30/11/2024, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinemateca Júnior - Sábados em Família
Grandma’s Boy
Harold, Neto Mimado
de Fred C. Newmeyer
com Harold Loyd, Mildred Davis, Anna Townsend, Charles Stevenson
Estados Unidos, 1922 - 60 min
mudo, legendado em português | M/6
sessão acompanhada ao piano por Catherine Morisseau
GRANDMA’S BOY estreou em Portugal no cinema Tivoli, no primeiro ano de atividade deste (segundo consta, a 12 de outubro de 1925). É a primeira longa-metragem “de” Harold Lloyd que, entre 1913 e 1922, tinha feito rir em largas dezenas de curtas-metragens como era norma na época. Neste filme, Harold é o costumeiro rapaz exemplar, mas tímido e incapaz de se defender dos abusos dos rufias.  Com a ajuda da avó, vai ter de ganhar coragem para enfrentar não só o rival que disputa a rapariga que ama, mas também o vagabundo delinquente que ameaça a sua pacata cidade.

consulte a FOLHA da CINEMATECA JÚNIOR aqui
30/11/2024, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Que Farei Eu com Esta Espada?
The Dentist | Le Fantôme De La Liberté
Liberdade
THE DENTIST
de Leslie Pearce
com W. C. Fields, Babe Kane, Elise Cavanna, Dorothy Granger
Estados Unidos, 1932 – 21 min

LE FANTÔME DE LA LIBERTÉ
O Fantasma da Liberdade
de Luis Buñuel
com Jean-Claude Brialy, Monica Vitti, Milena Vukotic, Michel Piccoli, Adriana Asti, Adolfo Celi, Paul Frankeur, Michel Londsdale
França, 1974 – 104 min / legendado em português

duração total da projeção: 125 min | M/12

THE DENTIST é um filme pré-Código Hays escrito e protagonizado por W. C. Fields numa das suas quatro associações com Mack Sennett (creditado como produtor da Paramount). São vinte e um minutos em modo slapstick, numa torrente de ideias e tiradas que atingem o seu auge na cena do gabinete do dentista. Um pequeno delírio que, na sessão, dá lugar a um outro: penúltimo filme de Luis Buñuel, LE FANTÔME DE LA LIBERTÉ faz – tão admirável quanto subtilmente – uma síntese de toda a carreira deste cineasta único e ímpar. Paradoxalmente foi, e provavelmente ainda é, um dos seus filmes menos amados. “O FANTASMA DA LIBERDADE é uma imitação dos mecanismos do acaso. Foi escrito num estado consciente. Não é um sonho, nem uma corrente delirante de imagens” (Buñuel).

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
 
30/11/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Com a Linha de Sombra
Jacques Rivette, Le Veilleur – 1. Le Jour / 2. La Nuit
de Claire Denis, Serge Daney
com Jacques Rivette, Serge Daney, Bulle Ogier, Jean-François Stévenin, Jean Babilée
França, 1990 - 124 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Realizado para a série Cinéma de Notre Temps (reencarnação moderna da lendária Cinéastes de Notre Temps dos anos 60), LE VEILLEUR é um dos poucos filmes feitos em torno da figura de Jacques Rivette. Destinado à televisão, tornou-se um filme muito raramente visto. Estrutura-se numa série de conversas (em cafés e diversos locais de Paris) entre Rivette e Serge Daney. Na verdade, Rivette já tinha assinado um episódio da série, dedicado a Jean Renoir, e, portanto, estava na hora de “passar a ser sujeito de outro cineasta” (como lembrou o produtor André S. Labarthe). Foi Rivette quem sugeriu Daney (a cujas questões responde em entrevista, onde para além de cinema – dos filmes, dos cineastas de eleição, de Bazin, dos Cahiers –, se fala também de pintura) e depois surgiu Claire Denis, que já fora assistente de Rivette em OUT 1, naquele que foi o seu primeiro trabalho depois da escola de cinema. É um retrato em duas partes já que Rivette é “um cineasta da alternância do dia e da noite, do cão e do lobo: um velador da noite em pleno dia, velando o tempo concedido a todos e no espaço – Paris – que a ninguém pertence” (Serge Daney).

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui
30/11/2024, 21h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Centro De Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
Saudade
de Katsuya Tomita
com Ayano, Chie Kudô, Chika Kumada
Japão, 2011 - 167 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Sessão apresentada por Julian Ross
Katsuya Tomita dedicou mais de um ano a inteirar-se da situação da cidade rural de Kofu, cidade que o viu crescer e que está agora à beira do colapso económico. De entre as ruas desertas e lojas fechadas, emergem histórias de resistência e de busca por pertença, protagonizadas por trabalhadores imigrantes — brasileiros, tailandeses e filipinos — e locais, todos enfrentando desafios numa terra que já não os sustenta. Takeru, um jovem operário e membro do grupo de hip hop Army Village, vê-se dividido entre o preconceito e a descoberta do outro, enquanto lida com as dificuldades causadas pela falência dos seus pais. É no cruzamento com personagens que lutam por uma vida digna, equilibrando obrigações e desejos entre o Japão e os seus lares distantes, que a personagem encontra respostas. Com um olhar sensível e autêntico, Tomita capta a melancolia e a força de uma comunidade, incorporando no filme as vidas reais daqueles que cantam e dançam para esquecer a dor.

consulte a FOLHA da CINEMATECA aqui