10/12/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Que Quero Ver
Tegeran-43
Teerão 43 – Ninho de espiões
de Aleksandr Alov, Vladimir Naumov
com Natalya Belokhvostikova, Curd Jürgens, Igor Kostolevskiy, Claude Jade, Armen Dzhigarkhanyan, Alain Delon
União Soviética, França, Suíça, 1981 - 150 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Filme de espionagem sobre a tentativa de assassínio dos três grandes líderes mundiais Estaline, Roosevelt e Churchill durante a conferência de Teerão, evento decisivo para a resolução da Segunda Guerra Mundial. Muito se passou e passaria com o agente alemão, Max Richard, responsável por este golpe falhado. O filme, produção internacional com Alain Delon e outras stars europeias no elenco, passa-se na época contemporânea, em Paris, mergulhando, em sucessivos flashbacks, numa história que é um emaranhado de conspirações e paranoia. Escreveu Serge Daney que nesta obra improvável, de grande orçamento, o prato forte são os atores russos e Delon, presença ligeira e eivada de algum humor.
 
10/12/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
As Variações de Hong Sang-Soo
Oh! Soo-Jung
“A Virgem Desnudada pelos seus Pretendentes”
de Hong Sang-soo
com Lee Eun-ju, Mun Seong-kun, Cho Won-hee, Han Myeong-gu, Ho-Bong Jeong
República da Coreia, 2000 - 126 min
legendado eletronicamente em português | M/16
É o primeiro Hong Sang-soo a preto e branco, cromatismo a que os seus filmes só regressaram em 2011 (“O DIA EM QUE ELE CHEGA”) e em 2017/18, numa fiada de três. O título internacional – VIRGIN STRIPPED BARE BY HER BACHELORS – lembra o da obra de Marcel Duchamp, A Noiva Desnudada pelos seus Celibatários, Mesmo, referência a que Hong Sang-soo diz preferir a mera ressonância da frase. Seguindo a história triangular de uma mulher e dois homens, seus pretendentes, o filme é construído em duas partes numeradas em capítulos que podem ser versões distintas, consecutivas, ou um reflexo digressivo da memória (“Porventura Acidente” e “Porventura Intenção”). Prosseguindo um trabalho sobre elementos recorrentes, Hong filma repetições e episódios semelhantes, ou paralelos, adotando pontos de vista distintos na narrativa e na mise-en-scène. Primeira exibição na Cinemateca, em cópia digital.
 
10/12/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Do Fundo do Coração

em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia
All That Jazz
de Bob Fosse
com Roy Scheider, Jessica Lange, Leland Palmer
Estados Unidos, 1982 - 123 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Foi o penúltimo filme do coreógrafo e realizador Bob Fosse, um dos nomes incontornáveis do teatro e do cinema musical americano. Com evidentes elementos autobiográficos, aborda as relações de um artista com a sua obra e com a morte. Joe Gideon (Roy Scheider) é um coreógrafo mulherengo e viciado em drogas, obcecado com a escolha do elenco para o seu novo musical e a montagem de um novo filme. Sem estupefacientes e com uma doença cardíaca, Joe não tem energia necessária para lidar com a namorada, a ex-mulher e uma filha muito particular. Situações do passado começam a emergir no presente, transformando a sua vida num caos. Recebeu quatro dos nove Óscares para que estava nomeado. A apresentar em cópia digital.
 
10/12/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Variações de Hong Sang-Soo
Haebeyonui Yeoin
“Mulher na Praia”
de Hong Sang-soo
com Kim Seung-woo, Go Hyun-Jung, Song Seon-mi, Kim Tae-woo
República da Coreia, 2006 - 127 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Um argumentista, um realizador e uma aspirante a cantora viajam juntos de Seul até à estância balnear de Shinduri para uns dias de trabalho no argumento de um filme “Sobre Milagres” quotidianos nesse momento encalhado. É o arranque do enredo em que a personagem do realizador confronta bloqueios emocionais e eróticos, além de resolver o impasse criativo. Em dois regressos a Shinduri e Seul, reencontram-se os elementos repetitivos, variantes, em eco, característicos do cinema de Hong Sang-soo, com acento tónico na identidade coreana e, em particular, na psicologia masculina coreana. O uso do zoom, experimentado no filme anterior, ganha consistência. A paisagem central (lembrando “O PODER DA PROVÍNCIA DE KANGWON”) é invernal e deserta, nublada (como no posterior “NA PRAIA À NOITE SOZINHA”). O título internacional (WOMAN ON THE BEACH), que quase mima o de um filme americano de Jean Renoir (THE WOMAN ON THE BEACH, 1947), foi atribuído por Hong Sang-soo a uma canção popular coreana. Primeira exibição na Cinemateca.