19/05/2025, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Teremos Sempre Michael Curtiz (Parte IV)
White Christmas
Natal Branco
de Michael Curtiz
com Bing Crosby, Danny Kaye, Rosemary Clooney
Estados Unidos, 1954 - 120 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Este musical foi o primeiro filme realizado por Curtiz depois de deixar a Warner, para a qual trabalhara desde a sua chegada aos Estados Unidos. Foi feito para o lançamento do Vistavision, o formato panorâmico concebido pela Paramount, um ano depois do Cinemascope, num momento em que a concorrência da televisão levou as produtoras americanas a buscarem novos meios de atrair o público. Os dois protagonistas, um cómico e um crooner, que se tinham conhecido durante a Segunda Guerra Mundial, formam um duo que tem grande êxito. Vão passar férias numa estação de esqui, cujos negócios vão mal, porque não há neve e lá montam um espetáculo. O filme foi mal recebido pela crítica, mas foi um dos maiores êxitos de bilheteira do ano nos Estados Unidos. Primeira exibição na Cinemateca, a exibir em cópia digital.

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19/05/2025, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Konrad Wolf

em colaboração com o KULTURfest
Solo Sunny
de Konrad Wolf e Wolfgang Kohlhaase
com Renate Krössner, Alexander Lang, Dieter Montag
RDA, 1980 - 100 min
versão original com legendas em inglês e electronicamente em português | M/12
sessão com apresentação
Foi a última ficção de Konrad Wolf (partilhando o crédito de realização com Kohlhaase, autor do argumento) e um fenómeno de popularidade na RDA: esteve seis meses em cartaz, foi possivelmente o filme nacional mais visto em toda a história da Alemanha Democrática, e esse sucesso até foi parcialmente replicado no lado Federal, onde o filme também estreou com considerável adesão popular. É um hino à rebeldia, através de uma protagonista, Sunny, que quer ser uma cantora “rock” – e é por sua vez inspirada numa figura real, esta bastante reprimida pelas autoridades políticas, cujas entrevistas com Kohlhaase serviram para a definição da ossatura do argumento. É um filme divertido e movimentado, com um retrato inesperado de um “underground” da RDA e dos seus círculos culturalmente marginais, a que não falta hoje um interesse de ordem quase arqueológica: o roteiro, belissimamente filmado, por uma cidade que já não existe, a Berlim antigamente chamada “Leste”.

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19/05/2025, 19h30 | Sala Luís de Pina
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
O Banqueiro Anarquista + O Homem Que Não Sabe Escrever
O BANQUEIRO ANARQUISTA
de Eduardo Geada
com Santos Manuel, Manuel Marcelino, João Carlos Gorjão
Portugal, 1982 – 58 min

O HOMEM QUE NÃO SABE ESCREVER
de Eduardo Geada
com Ricardo Pais, Lídia Franco, Raquel Maria, Nuno Carinhas
Portugal, 1982 – 63 min

Duração total da projeção: 121 min | M/12

A partir do final dos anos 1970, Eduardo Geada iniciou uma colaboração regular com a RTP, realizando séries como TEMOS FESTA e RISCO INADIÁVEL (com Lagoa Henriques) ou até concursos televisivos de cariz cinéfilo como ÉCRAN MÁGICO. De qualquer modo, o seu projeto televisivo mais ambicioso foi LISBOA SOCIEDADE ANÓNIMA, série de seis telefilmes realizada entre 1981 e 1982. Cada “episódio” corresponde à adaptação de um conto ou novela de um autor português que tenha escrito sobre a cidade de Lisboa. Além disso, a série segue um fio cronológico, correspondendo cada filme a uma década diferente do século XX. Nesta sessão apresentam-se os dois primeiros telefilmes desta série, adaptações de Fernando Pessoa e Almada Negreiros, descrevendo as décadas de 1920 e 30 respetivamente. Trata-se de “cinema feito na televisão”, tanto mais que estes dois “episódios” foram os únicos que tiveram exibição em sala, tendo sido apresentados no Festival de Cinema da Figueira da Foz – sendo por isso os únicos dos quais existem cópias síncronas em 16mm (suporte em que serão apresentados).

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19/05/2025, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Eduardo Geada, O Olhar Do Desejo
Le Notti Di Cabiria
As Noites de Cabiria
de Federico Fellini
com Giulietta Masina, François Périer, Franca Marzi, Amedeo Nazzari
Itália, 1957 - 117 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
André Bazin escreveu que LE NOTTI DI CABIRIA “rematava” o neo-realismo, “ultrapassando-o numa reorganização poética do mundo”. Embebida de uma vontade de incorporar a realidade e o documento na ficção, de fundir o sublime e o prosaico, a religiosidade e o paganismo, esta história de uma prostituta desgraçada, naquele que é um filme-charneira na obra de Fellini. Essa transformação fez-se a partir da mais “chapliniana” personagem de Fellini, e também um dos mais célebres papéis de Giulietta Masina, Cabiria. “O palhaço é, no sistema dramático de Fellini, a cristalização das ‘qualidades’ e dos ‘defeitos’ simplesmente humanos. Portanto, de certo modo, são palhaços personagens aparentemente tão distintas como o Cheik Branco, os vitelloni, Cabíria, a burguesia fútil de DOLCE VITA, a protagonista e os fantasmas de JULIETA, os figurantes de SATYRICON, até se chegar a OS CLOWNS.” (Eduardo Geada, Cinema e Transfiguração).


A sessão repete no dia 23 às 15h30, na sala M. Félix Ribeiro.

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