04/12/2023, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver Especial
American Psycho
Psicopata Americano
de Mary Harron
com Christian Bale, Justin Theroux, Reese Witherspoon
Estados Unidos, Canadá, 2000 - 102 min
legendado em português | M/16
Adaptação do polémico romance homónimo de Bret Easton Ellis, que resultou num filme de culto. AMERICAN PSYCHO é um olhar sobre o quotidiano de Patrick Bateman, um banqueiro da bolsa nova-iorquina que, na sua vida obsessivamente perfeita, esconde uma pulsão: assassinar mulheres que seduz durante a noite. Uma sádica sátira sobre a violência masculina e a desilusão dos sonhos capitalistas dos yuppies da década de 1980 que conta com uma enérgica  interpretação de Christian Bale. Primeira apresentação na Cinemateca.

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04/12/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Hours and Hours – Os Filmes para Televisão dos Grandes Mestres de Hollywood
East Side, West Side
A Cidade Gigante
de Allan Dwan
com George O’Brien, Virginia Valli, J. Farrell MacDonald
Estados Unidos, 1927 - 97 min
mudo, legendado eletronicamente em português | M/12
Com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
Um dos melhores Dwans da fase final do mudo, EAST SIDE, WEST SIDE é também um grande filme de Nova Iorque, naquela época em que o cinema primeiro se enamorou pela “cidade gigante”, como lhe chamou o título português. A história vive muito de arquétipos, o bom rapaz modesto a quem a fortuna sorri (George O’Brien, no mesmo ano do SUNRISE de Murnau), e o filme usa maravilhosamente as ruas e paisagens nova-iorquinas. A exibir em cópia digital.

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04/12/2023, 19h30 | Sala Luís de Pina
O Que Quero Ver Especial
We Can’t Go Home Again
de Nicholas Ray
com Nicholas Ray, Leslie Levinson, Denny Fischer, Tom Farrell, Jane Weymann
Estados Unidos, 1971-1980 - 93 min
legendado em português | M/12
Último projeto de Nicholas Ray, feito no difícil período final da sua vida. Revelado numa primeira versão no Festival de Cannes em 1973, Ray montou e remontou o material de WE CAN’T GO HOME AGAIN até à sua morte em 1979, sem nunca dar o filme como acabado. A versão que veremos nesta sessão foi montada por Susan Ray, a partir das nove horas de material inacabado deixadas por Ray, e foi estreada no Festival de Roterdão em 1980. A cópia de Roterdão ardeu e entre as raras cópias que subsistiram conta-se a que foi adquirida em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian, entretanto depositada na Cinemateca (segundo Serge Daney, “nenhuma cinemateca poderá dormir em paz se não tiver nas suas reservas uma cópia de WE CAN’T GO HOME AGAIN”). Filmado em 35, 16, Super 8, 8mm e em vídeo, utilizando a técnica do split-screen, o incompleto WE CAN’T GO HOME AGAIN (expressão que significa “não se pode voltar ao passado”) é o requiem da obra de Nicholas Ray.

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04/12/2023, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Hours and Hours – Os Filmes para Televisão dos Grandes Mestres de Hollywood
High Air | It’s Always Sunday
duração total da projeção: 50 min
legendados eletronicamente em português | M/12
HIGH AIR
de Allan Dwan
com William Bendix, Dennis Hopper, John Mitchum
Estados Unidos, 1956 - 25 min

IT’S ALWAYS SUNDAY
de Allan Dwan
com Dennis O’Keefe, Fay Wray, Sheldon Leonard, Chick Chandler
Estados Unidos, 1955 - 25 min

HIGH AIR conta a história da redenção de um pai e um filho entre os “sandhogs”, os homens que escavam túneis subterrâneos para a construção do metro. Ainda que não seja conhecido por histórias de proletários (um plano do filme de Walsh de 1935, UNDER PRESSURE, é reutilizado em HIGH AIR), Dwan também não fora alheio à realização de filmes sobre estes passados em Nova Iorque (MANHANDLED, EAST SIDE, WEST SIDE), estando em boa companhia com um argumento de A.I. Bezzerides (grande autor de várias obras sobre a classe operária: THIEVES HIGHWAY, ON DANGEROUS GROUND), uma história de Borden Chase, e dois protagonistas contrastantes: William Bendix e o jovem Dennis Hopper. Ainda sobre “a graça dos párias”, IT’S ALWAYS SUNDAY: “O que nos diz o padre sempre otimista (Dennis O’Keefe)? Para desarmar os bandidos (Sheldon Leonard, Chick Chandler) que planeiam novos estragos, emprestem-lhes o vosso carro, mandem-nos fazer os vossos recados, confiem neles e colherão o que semearam. Esta caridade evangélica explica o arco dramático de muitos dos filmes de Dwan” (segundo Michael Henry Wilson). O’Keefe e Fay Wray estão francamente envelhecidos e roucos neste típico ambiente doméstico dos anos 50, de resto reluzente, daqueles que a televisão se esmerou a definir. Os vagabundos que nele entram trazem consigo os anos 30 (até uma referência às políticas de pleno emprego do New Deal rooseveltiano) e, de certo modo, de todos os filmes de Dwan dessa época. Quando questionado sobre os dois únicos telefilmes que realizou, Dwan disse: “...são apenas duas pequenas brincadeiras. Estávamos de volta aos velhos tempos das duas bobinas”. No único ano que separa estas duas curtas-metragens televisivas, Dwan realizou cinco longas-metragens: ESCAPE TO BURMA, PEARL OF THE SOUTH PACIFIC, TENNESSEE’S PARTNER, SLIGHTLY SCARLET e HOLD BACK THE NIGHT. A exibir em cópias digitais.

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