05/12/2012, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Matinés da Cinemateca

Dezembro 2012
Libel
A Grande Difamação
de Anthony Asquith
com Dirk Bogarde, Olivia de Havilland, Paul Massie, Robert Morley
Reino Unido, 1959 - 99 min
legendado em português

O argumento, de Anatole de Grunwald e Karl Tunberg, adapta da peça de 1935 Edward Wooll, que fora já adaptada à rádio em 1941 à volta de um veterano de guerra amnésico e usando as referências originais à Primeira Guerra. No filme de Asquith a Guerra, é a Segunda. O ambiente é londrino, os acontecimentos escalpelizam a história dos protagonistas anos antes por altura do fim da Guerra. Primeira exibição na Cinemateca.

05/12/2012, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Centenário da Nikkatsu, Uma Saudação ao Japão

Com o apoio da Japan Film Foundation e da Embaixada do Japão em Portugal
Hiko Shojo
“Temperamentos Rebeldes”
de Kiriro Urayama
com Masako Izumi, Mitsuo Hamada, Fukuko Sayo, Minako Kozuki, Jun Hamamura
Japão, 1963 - 114 min
legendado eletronicamente em português

HIKO SHOJO é o segundo filme que Kiriro Urayama realiza para a Nikkatsu depois de ter trabalhado durante algum tempo como assistente de Yuzo Kawashima (como acontecera com Imamura). Pouco conhecido internacionalmente, embora a sua primeira longa-metragem tenha estreado em Cannes com um excelente acolhimento crítico, é um dos nomes mais importantes da nova vaga japonesa, à qual acrescentou uma visão um pouco distinta da habitual ao centrar-se nos desfavorecidos e não numa juventude mais urbana e moderna. O filme retrata a “deriva” de Wakae, uma jovem que atravessa inúmeras dificuldades.

05/12/2012, 19h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
O Cinema Marginal Brasileiro e as suas Fronteiras

Em parceria com a Cinemateca Brasileira e com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal
Sagrada Família
de Sylvio Lanna
com Paulo César Pereio, Nelson Vaz, Wanda Maria Franqueira
Brasil, 1970 - 85 min

O montador Geraldo Veloso observou que “SAGRADA FAMÍLIA já pode se prestar a exames arqueológicos de investigadores que se interessem pela pré-história da contracultura brasileira”. A banda sonora, totalmente desconectada da imagem, foi gravada pelo realizador durante experiências que teve com LSD. As imagens começaram a ser registadas em 1969, pela mesma equipa que faria de seguida BANG BANG, de Andrea Tonacci. As semelhanças entre os dois filmes são visíveis a nível da mise en scène, mas SAGRADA FAMÍLIA é menos lúdico e mostra uma família burguesa que troca a cidade pelo campo e perde a noção de classe.

05/12/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ante-Estreias

Dezembro 2012
Crónica Parisiense
de Luís Miguel Correia
com Francisco Tavares, Francis Seleck, Patrícia Andrade, Sylvie Canape, Vítor d’Andrade, Pedro Lacerda, Marie Carie, António Fonseca
Portugal, 2012 - 24 min
legendado em português
com a presença de Luís Miguel Correia

Inspirado no artigo “Recordação de Béla Bartók” de Fernando Lopes-Graça (1947), a CRÓNICA PARISIENSE de Luís Miguel Correia pode ser descrito como um inesperado filme de época: “Paris, março de 1939. Enquanto por toda a Europa ressoa a marcha das tropas nazis, a capital francesa acolhe ainda artistas e intelectuais exilados de toda a parte. Neste ambiente cosmopolita, à beira da rutura, encontra-se também o compositor português Fernando Lopes-Graça. Um acaso feliz leva-o à presença daquele que considera o seu mestre, o intransigente compositor húngaro Béla Bartók. Para Lopes-Graça a ocasião vislumbra-se como uma oportunidade única para mostrar a Bartók as suas partituras…” A sessão prossegue com NINOTCHKA de Ernst Lubitsch (ver entrada em “O Que Quero Ver”).

05/12/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver

Dezembro 2012
Ninotchka
Ninotchka
de Ernst Lubitsch
com Greta Garbo, Melvyn Douglas, Ina Claire
Estados Unidos, 1939 - 110 min
legendado em português

É o filme de Lubitsch em que Garbo ri: NINOTCHKA é uma prodigiosa sátira antissoviética que a transforma numa insípida agente comunista que se deixa seduzir pelos encantos do capitalismo – as noites de Paris, o champanhe, os trajes elegantes e o amor de Melvyn Douglas. Voltamos ao clássico de Lubitsch numa sessão que abre com a curta-metragem de Luís Miguel Correia CRÓNICA PARISIENSE ambientada em 1939, o ano de NINOTCHKA (ver entrada em “Ante-estreias”).

05/12/2012, 22h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema Marginal Brasileiro e as suas Fronteiras

Em parceria com a Cinemateca Brasileira e com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal
Perdidos e Malditos
de Geraldo Veloso
com Paulo Villaça, Maria Esmeralda, Dina Sfat
Brasil, 1970 - 90 min

PERDIDOS E MALDITOS é a primeira longa-metragem de Geraldo Veloso, que foi o montador assíduo do trio de mais conhecidos realizadores do “cinema marginal brasileiro”: Júlio Bressane, Rogério Sganzerla e Neville Duarte d’Almeida. Seguindo um ténue fio narrativo, os personagens experimentam o amor livre, drogas, feitiçaria… “No plano formal, a lógica do filme é a dilatação do tempo. Dominado quase exclusivamente por planos longos, PERDIDOS E MALDITOS faz do tempo a matéria-prima para denotar tanto o ócio quotidiano como a indefinição dos personagens: perdidos e malditos” (Ruy Gardnier).