012 – 25 min
ITOCULO 2009
de Nuno Ventura Barbosa
Portugal, 2009 – 60 min

A sessão junta dois colaboradores: Luís Miguel Correia e Nuno Ventura Barbosa. O primeiro, com três curtas, mostra um olhar e um uso inteligente da música (O DEDO) para criar dois retratos geracionais de profunda sensibilidade (ESTAÇÃO, no presente, e CRÓNICA PARISIENSE, a partir do encontro entre os compositores Fernando Lopes-Graça e Béla Bartók). O segundo, coargumentista de ESTAÇÃO, assina, em ITOCULO 2009, um documentário sobre um projeto de desenvolvimento educativo e agrícola, no interior de Moçambique, e a sua vida comunitária. ITOCULO 2009 é uma primeira exibição na Cinemateca.
 
27/04/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares – II
Territórios | Diário | A Torre | Terra de Ninguém
duração total da projeção: 112 min | M/12
Com a presença de Mónica Baptista
TERRITÓRIOS
de Mónica Baptista
Portugal, 2009 – 11 min
DIÁRIO
de Mónica Baptista
Portugal, 2011 – 23 min
A TORRE
de Salomé Lamas
com Christoph Both-Asmus, Kolja Kravchenko
Portugal, 2015 – 6 min
TERRA DE NINGUÉM
de Salomé Lamas
Portugal, 2012 – 72 min

Os vários trabalhos de Mónica Baptista e Salomé Lamas mostram dois olhares que, dentro do cinema português, têm conseguido explorar as diferenças e fronteiras entre várias plataformas artísticas, seja no contacto do cinema com a vídeo-arte, a fotografia, ou, até, a História contemporânea. Enquanto DIÁRIO é um filme construído a partir de um diário fotográfico, TERRITÓRIOS traz-nos uma viagem a bordo do comboio transiberiano e as histórias que se juntam, entre um passageiro russo e um passageiro checheno, no vagão da terceira classe. A TORRE, de Salomé Lamas, é uma curta experimental a partir de material produzido no seu filme “EXTINÇÃO”, enquanto TERRA DE NINGUÉM, vencedor de quatro prémios no doclisboa 2012 (entre os quais melhor filme português), centra-se num retrato de Paulo, antigo mercenário político português. DIÁRIO, TERRITÓRIOS e TERRA DE NINGUÉM têm a sua primeira exibição na Cinemateca.
 
28/04/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema Português: Novos Olhares – II
Tio Rui | Maria sem Pecado | Como me Apaixonei por Evas Ras
duração total da projeção: 135 min | M/12
TIO RUI
de Mário Macedo
Portugal, 2011 – 32 min
MARIA SEM PECADO
de Mário Macedo
Portugal, 2016 – 29 min
COMO ME APAIXONEI POR EVAS RAS
de André Gil Mata
Portugal, Bósnia e Herzegovina, 2016 – 74 min

O cinema junta uma família e pessoas que, no quotidiano, foram afastadas pelas circunstâncias da vida real: Rui, tio de Mário Macedo, vem visitar a família depois de uma rara saída da cadeia (TIO RUI). Dez anos depois de concluir a sua pena, regressa a casa da sua mãe (MARIA SEM PECADO), que luta agora com a doença de Alzheimer e que se esforça para conseguir reconhecer o filho do qual esteve afastada. COMO ME APAIXONEI POR EVAS RAS traz-nos, pelo cinema de André Gil Mata, um outro olhar inspirado no movimento da realidade: aqui, a rotina de uma projecionista que continua a exibir os poucos filmes jugoslavos com cópias existentes, cujas imagens nos levam, também elas, para uma viagem pelo passado e a memória. Primeiras exibições na Cinemateca.