03/10/2024, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Que Farei Eu com Esta Espada?
Akasen Chitai
A Rua da Vergonha
de Kenji Mizoguchi
com Machiko Kyo, Ayako Wakao, Aiko Mimasu
Japão, 1956 - 85 min
legendado em português | M/12
Comunidade
A última obra-prima de Mizoguchi, que morreu nesse mesmo ano, é um gendai-geki, uma obra de tema contemporâneo, e uma história de prostitutas, como outros dos seus filmes e de tantos cineastas japoneses. AKASEN CHITAI (“a zona da linha vermelha”) concentra-se nas personagens de cinco mulheres que trabalham numa casa de uma rua de bordéis situada na histórica zona de prostituição em Tóquio. No contexto dos anos 1950 do pós-Guerra japonês, quando a lei (anti)prostituição, aprovada em 1956, estava a ser debatida no parlamento. A discussão participa do filme, no sentido alargado da devastação sócioeconómica que atinge as cinco mulheres: Hanae, Yumeko, Yorie, Yasumi e Mickey têm naturezas singulares e vivem realidades diferentes, partilhando aquele espaço de trabalho e a severidade das suas vidas. O humanismo é a marca do filme, em que não se vislumbra um laivo moralista. “Raras vezes o cinema nos terá dado figuras tão abstratas (recusa a qualquer psicologismo) com tanta carne, sexo e alma.” (João Bénard da Costa) A apresentar em cópia digital.

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03/10/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
José Nascimento – Nem Verdade, Nem Mentira
Terra De Pão, Terra De Luta | T2quartoandar
TERRA DE PÃO, TERRA DE LUTA
de José Nascimento
Portugal, 1978 – 69 min

T2QUARTOANDAR
de José Nascimento
com João Galante, Ana Borralho, Nuno Melo, Sara Vaz
Portugal, 2004 – 43 min

duração total da projeção: 112 min | M/12

Produzido pela Cinequipa, com comentário de Vítor Matias Ferreira e locução de Joaquim Furtado, TERRA DE PÃO, TERRA DE LUTA é uma das produções de militância cinematográfica do período pós-revolucionário. José Nascimento, que no mesmo ano participou na produção coletiva da Cinequipa, CONTRA AS MULTINACIONAIS, filmou aqui o processo da Reforma Agrária. As palavras de ordem de partida são um slogan, entretanto bem conhecido: “A terra a quem a trabalha.” Em jeito de contraposição às vastas paisagens alentejanas, um filme concentracionário e obsessivo, T2QUARTOANDAR, que José Nascimento realizou a convite do festival Temps d’Image, estabelecendo uma parceria com o coreógrafo e performer João Galante.
É a história de um apartamento vazio e dos personagens que o visitam e habitam. “Um filme sobre a realidade que escolhemos ver e o que escolhemos colocar de parte e preferimos não ver” (José Nascimento). TERRA DE PÃO será exibido em nova cópia digital produzida no âmbito do PRR.

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03/10/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Raúl Ruiz – A Imagem Estilhaçada (Parte III, Conclusão)
Chacun Son Cinéma Ou Ce Petit Coup Au Coeur Quand La Lumière S´Éteint Et Que Le Film Commence (Le Don) | Capítulo 66 | Brise-Glace - Le Bateau-Givre
Não será possível exibir a curta-metragem programada À PROPOS DE NICE, LA SUITE (PROMENADE), de Raúl Ruiz. Este episódio poderá ser visto na projeção do filme completo À PROPOS DE NICE, LA SUITE, integrado na rubrica “O Que Quero Ver” de dia 15 de outubro às 21h30. Apresentamos as nossas desculpas por esta alteração.
CHACUN SON CINÉMA OU CE PETIT COUP AU COEUR QUAND LA LUMIÈRE S´ÉTEINT ET QUE LE FILM COMMENCE (Le Don)
de Raúl Ruiz
França, 2007 – 3 min

CAPÍTULO 66
de Luis Ospina, Raúl Ruiz
com Ricardo Duque, Rolf Abderhalden, María Paulina de Zubiría
Colômbia, 1994 – 27 min

BRISE-GLACE - LE BATEAU-GIVRE
de Raúl Ruiz, Jean Rouch , Titte Törnroth
França, 1987 – 96 min

duração total da projeção: 126 min
legendados eletronicamente em português | M/12

CAPÍTULO 66, “telenovela gótica” de cariz experimental, foi filmada durante uma oficina com estudantes orientada por Raúl Ruiz em Bogotá. BRISE-GLACE - LE BATEAU GIVRE foi filmado a bordo de um barco sueco, que liberta os barcos
presos no gelo. Trata-se de um filme em três partes, sendo as duas outras realizadas por Titte Törnroth e Jean Rouch. Para celebrar os 60 anos do Festival de Cannes, o seu diretor convidou mais de trinta realizadores ali premiados para contribuírem para o filme CHACUN SON CINÉMA com uma curta-metragem de três a quatro minutos de duração sobre o prazer do cinema e a sala de cinema. Raúl Ruiz foi um deles e assinou LE DON. 65 anos depois de À PROPOS DE NICE, Ruiz assina um dos sete sketches que compõem À PROPOS DE NICE, LA SUITE, uma homenagem ao cineasta Jean Vigo, revisitando de novo os costumes e a paisagem de Nice (o filme completo À PROPOS DE NICE, LA SUITE é também exibido este mês na Cinemateca na rubrica “O que Quero Ver”, ver pág. 18).

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03/10/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
José Nascimento – Nem Verdade, Nem Mentira
Manoel De Oliveira: 50 Anos de Carreira | Tv Artes [Excertos]
Com a presença de Alexandre Melo
MANOEL DE OLIVEIRA: 50 ANOS DE CARREIRA
de Augusto M. Seabra, José Nascimento
Portugal, 1981 – 51 min

TV ARTES [EXCERTOS]
de Alexandre Melo, Isabel Colaço, José Nascimento
Portugal, 1993 – 60 min
duração total da projeção: 111 min | M/12

Ao longo do ano de 1981 a televisão pública iniciou a emissão de um magazine de cinema. Chamava-se Ecran e os seus autores eram o crítico Augusto M. Seabra e o realizador José Nascimento. Ali, a dupla refletia sobre as estreias, os ciclos da Cinemateca (uma memorável retrospetiva de Fritz Lang), mas também sobre as questões da política do cinema nacional e as suas condições de produção (recorde-se o episódio-manifesto, A SITUAÇÃO DO CINEMA PORTUGUÊS). Produzido como um episódio especial (daí a diferença de duração e daí o fim da série, já que a direção de programas não aceitou a ousadia), os coordenadores assinalaram os 50 anos da carreira de Manoel de Oliveira, quando o realizador estreava FRANCISCA e se preparava para abandonar a famosa casa na Rua da Vilarinha. Mais tarde, entre 1992 e 93, Nascimento regressou à televisão como um dos realizadores de um outro importante magazine, desta feita sobre a cena artística nacional, visitando museus, galerias, feiras e bienais. Esse programa era o Tv Artes, apresentado pelo crítico e curador Alexandre Melo. Nesta sessão apresentam-se algumas das “reportagens” de Nascimento, nomeadamente sobre a histórica exposição 10 Contemporâneos, organizada pelo Museu de Serralves, ou a exposição que a Fundação Gulbenkian dedicou a Hélio Oiticica. A exibição de MANOEL DE OLIVEIRA: 50 ANOS DE CARREIRA integra também no Ciclo “In Memoriam Augusto M. Seabra”

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