13/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Sofia Areal: Um Gabinete Anti-dor
de Jorge Silva Melo
Portugal, 2016 - 55 min | M/12
seguido de conversa com Sofia Areal e Jorge Silva Melo
Sofia Areal (nascida em Lisboa, em 1960) é a artista da geração mais nova entre os retratados por Jorge Silva Melo que, vendo-a como um caso singular nas artes portuguesas, a foi filmando a partir de 2011. “Não se trata de um documentário retrospetivo, mas sim um filme que está ao seu lado, a seguir o seu fazer, as suas dúvidas, certezas, conquistas. Aquilo que me interessou foi ver a Sofia Areal pensar pintando, pintar pensando. Pois nela, ‘o que em mim pensa está pintando’, é o seu ofício, o dessa mão que todos os dias faz a alegria” (JSM). Primeira exibição na Cinemateca.
14/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Agosto
de Jorge Silva Melo
com Christian Patey, Olivier Cruveiller, Marie Carré, Manuela de Freitas, Pedro Hestnes, Glicínia Quartin, Isabel Ruth
Portugal, 1988 - 98 min | M/12
com a presença de Jorge Silva Melo
Jorge Silva Melo adaptou muito livremente o romance de Cesare Pavese A Praia. A paisagem física é a serra da Arrábida e as suas praias, de uma luz deslumbrante e dourada no verão. As pessoas singulares que aí habitam vivem um vazio "antonioniano" que Jorge Silva Melo transpôs para o cinema português. Quando o apresentou em ante-estreia na Cinemateca em 1988, escreveu um texto que começa assim: “‘Há um minuto da vida do mundo que passa. Há que o pintar na sua realidade.’ Esta frase de Cézanne citada por Merleau-Ponty nesse livro a que há tantos anos recorro, Sens et Non-Sens. É isso o que quero do cinema? Minuto-vida-mundo-pintar-realidade?”
16/03/2020, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Palolo: Ver o Pensamento a Correr | Joaquim Bravo, Évora, 1935, Etc., Etc., Felicidades
duração total da projeção: 118 min | M/12
PALOLO: VER O PENSAMENTO A CORRER
de Jorge Silva Melo
Portugal, 1995 – 60 min
JOAQUIM BRAVO, ÉVORA, 1935, ETC., ETC., FELICIDADES
de Jorge Silva Melo
Portugal, 1999 – 58 min | M/6
Primeiro de uma galeria de retratos de artistas por Jorge Silva Melo, na série que resgata a memória de alguns contemporâneos e compõe o retrato de conjunto de uma geração e das suas afinidades. Os trabalhos e o percurso de António Palolo (1946-2000) são a matéria do pessoalíssimo primeiro filme do que viria a ser uma trilogia sobre a chamada Escola de Évora, com outros dois títulos dedicados a Joaquim Bravo e Álvaro Lapa. É na primeira pessoa que o filme começa, com o realizador a assumir-se narrador do filme, realizado por altura da preparação de uma exposição no CAM em 1995, comissariada por Maria Helena Freitas. É ela quem nota o “pensamento a correr” de Palolo, “um artista com a inteligência do coração” de quem também diz: “É um impuro, não respeita uma única corrente artística.” JOAQUIM BRAVO, ÉVORA, 1935, ETC, ETC, FELICIDADES é o título completo do belo documentário realizado por Jorge Silva Melo sobre o grande pintor que foi Joaquim Bravo (1935-1990). Jorge Silva Melo escreveu: "Do facto de ter realizado em 1995 um documentário intitulado PALOLO: VER O PENSAMENTO A CORRER, nasceu a pouco e pouco o desejo de um outro documentário de carácter mais historiográfico sobre os artistas que, desde os finais dos anos 1950, começaram a impor caminhos de grande originalidade (e heterodoxia) a partir de Évora. Falo de Joaquim Bravo, Álvaro Lapa e Palolo."
16/03/2020, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Álvaro Lapa: A Literatura
de Jorge Silva Melo
Portugal, 2008 - 101 min | M/12
“Numa viagem entre Viseu e Lisboa, Jorge Silva Melo reconstitui para o ator Pedro Gil a sua relação com Álvaro Lapa, as entrevistas que realizou com o artista, os anos passados a ver crescer uma das obras mais singulares da arte portuguesa. E a questão: o que é a literatura? Uma demorada viagem iniciática em que se revê toda a obra pictórica e literária e que termina com a declaração de Álvaro Lapa: ‘Disponível, disponível é a juventude. Mesmo que seja incapaz, incompetente, estouvada, destrutiva. Mas é disponível’.” O filme sobre Álvaro Lapa (1931-2006) é o último capítulo dedicado à “Escola de Évora”, depois dos filmes-retrato de Palolo e Joaquim Bravo. Jorge Silva Melo montou uma versão mais longa, destinada a fins expositivos ou académicos: AS CONVERSAS DE LEÇA EM CASA DE ÁLVARO LAPA (2006).
17/03/2020, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge Silva Melo – Viver Amanhã como Hoje
Nikias Skapinakis: O Teatro dos Outros
de Jorge Silva Melo
Portugal, 2007 - 60 min | M/12
O terceiro dos “retratos de artista” com que Jorge Silva Melo resgata a memória de alguns contemporâneos é dedicado a Nikias Skapinakis (nascido em 1931), um dos maiores pintores portugueses da segunda metade do século XX. A exposição “Quartos Imaginários” no Museu Vieira da Silva, em 2006, é um ponto de partida do filme, que conta com as participações do crítico de arte António Rodrigues e do realizador. É Silva Melo quem diz sobre Skapinakis: “Há no seu riso uma acidez luminosa. Ele não ri contra, não troça. Ri, proclamando uma distância entre si e ele próprio, uma elegância, talvez seja isso a melancolia.” Em 2012, por ocasião da exposição antológica Presente e Passado. 2012-1950, apresentada no Museu Coleção Berardo, Silva Melo realizou um segundo filme de curta-metragem sobre Skapinakis, intitulado NIKIAS SKAPINAKIS (CONTINUANDO) em que prolonga aquilo que fez com o pintor em 2007. Em 2019, vários trabalhos depois, Nikias Skapinakis expôs em Lisboa, na Galeria do Teatro da Politécnica, e no Porto, na Galeria Fernando Santos, “Descontinuando: Pintura e Desenho 2018-2019”.