12/11/2024, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Que Farei Eu com Esta Espada?
Panther
de Mario Van Peebles
com Kadeem Hardison, Courtney B. Vance, Marcus Chong, Angela Bassett
Estados Unidos, 1995 - 123 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Revolução
A primeira tentativa cinematográfica de contar a história do movimento dos Black Panthers, ainda que numa versão semi-romanceada (aspecto, de resto, muito criticado na época da estreia). Mario Van Peebles adapta um livro escrito pelo seu pai (o lendário Melvin Van Peebles, também realizador, pioneiro do “black cinema” americano), Courtney B. Vance e Marcus Chong dão corpo a Bobby Seale e Huey P. Newton, fundadores dos Black Panthers, e o elenco está repleto de atores reconhecíveis e bastante famosos, de Angela Bassett a Chris Rock.

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12/11/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Chris Marker – A Memória Das Imagens (Parte I)
Dimanche À Pekin | Lettre De Sibérie
DIMANCHE À PEKIN
França, 1956 – 22 min

LETTRE DE SIBÉRIE
França, 1957 – 67 min

de Chris Marker

duração total da projeção: 89 min
legendados eletronicamente em português | M/12

Ao longo de toda a sua vida, Chris Marker foi um infatigável viajante. Em DIMANCHE À PEKIN reflete sobre a relação entre a tradição e a modernidade a partir da cidade de Pequim e das suas memórias, escolhendo um dia de inatividade, o domingo, para revelar o dinamismo da nova China. Em LETTRE DE SIBÉRIE Marker parte para “um país longínquo” nos confins da União Soviética e filma um documentário atravessado por uma grande subjetividade. Segundo as palavras de André Bazin, trata-se de “um ensaio humano e geopolítico sobre a realidade siberiana, vividamente iluminado pela fotografia (...) Conjuga inteligência, poesia e uma imaginação fabulosa.” A apresentar em cópias digitais.

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12/11/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Isso é Brasil: 60 Anos da L. C. Barreto Produções
Vidas Secas
de Nelson Pereira dos Santos
com Atila Iório, Genivaldo Lima, Gilvan Lima, Maria Ribeiro, Jofre Soares
Brasil, 1963 - 101 min
legendado em inglês | M/12
Apesar de todas as diferenças entre os dois países e as épocas em que a ação se passa, o filme de Nelson Pereira dos Santos tem um ponto em comum com THE GRAPES OF WRATH: acompanha a saga de uma miserável família de camponeses, pressionada pela seca e pelas terríveis condições sociais, que emigra a pé, em luta pela sobrevivência. Baseado no romance homónimo de Graciliano Ramos, VIDAS SECAS é um filme seco e preciso, que consegue conciliar a descrição de uma situação social e a interiorização das personagens. Nas palavras de João Bénard da Costa, o filme faz-nos “aceder à mesma dimensão exaustiva e excessiva que o romance de Graciliano Ramos nos dá. Filme tão seco quanto as vidas que narra e tão perto de pegar fogo quanto o sertão que lhe serve de moldura”.

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12/11/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Angola
Carnaval da Vitória | O Ritmo do Ngola Ritmos
sessão com apresentação
CARNAVAL DA VITÓRIA
Angola, 1978 – 39 min

O RITMO DO NGOLA RITMOS
Angola, 1978 – 59 min

de Antonio Ole
duração total da projeção: 98 min | M/12

Resistir e vencer o colonialismo. Celebrar a vitória, revalorizando manifestações culturais ancestrais, desvalorizadas pelo colonizador. É simples, o propósito de CARNAVAL DA VITÓRIA, realizado após a formação de Antonio Ole pelo coletivo francês Unicité e dos primeiros estudos no American Film Institute (depois, entre 1981 e 1985, estudou Cultura Afro-Americana e Cinema na UCLA). Se Ole veio a notabilizar-se como artista plástico e fotógrafo, após a independência, como realizador de televisão, assinou vários filmes sobre a vida, profissões e economia do país. Agostinho Neto, cujo poema Havemos de Voltar é dito a abrir a obra, era líder-poeta num país com esperança, celebrando um Carnaval – clandestino durante a guerra de libertação – que saía para a luz, também através do cinema, integrando-se num movimento nacional, que reclamava o futuro a partir dos modos de resistência anticolonial. O RITMO DO NGOLA RITMOS dá sequência ao interesse de Ole em filmar manifestações anticoloniais que persistiram. Filmar a história de um grupo que, desde 1947, afirmou as culturas indígenas, cantando música popular em kimbundu, depois misturando ritmos através da criação do semba, e cujos elementos foram presos pela ditadura portuguesa, foi, de novo, uma revalorização dos modos de resistência.  “E o ritmo se fez luta e a luta se fez vitória, é preciso contar, é preciso cantar”.

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