22/04/2024, 16h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ir ao Cinema em 1974
Profumo di Donna
Perfume de Mulher
de Dino Risi
com Vittorio Gassman, Alessandro Momo, Agostina Belli
Itália, 1974 - 102 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um irascível oficial do exército italiano, aposentado devido à cegueira provocada pela explosão de uma granada, viaja de Turim a Nápoles para encontrar um velho camarada de armas. Como guia leva um jovem estudante, e entre os dois nasce uma singular relação de respeito e amizade, assumindo-se o velho militar como “mestre” do rapaz para assuntos de educação sentimental. Em 1992, Martin Brest dirigiu nos EUA um célebre remake desta obra (SCENT OF A WOMAN) que valeu a Al Pacino o Oscar de melhor ator. A apresentar em cópia digital.

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22/04/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
A Televisão no Bairro | Um Dia Numa Aldeia Comunal
duração total da projeção: 56 min | M/12
Nesta sessão do Ciclo "Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique" dedicada aos filmes de Moira Forjaz não será possível apresentar um dos títulos previsto, MINEIRO MOÇAMBICANO (1981), por um problema inultrapassável com a cópia recebida desse filme

Com a presença de Moira Forjaz
A TELEVISÃO NO BAIRRO
de Moira Forjaz, Licínio Azevedo, Miguel Arraes
Moçambique, 1980 – 27 min

UM DIA NUMA ALDEIA COMUNAL
de Moira Forjaz
Moçambique, 1981 – 29 min

Primeiro filme moçambicano realizado, ainda que em parceria, por uma mulher (Moira Forjaz, reconhecida sobretudo pela obra fotográfica), A TELEVISÃO NO BAIRRO documenta o início das sessões experimentais da TV em Moçambique através de entrevistas a pessoas que, em vários bairros de Maputo, assistem pela primeira vez às emissões. É um documento que remete para o entusiasmo com que Godard chegou ao país, pensando nas condições únicas existentes para construir um projeto de “nascimento (em imagens) da nação” moçambicana porque a maioria do seu povo nunca vira imagens em movimento. UMA DIA NUMA ALDEIA COMUNAL, agraciado com o prémio para melhor documentário no Festival de Cinema de Leipzig, regista o quotidiano na aldeia Vigilância quanto ao trabalho, educação, saúde e lazer, dando especial atenção à condição das mulheres.

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22/04/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Com a Linha de Sombra
Extinção
de Salomé Lamas
Portugal, Alemanha, 2018 - 85 min
legendado em português | M/12
Com a presença de Salomé Lamas
Os acontecimentos dos últimos dois anos mostraram de forma clara como a questão das fronteiras dos territórios da antiga URSS estava muito longe de estar encerrada. Feito quatro anos antes dessa trágica clarificação, EXTINÇÃO é um emaranhado eclético de materiais (ficção e não ficção) pelos quais nos guia Kolya, de nacionalidade moldava, mas que se declara cidadão da Transnístria. Fragmentos levam o espectador para o imaginário coletivo da União Soviética. O filme desenha um comentário abstrato sobre as últimas posições políticas de Vladimir Putin, de “guerra sem guerra, ocupação sem ocupação”.

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22/04/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
Canta Meu Irmão, Ajuda-me a Cantar | In Box
duração total da projeção: 95 min | M/12
CANTA MEU IRMÃO, AJUDA-ME A CANTAR
de José Cardoso
Moçambique, 1982 – 70 min

IN BOX
de Ivan Barros, Pak Ndjamena
Moçambique, 2021 – 25 min / legendado em português

Em CANTA MEU IRMÃO, CANTA, AJUDA-ME A CANTAR, a narração afirma, na abertura: “Nós, homens do cinema, resolvemos ir ter contigo, com a nossa curiosidade e a nossa vontade de aprender”. De Inhambane a Mueda, passando pela Ilha de Moçambique, Zavala, Manhiça, Tete, etc., a equipa filma-se a escutar os músicos detentores do saber tradicional enquanto explicam a sua música, as suas danças, e como são feitos e tocados os instrumentos. Se o filme mostra, logo ao início, o I Festival da Canção e da Música Tradicional em Maputo, em 1980, é para logo afastar-se do evento e investir numa abordagem mais compreensiva, dando a palavra ao povo, fixando o modo como se exprime, pela música e pela dança, no contexto humanizado, do seu quotidiano. Ivan Barros e Pak Ndjamena têm mantido uma colaboração artística, sustentada pela intermedialidade, em que cinema e dança dialogam. Atualização contemporânea da importância da dança como forma matricial na expressão cultural em Moçambique, IN BOX é, literalmente, uma carta para a esperança. É também uma manifestação de resiliência às crises sociais, políticas, e sanitárias – foi filmado quando a pandemia ensombrava o país – que perturbam a sociedade moçambicana, num contexto global. O que pode a imagem de Samora Machel, plano derradeiro na caixa de correio em que é deitada a carta?

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