CICLO
História Permanente do Cinema Português


Na primeira série de 2017, a rubrica História Permanente do Cinema Português propõe LOBOS DA SERRA, de Jorge Bum do Canto, e UM CRIME DE LUXO, de Artur Semedo.
 
23/01/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Lobos da Serra
de Jorge Brum do Canto
Portugal, 1942 - 97 min | M/12
 
27/01/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Um Crime de Luxo
de Artur Semedo
Portugal, 1989 - 91 min | M/12
23/01/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Lobos da Serra
de Jorge Brum do Canto
com António de Sousa, Maria Domingas, António Silva, Manuel Santos Carvalho
Portugal, 1942 - 97 min | M/12
História ruralista sobre a raia minhota e as tradições do contrabando, em parte filmada no Suajo e na Serra da Estrela, a terceira longa de Brum do Canto é normalmente vista como filme “intermédio” entre a força inicial do realizador na década de trinta e o que muitos viram como declínio posterior. O próprio autor não ficou particularmente satisfeito com o resultado, dizendo que tinha tentado fundir experiências dos dois filmes precedentes (A CANÇÃO DA TERRA, de 1938, e JOÃO RATÃO, de 1940) “metendo a serra no Parque Mayer”. Reconhecendo as disparidades e as fraquezas de muitos troços, mas olhando para o que de fulgurante aqui também existe, João Bénard da Costa resumiu porém as coisas dizendo que era a obra de Brum do Canto “mais insólita e “delirante”. Lembrando então a evidente importância do trabalho global do realizador no quadro da primeira grande geração do cinema português, sublinhando justamente as forças contraditórias desse trabalho, propomos a revisitação de um filme que aqui foi exibido pela última vez há uma década. 
27/01/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Um Crime de Luxo
de Artur Semedo
com Marina Mota, Carlos Cunha, Fátima Murta, Natália de Sousa, Henrique Viana
Portugal, 1989 - 91 min | M/12
Ator marcante de teatro e cinema desde 1949, estreado na realização com O DINHEIRO DOS POBRES (1956), Artur Semedo renasceu como realizador em Malteses, Burgueses e às Vezes (1974), uma comédia feita nas vésperas do 25 de Abril de 1974 em que dava os primeiros passos num outro caminho pessoal, cujo pico terá ocorrido depois em O REI DAS BERLENGAS (1978) e no qual ousava reinventar a nossa comédia popular, agora através de um novo burlesco que praticamente nasceria e morreria com ele. UM CRIME DE LUXO é a quinta e última desta série de comédias, produzida pela televisão e normalmente menos lembrada do que as anteriores. Continuadora ou não delas, uma das suas evidências é curiosamente (apesar daquela inflexão), a coerência com todo o percurso anterior de Artur Semedo, quanto mais não seja porque a personagem de Pôncio Branco – o empresário sem escrúpulos aqui interpretado por Henrique Viana – surge como herdeiro direto de um cortejo de inúmeras outras figuras criadas ou recriadas pelo próprio Semedo enquanto ator e autor. Primeira exibição na Cinemateca.