21/02/2024, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
50 Anos de Abril: Que Farei Eu com Esta Espada ?
The Musketeers of Pig Alley | On the Bowery
duração total da sessão: 80 min | M/12
Comunidade
THE MUSKETEERS OF PIG ALLEY
de D.W. Griffith
com Lillian Gish, Elmer Booth, Walter Miller, Alfred Paget, Harry Carey
Estados Unidos, 1912 – 15
7 min / mudo, legendado eletronicamente em português

ON THE BOWERY
de Lionel Rogosin
com Gorman Hendricks, Frank Matthews, Ray Salyer
Estados Unidos, 1956 – 65 min / legendado eletronicamente em português

No centro da sessão, as comunidades trabalhadoras, tradicionalmente imigrantes que, na passagem dos séculos XIX e XX encontraram refúgio no bairro histórico de Manhattan conhecido como Lower East Side (LES). Retrato da cidade pobre que vive paredes-meias com a violência, THE MUSKETEERS OF PIG ALLEY foi rodado nos cenários reais das ruas do LES nova-iorquino e evoca as séries de fotografias de Jacob Riis, prenunciando aspectos da sequência moderna de INTOLERANCE. Da primeira fase da fértil filmografia Biograph de Griffith, iniciada em NY, em 1908, é um título exemplar das suas experimentações formais (coescrito por ele e Anita Loos, com fotografia de Billy Bitzer). ON THE BOWERY é um clássico do cinema independente americano. Foi a primeira obra de Lionel Rogosin, que mergulhou no bairro do Bowery, contíguo a LES, durante seis meses para lhe sentir o pulso, os ritmos, conhecer os habitantes. Depois filmou-os, sem condescendência e incandescentes, tomando os ensinamentos de Flaherty, a inspiração no neorrealismo italiano e em THE QUIET ONE, de Sidney Meyers, mas também em Weegee ou Jacob Riis. ON THE BOWERY dá a ver Nova Iorque como nunca antes no cinema. “Um estudo pessoal em grande plano dos mais negros recantos da sociedade e um trabalho crucial do realismo americano (John Cassavetes, Shirley Clarke, Robert Frank e Kent MacKenzie devem-lhe todos alguma coisa)” (Michael Joshua Rowin). ON THE BOWERY é apresentado em cópia digital.

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21/02/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Raúl Ruiz – A Imagem Estilhaçada ( Parte I )
Klimt
Klimt
de Raúl Ruiz
com John Malkovich, Veronica Ferres, Stephen Dillane
Áustria, França, Alemanha, Reino Unido, 2006 - 132 min
legendado em português | M/12
Grande produção que retrata a vida do pintor Gustav Klimt, aqui interpretado por John Malkovich. Ruiz não gostava que o filme fosse encarado como um biopic. Segundo as suas palavras: “Trata-se de uma fantasia, ou, se preferirem, uma fantasmagoria, um fresco de personagens reais e imaginárias que giram em torno de um único ponto: o pintor Klimt”. A exuberância permanente do filme, que se manifesta ao nível das cores ou da coreografia da câmara, reenvia para um constante jogo de espelhos e para uma liberdade invulgar no cinema.

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21/02/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Que Quero Ver
Christiane F. - Wir Kinder Vom Bahnhof Zoo
Christiane F
de Uli Edel
com Natja Brunckhost, Eberhard Auriga, Peggy Bussieck
República Federal da Alemanha, 1981 - 131 min
legendado eletronicamente em português | M/16
Adaptação do famoso livro Os Filhos da Droga, CHRISTIANE F. – WIR KINDER VOM BANHOF ZOO é um drama autobiográfico desenrolado na Alemanha Ocidental da década de 70. Christiane, uma adolescente de catorze anos, vive uma vida aborrecida e sonha em entrar no Sound, a discoteca mais badalada de Berlim. Após a sua primeira experiência com a heroína, a jovem começa a envolver-se gradualmente no mundo das drogas e do trabalho sexual que se organiza em torno de uma estação de metro da capital alemã. Um filme cru e realista, que adquiriu estatuto de culto, também graças à participação e à música de David Bowie. 

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21/02/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
50 Anos de Abril: Que Farei Eu com Esta Espada ?
Zui Hao De Shi Guang
Três Tempos
de Hou Hsiao-Hsien
com Qi Shu, Chen Chang, Fang Mei, Shu-Chen Liao
França, Taiwan, 2005 - 134 min
legendado em português | M/12
Futuro
Três histórias de amor, três períodos – 1966, 1911 e 2005 – e dois atores, Qi Shu e Chen Chang, interpretando os protagonistas. O filme é na sua integralidade do grande realizador taiwanês Hou Hsiao-Hsien, um “mestre do tempo”, como lhe chamou J. Hoberman, que aqui reflete sobre a comunicação ou falta dela na relação entre homem e mulher. A mais surpreendente é a história do meio, “Um Tempo para a Liberdade”, encenada como se fosse um filme mudo, usando-se intertítulos em vez de diálogos falados. Mas o último episódio, “Um Tempo para a Juventude”, “tem talvez a proposição política mais complexa, (...) porque resulta muito mais ambígua (mas também muito mais, digamos, esperançosa, mesmo que a contrario) a ideia de oferecer o tempo da época contemporânea ao tempo da juventude” (Luís Miguel Oliveira).

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