11/02/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma das mais célebres produções independentes americanas dos anos cinquenta, e mesmo quase “clandestina” visto que os principais intervenientes (Biberman, o realizador, Michael Wilson, o argumentista, Paul Jarrico, o produtor) estavam todos na lista negra e impossibilitados de trabalhar em Hollywood. Num estilo fortemente devedor do cinema de realismo social que então florescia, sobretudo na Europa, narra as lutas laborais de um grupo de mineiros no Novo México. Foi mal recebido: chegou-se a escrever que tinha sido feito “sob ordens diretas do Kremlin”, e a veneranda Pauline Kael, sem meias medidas, chamou-lhe “propaganda comunista”. O tempo matizou as reações extremistas, e hoje o relativo pioneirismo de Biberman na procura dum cinema socialmente empenhado é comummente reconhecido.