sessão com apresentação e seguida de debate com Eduardo Cintra Torres, Hugo Barreira
e Pedro Almeida Leitão
AS PALAVRAS E OS FIOS
de Fernando Lopes
Portugal, 1962 – 12 min
VERMELHO, AMARELO E VERDE
de Fernando Lopes
Portugal, 1966 – 9 min
ALTA VELOCIDADE
de António de Macedo
Portugal, 1967 – 17 min
REGISCONTA
de A. A. Almeida
com Vasco Santana
Portugal, 1957-58 – 3 min
1º FESTIVAL PORTUGUÊS DO FILME PUBLICITÁRIO
Portugal, 1962 – 20 min
A COSTUREIRINHA DA SÉ (excerto)
de Manuel Guimarães
Portugal, 1958 – 3 min
O CERCO (excerto)
de António da Cunha Teles
Portugal, 1970 – 10 min
O MAL AMADO (excerto)
de Fernando Matos Silva
Portugal, 1974 – 10 min
duração total da sessão: 84 min | M/12
“As décadas de 50 e 60 são marcadas no panorama cinematográfico por um conjunto de sucessivas experimentações que procuraram afastar o cinema da sua torrente principal, associada às grandes produções. Alimentadas por novas aprendizagens e teorizações, concentradas em problemas sociais e/ou em abordagens formais experimentais, estas vanguardas implementam-se paulatinamente em Portugal, cuja produção de referência é pálida quando comparada com o domínio estrangeiro do cinema consumido. Imbuída de um espírito proselitista, a nova geração de cineastas, com formação nas áreas das Belas-Artes ou já mesmo das Escolas de Cinema, e períodos no estrangeiro, acreditava no poder que um cinema novo teria na transformação das exigências do público. Esta sessão traz-nos três leituras possíveis para o entendimento do papel da publicidade na história do cinema desta época. A primeira é caracterizada pelos documentários publicitários dos ‘novos’, como Fernando Lopes e António de Macedo, que tiram partido da liberdade do contexto comercial para ensaiarem abordagens formais e narrativas que aplicarão, mais tarde, nos filmes de longa-metragem, com admiráveis respostas às encomendas das empresas. A segunda representa a transformação natural do formato, entre o cinema e a recém-criada televisão, através dos anúncios curtos que se socorrem da animação, do humor e da persuasão para cativar rapidamente o espectador, deixando também antever uma consciência do meio através da constituição de festivais. Por fim, com os excertos das três longas-metragens selecionadas, focados no
product placement, fechamos o círculo iniciado nos primórdios, com propostas de modelos de produção baseados em parcerias comerciais e nas quais entrevemos os caminhos de afirmação do Cinema Novo.” (Hugo Barreira)
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