30/04/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Realizador, mas também crítico, professor e programador de cinema, o percurso de Alberto Seixas Santos está diretamente associado ao surgimento do Cinema Novo na viragem das décadas de sessenta e setenta, que marcou com obras fundamentais como BRANDOS COSTUMES e GESTOS & FRAGMENTOS (as suas duas primeiras longas-metragens, programadas este mês, na retrospetiva dedicada a “Abril”). É nele, um dos espíritos mais influentes no meio do cinema português, que Luís Alves de Matos se detém: “a partir do testemunho e experiência pessoal do cineasta Alberto Seixas Santos e das suas reflexões sobre a história do cinema fez-se a reconstrução de uma memória fílmica através de um processo de montagem. Um diálogo entre as imagens dos seus filmes e de cineastas que admira, cujos filmes contaminam este documentário como fantasmas que vêm assombrar o real. Para o realizador, ‘a questão central no cinema, como é a questão central na pintura, na música, onde quer que seja, é que só ficam as obras que correm riscos’”. Primeira exibição pública absoluta.