24/10/2020, 15h00 | Salão Foz
Cinemateca Júnior – Sábados em Família
Adeus, Pai
de Luís Filipe Rocha
com João Lagarto, José Afonso Pimentel, Adriana Aboim
Portugal, 1996 - 85 min | M/12
com a presença de Luís Filipe Rocha (a confirmar)
Realizado nos Açores, a partir de um argumento original de Luís Filipe Rocha, ADEUS, PAI conta a relação de um rapaz de 13 anos com o seu pai. Uma relação distante, porque o pai se dedica sobretudo ao trabalho. Mas um dia, os dois partem juntos de férias para os Açores, onde finalmente se aproximam (ou assim parece).

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24/10/2020, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: A Viagem Permanente – O Cinema Inquieto da Geórgia
Magdanas Lurdja | Alaverdoba
duração total da projeção: 111 min | M/12
O Cáucaso Profundo 2
MAGDANAS LURDJA
“O Burro de Magdana”
de Tenguiz Abuladze, Rezo Tchkheidze
com Dudukhana Tserodze, Liana Moistsrapichvili, Mikho Borachvili, Akaki Kvantaliani, Nani Tchikvinidze
URSS, 1955 – 70 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

ALAVERDOBA
“Alaverdoba”
de Guiorgui Chenguelaia
com Gueidar Palavandichvili, Kote Dauchvili, Irakli Kokrachvili
URSS, 1962 – 41 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

A viúva Magdana procura sustentar-se e aos três filhos com um comércio de iogurte que a obriga a uma itinerância longa e penosa à cidade – até recolher um burro maltratado que poderá melhorar a vida a toda a família. Tratando o Cáucaso de finais do século XIX com uma sensibilidade neorrealista possibilitada pelos primeiros anos do Degelo, e integrando alusões a outras épocas e injustiças, MAGDANAS LURDJA, premiado em Cannes, marcou o renascimento do cinema georgiano. Em ALAVERDOBA, o festival religioso homónimo, da região da Cachétia, recebe a visita de um jornalista fascinado pela dinâmica pouco espiritual dos peregrinos, a quem acabará por desafiar. A sua posição paradoxal, de idealista laico escandalizado pelo farisaísmo, abre o filme a várias interpretações ideológicas.

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24/10/2020, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: A Viagem Permanente – O Cinema Inquieto da Geórgia
Kristine | Tchemi Bebia
duração total da projeção: 85 min | M/12
Enérgica Modernidade 2

Programado para esta sessão, MZAGO DA GELA não será exibido devido a um atraso na chegada da cópia do filme. Em seu lugar será exibido o filme TCHEMI BEBIA.
KRISTINE
de Aleksandre Tsutsunava, Guermane Goguitidze
com Antonine Abelichvili, Guiorgui Pronispireli, Vasso Arabidze
Geórgia, 1918 – 25 min / mudo, legendado em inglês e eletronicamente em português

TCHEMI BEBIA
“A Minha Avó”
de Kote Mikaberidze
com Aleksandre Takaichvili, Ielena Tchernova, Ievgueni Ovanov, Akaki Khorava
URSS, 1929 – 60 min / mudo, legendado em inglês e eletronicamente em português

Abandonada pelo homem por quem se apaixonou, Kristine vê-se numa situação desesperada, grávida e hostilizada pela família e pela sua aldeia. Após um suicídio falhado, resta-lhe refugiar-se na cidade, onde a acolhe, com péssimas intenções, a mãe de uma amiga. Um filme italiano que passava no seu próprio cinema deu a Goguitidze a ideia de produzir este primeiro filme georgiano de ficção, que Tsutsunava, encenador de renome, foi chamado a realizar. Em TCHEMI BEBIA, uma grande repartição oficial assemelha-se a um organismo pesado, com funcionários-órgãos ineficazes. Esperando em vão resposta ao seu requerimento, um operário perde a paciência, motivando o despedimento de um burocrata, que tenta reaver o emprego através da proteção de uma avó – isto é, de uma cunha. A demolição da burocracia é o projeto deste filme que cruza a estética e o delírio de várias vanguardas. Rapidamente banido, só foi oficialmente reabilitado em 1968.

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24/10/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: A Viagem Permanente – O Cinema Inquieto da Geórgia
Metevze da Gogona | Simindis Kundzuli
duração total da projeção: 115 min | M/12
A Difícil Liberdade 3
METEVZE DA GOGONA
“O Pescador e a Menina”
de Mamuka Tkechelachvili
Geórgia, 2018 – 15 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

SIMINDIS KUNDZULI
“A Ilha do Milho”
de Guiorgui Ovachvili
com Ilias Salman, Mariam Buturichvili, Irakli Samuchia
Geórgia, 2014 – 100 min / legendado em inglês e eletronicamente em português

Com o pai pescador ausente no mar, a filha imagina-o em apuros, defrontando um peixe maligno que lhe desfaz a frágil embarcação. Ou talvez ela não o imagine apenas. A animação tridimensional de METEVZE DA GOGONA, de recortes e bonecos, soma camadas de representação e de sonho sem saturar o permanente apelo dos seus achados, onde cabem a evocação de Moby Dick e da estrela do mar de Man Ray. SIMINDIS KUNDZULI descreve as ilhas férteis formadas pela torrente anual do rio Inguri, logo ocupadas por camponeses na esperança de uma colheita compensadora. Avô e neta, abecazes, ocupam uma delas, sob o olhar intimidante de militares da Abecázia, Geórgia e Rússia que patrulham as imediações. Tradição ameaçada pela imprevisibilidade do clima e dos homens, o milho fluvial ganhou a sua memória definitiva com este filme de Ovachvili, prémio principal em Karlovy Vary, onde foi estreado.

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