CICLO
Ante-Estreias


As "Ante-estreias" de novembro propõem três retratos. O primeiro, FILME MUITO BREVE, diz respeito ao ator e dramaturgo Miguel Franco, e é assinado por Miguel Cardoso, autor de outros documentários sobre figuras importantes do cinema português, como Abel Escoto ou Henrique Espírito Santo. O segundo é um autorretrato, ou mais concretamente um diário filmado por Dídio Pestana, que assina a sua obra de estreia, que teve a sua primeira apresentação pública em 2018 no Festival de Locarno. Com MANUEL CASIMIRO: PINTAR A IDEIA aproximamo-nos do domínio das artes plásticas e do singular universo de um multifacetado criador que Isabel Lopes Gomes se propõe desvelar: Manuel Casimiro.
 
13/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ante-Estreias

Filme Muito Breve
de Miguel Cardoso
Portugal, 2018 - 68 min | M/12
 
18/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ante-Estreias

Sobre Tudo Sobre Nada
de Dídio Pestana
Portugal, 2018 - 82 min | M/12
 
29/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Ante-Estreias

Manuel Casimiro: Pintar a Ideia
de Isabel Lopes Gomes
Portugal, 2018 - 79 min
13/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ante-Estreias
Filme Muito Breve
de Miguel Cardoso
Portugal, 2018 - 68 min | M/12
com a presença de Miguel Cardoso
Ensaio biográfico sobre o ator e dramaturgo Miguel Franco (1918-1988), que o convoca através dos textos e crónicas que escreveu e dos filmes em que participou enquanto ator. Numa entrevista à RTP, Franco declarou: "eu sou sobretudo um ator, sou dramaturgo por ser um ator. Não podendo fazer teatro num palco, porque tenho uma vida profissional a desempenhar, posso perfeitamente, nas horas de lazer, fazer teatro; faço, escrevendo, criando..." E, como escreveu o realizador Miguel Cardoso, revelando as suas intenções, “gostava que o deslumbre que senti pelo reatar do convívio com o meu amigo Miguel Franco, que ao longo de toda a produção sempre me acompanhou, se riu comigo dalgum disparate, me apontou soluções, se deliciou no papel de biografado, gostava que tudo isto tivesse ficado à mostra para o poder partilhar com todos os amigos”.
 
18/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ante-Estreias
Sobre Tudo Sobre Nada
de Dídio Pestana
Portugal, 2018 - 82 min | M/12
com a presença de Dídio Pestana
Diário filmado a partir de imagens Super 8 mm rodadas entre 2010 e 2018 em Portugal, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Itália, Guiné-Bissau, Argentina, Bolívia, Peru e Chile, a primeira obra de Dídio Pestana, também sonoplasta e músico, membro da banda Tochapestana, é uma incursão na memória, pela qual passa um trabalho de luto e uma carta de despedida. “Amor encontrado e amor perdido, famílias que começam a desaparecer e famílias ainda por construir, memórias que se diluem e coisas impossíveis de esquecer, o mar de Portugal, os lagos de Berlim, novas casas, novos finais, novas vidas, demonstrações, jogos de basquetebol, solidão e amizade. Tudo de que a vida é feita, tudo o que carregamos connosco, tudo o que deixamos para trás.” Estreado mundialmente na edição de 2018 do Festival Internacional de Cinema de Locarno (a concurso, na secção “Signs of Life”).
 
29/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ante-Estreias
Manuel Casimiro: Pintar a Ideia
de Isabel Lopes Gomes
Portugal, 2018 - 79 min
legendado em português | M/12
com as presenças de Isabel Lopes Gomes, Manuel Casimiro e António Cerveira Pinto
Naquele que é já o seu quarto documentário sobre artistas plásticos (depois de Alberto Carneiro, Bosco Sodi e José Escada) Isabel Lopes Gomes aborda a vida e a obra de Manuel Casimiro, num filme que tem à partida o valor decisivo de ligar as pontas de uma obra cujo conhecimento entre nós é ainda, para muitos, lacunar. Pintor, fotógrafo, escultor, criador de instalações e pontualmente cineasta, Manuel Casimiro (filho do realizador Manoel de Oliveira), que expôs em Portugal desde os finais dos anos 60, fez um percurso internacional que o levou a viver e a expor em muitos países europeus e nos EUA, tendo durante mais de dezoito anos como base de residência e polo de irradiação a cidade de Nice. Percebendo como essa errância, somada à insistência no primado da pesquisa e da experimentação (que Casimiro sempre opôs à vontade de construir uma “carreira”), estará associada ao que será ainda essa visão lacunar do seu trabalho, e querendo justamente chamar a atenção para a continuidade de percurso e de pensamento nesse trabalho, Isabel Gomes constrói o filme como uma cartografia de referências (obras, lugares, depoimentos) tratando-as como peças de um puzzle em que realmente interessa a perceção global. Entre outros, e para além da palavra do próprio, o filme conta com depoimentos gravados de Jean-François Lyotard, Vincent Descombes, Christine Buci-Glucksmann, Michel Butor, Bernardo Pinto de Almeida e Jonathan Dronsfield.