CICLO
O Que Quero Ver


Interrompida pela pandemia e pelos condicionalismos dela decorrentes sobre a nossa atividade de programação (tal como aconteceu com outras rubricas regulares da nossa programação suspensas desde março de 2020), O QUE QUERO VER regressa a fechar o ano de 2021 e em versão “expandida”, esperando-se que a partir de janeiro de 2022 volte ao seu formato habitual de uma ou duas apresentações mensais. Para tentar corresponder às muitas solicitações dos espectadores da Cinemateca que fomos recebendo ao longo dos últimos 11 meses, aproveitamos o mês de dezembro para um programa especial desta rubrica com um conjunto de 11 filmes, sendo cinco deles absolutamente inéditos nas salas da Rua Barata Salgueiro e os restantes seis escolhas “muito cá de casa”. Uma escolha eclética programada a partir dos contributos dos nossos espectadores.
 
02/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Que Quero Ver

Novyy Vavilon
“A Nova Babilónia”
de Gregori Kozintsev, Leonid Trauberg
URSS, 1929 - 102 min
17/12/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Que Quero Ver

Les Grandes Manoeuvres
As Grandes Manobras
de René Clair
França, Itália, 1955 - 108 min
 
18/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Que Quero Ver

The Devils
Os diabos
de Ken Russell
Reino Unido, 1971 - 107 min
 
22/12/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Que Quero Ver

Les Grandes Manoeuvres
As Grandes Manobras
de René Clair
França, Itália, 1955 - 108 min
22/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo O Que Quero Ver

Johnny Guitar
Johnny Guitar
de Nicholas Ray
Estados Unidos, 1954 - 108 min
02/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Novyy Vavilon
“A Nova Babilónia”
de Gregori Kozintsev, Leonid Trauberg
com Elena Kusmina, Petr Sobolevski, David Gutman, Serguei Guerasimov
URSS, 1929 - 102 min
mudo, intertítulos russos traduzidos em português | M12
com acompanhamento ao piano por Daniel Schvetz
Uma das obras-primas do cinema soviético, marcada pela estética da FEKS (“Fábrica do Actor Excêntrico”, o grupo de cineastas de Leninegrado a que pertencia Kozintsev) e pelo cinema de Eisenstein. Uma delirante evocação da insurreição da Comuna de Paris em 1871, onde uma operária e um soldado, de origem camponesa, se fundem nas massas que se levantaram na primeira revolução proletária (que foi massacrada impiedosamente).A música original, de Dmitri Chostakovich, recriada para esta sessão por Daniel Schvetz, era tão moderna para os ouvidos da época que alguns espectadores vinham queixar-se que o maestro estava bêbedo… O filme não é apresentado na Cinemateca desde 2010.

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17/12/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Les Grandes Manoeuvres
As Grandes Manobras
de René Clair
com Michèle Morgan, Gérard Philipe, Jean Desailly, Brigitte Bardot
França, Itália, 1955 - 108 min
legendado eletronicamente em português | M/12
As “grandes manobras” do título não dizem respeito ao universo militar onde encontramos o protagonista, um Don Juan muito seguro de si interpretado por Gérard Philipe. Este aposta que conseguirá conquistar uma divorciada interpretada por Michèle Morgan antes de o seu regimento partir em missão. Filme romântico, vencedor do Prémio Louis Delluc e Georges Méliès, com a fleuma habitual do cinema de René Clair, autor de algumas das comédias mais intemporais da história do cinema e que aqui, como escreveu Georges Sadoul, “mostr[a] sem indulgência a morte e a sordidez escondidas sob os frou-frous da Belle-Époque”. Conta ainda com o atrativo de ter no elenco uma Brigitte Bardot em começo de carreira. Primeira apresentação na Cinemateca.

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18/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
The Devils
Os diabos
de Ken Russell
com Vanessa Redgrave, Oliver Reed, Dudley Sutton
Reino Unido, 1971 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/16
Realizador extraordinariamente polémico, conhecido nalguns circuitos como “o Fellini do Norte”, Ken Russell tem em THE DEVILS aquela que é, para muitos, a sua obra mais definidora. Adaptação de um livro de Aldous Huxley, trata-se de um filme de horror situado em França, no século XVII, em que um padre é acusado de ser responsável pela possessão demoníaca de uma freira viciada em sexo. Considerado herético à época, censurado no Reino Unido e Estados Unidos, o filme é um mostruário da capacidade de Ken Russell para criar uma imagética barroca e chocante. O crítico britânico Mark Kermode refere que THE DEVILS “nunca perdeu a sua capacidade para cativar e enfurecer em igual medida”. Primeira apresentação na Cinemateca.

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22/12/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Les Grandes Manoeuvres
As Grandes Manobras
de René Clair
com Michèle Morgan, Gérard Philipe, Jean Desailly, Brigitte Bardot
França, Itália, 1955 - 108 min
legendado eletronicamente em português | M/12
As “grandes manobras” do título não dizem respeito ao universo militar onde encontramos o protagonista, um Don Juan muito seguro de si interpretado por Gérard Philipe. Este aposta que conseguirá conquistar uma divorciada interpretada por Michèle Morgan antes de o seu regimento partir em missão. Filme romântico, vencedor do Prémio Louis Delluc e Georges Méliès, com a fleuma habitual do cinema de René Clair, autor de algumas das comédias mais intemporais da história do cinema e que aqui, como escreveu Georges Sadoul, “mostr[a] sem indulgência a morte e a sordidez escondidas sob os frou-frous da Belle-Époque”. Conta ainda com o atrativo de ter no elenco uma Brigitte Bardot em começo de carreira. Primeira apresentação na Cinemateca.

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22/12/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Johnny Guitar
Johnny Guitar
de Nicholas Ray
com Joan Crawford, Sterling Hayden, Mercedes McCambridge, Scott Brady, Ward Bond
Estados Unidos, 1954 - 108 min
legendado em português | M/12
Um dos westerns maiores da história do cinema, de cores agressivas e imagens barrocas (as fabulosas cenas de Joan Crawford no interior do saloon, o cenário deste com os fantomáticos croupiers e a roleta a rodar). Um filme “onde os cowboys desmaiam e morrem com a graça das bailarinas” (Truffaut). E um “duelo” sem tréguas entre as fabulosas Vienna (Crawford) e Emma (McCambridge). “Rever as imagens do JOHNNY GUITAR é rever a recordação delas. Para quem o vê pela primeira vez, é ainda de rever que se trata. Porque todas as personagens não fazem outra coisa. […] JOHNNY GUITAR é um filme construído em flashback sobre uma imensa elipse? Ou é uma imensa elipse construída sobre um flash que não pode come back? Ou será que é tudo a mesma coisa?” (João Bénard da Costa).

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