28/11/2015, 11h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior
As Técnicas do Cinema de Animação: Bichos Animados
duração: 2 horas | dos 7 aos 12 anos
Atelier Família

conceção e orientação: Teresa Cortez

O que é o cinema de animação? Será que posso fazer um filme em animação? Neste atelier vamos perceber que o cinema de animação pode ser feito de muitas formas. E que qualquer objeto comum pode ganhar vida num filme de animação. Vamos então fazer um filme cujas personagens serão os nossos pequenos animais de brincar! Marcação prévia até 24 de novembro para cinemateca.junior@cinemateca.pt.

28/11/2015, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior
20.000 Leagues Under the Sea
20.000 Léguas Submarinas
de Richard Fleischer
com Kirk Douglas, James Mason, Peter Lorre, Paul Lukas
Estados Unidos, 1954 - 127 min
legendado eletronicamente em português | M/12

Talvez a melhor adaptação ao cinema, até hoje, de uma obra de Júlio Verne, e a mais fiel ao espírito, mesmo que o não seja à letra. James Mason é o capitão Nemo perfeito, um ser atormentado e visionário. Efeitos especiais famosos (o polvo gigante criado por Chris Mueller e Robert Mattey) e as mais espetaculares imagens submarinas até então filmadas.

28/11/2015, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
Faustrecht der Freiheit | Hyènes
duração total da projeção: 232 min | M/16
entre a projeção dos dois filmes há um intervalo de 30 minutos

FAUSTRECHT DER FREIHEIT
O Direito do Mais Forte à Liberdade
de Rainer W. Fassbinder
com Rainer W. Fassbinder, Peter Chatel, Ulla Jacobsen, Karlheinz Böhm
Alemanha, 1974 – 122 min / legendado em português
HYÈNES
de Djibril Diop Mambéty
com Ami Diakhate, Djibril Diop Mambéty, Mansour Diop
Senegal, 1995 – 110 min / legendado eletronicamente em português

Um dos filmes mais célebres de Fassbinder, que também desempenha o papel principal. O DIREITO DO MAIS FORTE À LIBERDADE foi um dos filmes que Fasssbinder fez a seguir à descoberta do cinema de Douglas Sirk, cujo universo cinematográfico transpõe de modo muito particular. O tema do filme é, mais uma vez a manipulação dos sentimentos: um proletário, que ganha na lotaria, torna-se amante de um burguês cujos negócios não correm bem. O filme começa como um sonho e acaba em pesadelo: depois de explorado até ao último tostão, o proletário é abandonado, num desenlace nada feliz. Autor de um clássico, TOUKI BOUKI (1973), o senegalês Djibril Diop Mambéty (1945-93) foi uma das figuras mais livres e independentes de todo o cinema africano. Em HYÈNES, adapta para o contexto africano um dos clássicos do teatro europeu do século XX, A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Dürenmatt. Uma mulher idosa e próspera (descrita no filme como “tão rica como o Banco Mundial”), outrora seduzida e abandonada, regressa à terra natal. Num cenário de crise, as autoridades locais querem convencê-la a doar o seu dinheiro à aldeia, mas ela impõe uma condição. Uma parábola sobre o poder do dinheiro e as fraquezas de uma comunidade, que se transforma numa tragédia que adquire ressonâncias únicas no contexto Senegalês. É a face do dinheiro, fria e determinada, como refere a música que enquadra O DIREITO DO MAIS FORTE À LIBERDADE, “Tudo e todos têm o seu preço”.
 

28/11/2015, 18h30 | Sala Luís de Pina
Realizador Convidado | Jean-Claude Rousseau
Festival
de Jean-Claude Rousseau
França, 2010 - 80 min
legendado eletronicamente em português | M/12
sessão apresentada por Jean-Claude Rousseau

Em Festival encontramo-nos mais uma vez num quarto de hotel, em Turim, o mesmo onde esteve antes Pavese. Jean-Claude Rousseau está de passagem por causa de um festival de cinema e filma os mais pequenos gestos quotidianos e os detalhes do espaço que a sua câmara mini DV capta, com o rigor que lhe são característicos. Reencena-se em permanência, sai para a noite e dialoga com Alain Guiraudie. Como um fantasma, deambula por um conjunto de quadros fixos para depois os abandonar. O mesmo acontecendo num conjunto de lugares que o cineasta visita ao longo de vários anos. As muito cuidadas composições, reveladoras da excelência de um olhar, abrem espaço para que muita coisa aconteça no interior de um plano, deixando que o espectador se instale.

28/11/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
De Erich Von Stroheim a João César Monteiro: O Realizador em Frente à Câmara
L’Homme à la Valise
de Chantal Akerman
com Chantal Akerman, Jeffrey Kime
França, 1983 - 60 min
legendado eletronicamente em português | M/12

L’HOMME À LA VALISE é o diário da coabitação difícil e indesejada entre Akerman e um amigo a quem havia emprestado o apartamento durante uma longa ausência, mas que aí permanece depois do seu regresso. O filme retoma o burlesco característico de obras iniciais da cineasta. “Como em muitos outros dos seus filmes, Akerman coloca-se mais uma vez em cena no centro desse universo burlesco, assumindo um verdadeiro cinema da autoexposição” (Joana Ascensão). A sessão é dedicada à memória de Chantal Akeman (1950-2015).

28/11/2015, 22h00 | Sala Luís de Pina
Realizador Convidado | Jean-Claude Rousseau
Quei Loro Incontri
de Jean-Marie Straub, Danièle Huillet
com Enrico Achilli, Andrea Bacci, Andrea Balducci, Giovanna Daddi, Angela Durantini
Itália, França, 2006 - 68 min
legendado eletronicamente em português | M/12
sessão apresentada por Jean-Claude Rousseau

QUEI LORO ICONTRI inspira-se nos últimos cinco diálogos de Dialoghi con Leucò de Cesare Pavese, que Straub-Huillet já haviam tomado como base para DALLA NUBE ALLA RESISTENZA (1979), e que encenaram na Toscânia em 2005. QUEI LORO ICONTRI teve estreia mundial na 63ª edição do Festival de Veneza (2006), onde foi atribuído um Leão especial a Straub-Huillet pelo conjunto da sua obra. Muito próximo dos Straub e do seu cinema, esta é uma escolha de Jean-Claude Rousseau para encerrar um Ciclo.