14/01/2021, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano

Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Shijibganeun Nal
“O Dia do Casamento”
de Lee Byeong-il
com Kim Seung-ho, Kim Yu-hee, Cho Mi-ryung
República da Coreia, 1956 - 79 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Lee Byeong-il realizou apenas três filmes, dos quais este é o segundo e foi apresentado no Festival de Berlim em 1957. Trata-se de uma divertida comédia de enganos, cujo argumento não estaria deslocado no cinema americano dos anos trinta. Um homem consegue arranjar um “bom casamento” para a sua filha, porém o intermediário para o casamento nem sequer se deu ao trabalho de encontrar o noivo. Surge um boato de que o rapaz tem uma deficiência física e o pai da noiva consegue fazer com que ele se torne noivo da criada da família. Mas quando o rapaz finalmente surge, é bem apessoado e não tem nenhuma deficiência. Desencadeia-se então uma série de divertidos acontecimentos, em que a família da jovem tenta ao mesmo tempo manter as aparências e preservar os seus interesses. O tom da narrativa é leve, o que a torna mais divertida.

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14/01/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano

Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Chou
“Chuva Verde”
de Jeong Jin-woo
com Shin Seong-il, Moon Hee
República da Coreia, 1966 - 100 min
egendado eletronicamente em português | M/12
Nascido em 1938, Jeong Jin-woo é um bom exemplo da fecundidade dos realizadores coreanos nos anos sessenta: entre 1963 e 1969, realizou nada menos de 27 longas-metragens, das quais CHOU é a nona (até 1995, ele realizaria um total de cinquenta e três). Apresentado no Festival de São Francisco de 1966, feito a preto e branco e em scope, o filme é um clássico do cinema coreano sobre jovens. A situação de partida é a de uma comédia: um homem e uma mulher, ele mecânico e ela criada, fazem-se passar por personagens mais ricos do que são e têm uma ligação sentimental. Mas o tom do filme não é cómico, oscila entre o sério e o lírico.  À medida que os seus encontros clandestinos se multiplicam, sempre em dias chuvosos, para que ela possa usar uma gabardine elegante e esconder a sua identidade, o par acaba por ter uma relação mais séria, que acaba por ser minada. O filme é típico da estética dos anos sessenta no modo como mostra a metrópole onde tem lugar a ação, que progride com uma fluidez quase musical.

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14/01/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Os Mares da Europa

Com o apoio da Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021
SESSÃO CANCELADA

La Mer (Baignade en Mer) | A Sea Cave Near Lisbon | Mor’vran, La Mer des Corbeaux | Finis Terrae
duração total da projeção: 108 min | M/12 - SESSÃO CANCELADA
sessão com apresentação

com acompanhamento ao piano por João Paulo Esteves da Silva
LA MER (BAIGNADE EN MER) 
de Louis e Auguste Lumière 
França, 1895 / mudo – 1 min 

A SEA CAVE NEAR LISBON 
A Boca do Inferno em Cascais 
de Harry Short 
Portugal/Reino Unido, 1896 - 1 min / mudo 

MOR’VRAN, LA MER DES CORBEAUX 
de Jean Epstein 
França, 1930 - 26 min / mudo, intertítulos em francês e legendagem eletronica em português

FINIS TERRAE
de Jean Epstein 
com pescadores do arquipélago de Ouessant 
França, 1929 - 80 min / mudo, intertítulos em francês e legendagem eletrónica em português 

A abrir a primeira sessão de Os Mares da Europa mostramos dois exemplos remotos do interesse do cinema pelo mar: um filme que fez parte do programa da célebre primeira sessão dos irmãos Lumière e as imagens que o britânico Harry Short rodou na Boca do Inferno em Cascais. Teórico e realizador, Jean Epstein foi uma das mais importantes figuras do cinema francês no período mudo, realizando ao mesmo tempo filmes próximos do cinema experimental e documentários ou semi-documentários. Estes últimos, de que MOR’VRAN e FINIS TERRAE fazem parte, costumam ser ambientados no litoral da Bretanha. Epstein, que detestava atores, inventou o conceito de paysage acteur e utilizou unicamente não profissionais nestes dois filmes. MOR’VRAN é um documentário poético sobre os pescadores de uma ilha bretã. Em FINIS TERRAE, a ténue trama narrativa (“a vida é feita de situações e não de histórias”, dizia Epstein) faz da paisagem marinha da Bretanha uma personagem dramática. MOR’VRAN e FINIS TERRAE não são apresentados na Cinemateca desde 2004 e 2010, respetivamente. A exibir em cópias digitais.