26/11/2021, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Siamo Donne – Divas do Cinema Italiano

A Cinemateca com a Festa do Cinema Italiano
La Ragazza di Bube
A Rapariga de Bube
de Luigi Comencini
com Claudia Cardinale, George Chakiris, Marc Michel
Itália, França, 1963 - 109 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
Adaptação do romance epónimo de Carlo Cassola. Bube é um partigiano que, no final da guerra, visita uma aldeia para dar testemunho da morte de um camarada aos pais deste, e se apaixona pela irmã (Claudia Cardinale), com quem casa. Bube é forçado a fugir, acusado da morte do chefe da polícia e a mulher arranja trabalho na cidade, onde encontra um novo interesse romântico, acabando por enfrentar um dilema quando Bube é preso e vai a julgamento. Destaque para a fabulosa fotografia a preto e branco de Gianni di Venanzo.

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26/11/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a CineFiesta
El Jefe Politico
de André Hugon
com José Durany, James Devesa, René Navarre, Colette Darfeuil, Alexiane, Camille Bert
Espanha, 1925 - 83 min
mudo, com intertítulos em espanhol e legendagem eletrónica em português | M/12
com acompanhamento ao piano e theremin por Miquel Brunet

sessão apresentada por Carlos Reviriego
Leopoldo Quintana é um advogado e político capaz de tudo para conseguir o que deseja. Usando chantagem e manobras duvidosas, é nomeado deputado, depois ministro e, finalmente, presidente do Conselho. A sua ambição sem medida acaba por provocar protestos sociais que acabarão por ditar a sua queda. Primeiro filme realizado em Espanha pelo prolífico cineasta francês André Hugon (assinou quase cem filmes entre 1924 e 1952, incluindo o que é considerado o primeiro filme sonoro francês, LES TROIS MASQUES de 1929), EL JEFE POLITICO adapta o romance O Cavaleiro Audacioso de José María Carretero publicado dois anos antes e que refletia a crise do sistema parlamentar que se estava a formar em Espanha. Um filme a descobrir. Primeira exibição na Cinemateca. A apresentar em cópia digital.

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26/11/2021, 20h00 | Sala Luís de Pina
Revisitar os Grandes Géneros: Film Noir | Disponíveis para o Noir
Le Samouraï
Ofício de Matar
de Jean-Pierre Melville
com Alain Delon, François Périer, Nathalie Delon
França, 1967 - 104 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
É a quintessência do estilo e do universo dramatúrgico de Jean-Pierre Melville, a quem Chabrol chamou franco-atirador, que Godard filmou numa cena de À BOUT DE SOUFFLE, e que a partir de BOB LE FLAMBEUR (1956) intensificou a vertente noir do seu cinema, vindo da cinefilia americana e deveras pessoal na estilização e no âmago sombrio. Filmado com as cores luminosas e metálicas da fotografia de Henri Decaë, LE SAMOURAÏ é um policial abstrato com o toque romântico das personagens de Melville. De gabardina, chapéu e olhar distante, Alain Delon encarna a personagem solitária de Jeff Costello, assassino profissional, na sua mais icónica interpretação. Dizia Melville que em Delon (com quem filmou ainda LE CERCLE ROUGE e UN FLIC, 1970/72) o instinto da atitude gestual é inato: “É um dos grandes samurais do ecrã”. Sobre realizadores, afirmava que eram indivíduos que trabalhavam no escuro, o que terá tido o seu eco em cineastas tão diferentes como Scorsese, Jarmusch, Kaurismaki ou Tarantino, além dos da geração da nova vaga francesa.

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26/11/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a CineFiesta
Esa Pareja Feliz
de Juan Antonio Bardem, Luis García Berlanga
com Fernando Fernán Gomez, Elvira Quintanilla, Félix Fernandez, José Luis Ozores
Espanha, 1951 - 81 min
legendado eletronicamente em português | M/12
sessão apresentada por Carlos Reviriego
A estreia de Juan Antonio Bardem e Luis García Berlanga fez-se com este filme, surgido no contexto do Instituto de Investigaciones y Experiencias Cinematográficas, referência importante do cinema espanhol da época. A história segue um jovem casal de um bairro popular, que enfrenta problemas de trabalho e sobrevivência, marcada pela influência do neorealismo italiano mas também pelo da comédia popular americana. “Foi o ponto de partida para um novo cinema espanhol não só pelo seu tema como pela abordagem das classes mais desfavorecidas e a saída da câmara para a rua a exemplo do neo-realismo” (Manuel Cintra Ferreira). O filme não é exibido na Cinemateca desde 2012. A apresentar em cópia digital.

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