legendado eletronicamente em português | M/12

Realizado num período em que os títulos longos estavam na moda, este foi o último trabalho de Anatole Litvak para o cinema. A secretária do diretor de uma grande companhia de publicidade aproveita-se do facto de um luxuoso automóvel da empresa ter sido posto à sua disposição por um fim-de-semana e decide ir a esmo, para onde o carro a levar, mas logo começam a surgir acontecimentos estranhos. Diversas pessoas a “reconhecem” e afirmam, tê-la visto passar pela mesma estrada na véspera, em sentido oposto; um desconhecido por pouco não a mata; um rapaz a quem ela dá boleia, e com quem tem uma aventura, rouba-a. A mulher começa a duvidar da sua sanidade mental e vê-se suspeita de ter cometido um homicídio. Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.

A sessão repete no dia 28 às 19h00, na sala M. Félix Ribeiro.

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Este filme, que volta a reunir a dupla Peter O’Toole/Omar Sharif cinco anos depois do êxito de LAWRENCE DA ARÁBIA, é uma reflexão sobre a moral em tempos de guerra. Em 1942, na Varsóvia ocupada e destruída pelas tropas alemãs, é encontrado o cadáver de uma prostituta e as suspeitas recaem sobre três generais alemães. Devido ao empenho do oficial responsável pelo inquérito, este prossegue em Paris, onde também foi morta uma prostituta e onde os suspeitos são os mesmos generais. Alguns anos depois da guerra, depois de ter cumprido uma pena de prisão pela sua participação no conflito, um dos oficiais vai a um comício neo-nazi, onde é confrontado com o seu passado. Primeira apresentação na Cinemateca.

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Quando ELDRIDGE CLEAVER, BLACK PANTHER foi realizado, o movimento das Panteras Negras, ala mais radical do movimento negro americano nos anos 1960 e adversária de Martin Luther King e da sua política “integracionista”, estava no auge. Exilado em Havana, Argel (onde o filme foi rodado, por ocasião do Festival Pan-Africano) e depois em Paris, Eldridge Cleaver era, em 1970, a encarnação do revolucionário e tinha, em Argel, a possibilidade de discutir com revolucionários de outros continentes. É esta dimensão que o filme de William Klein tenta explorar, enquanto Cleaver aborda a situação política americana e expõe muitas das contradições da sua personalidade, que o levariam a regressar aos Estados Unidos em 1975, após sete anos de exílio, tornar-se estilista e aproximar-se de grupos religiosos e do Partido Republicano. 

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