23/09/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Luz e Espectros – Cinema de Weimar 1919-1933
Nerven
“Nervos”
de Robert Reinert
com Eduard von Winterstein, Lia Borré, Erna Morena, Paul Bender, Lili Dominici
Alemanha, 1919 - 110 min
mudo (com banda musical), legendado eletronicamente em português | M/12
Escrito, produzido e filmado em exteriores, em Munique, por Robert Reinert no mesmo ano de CALIGARI, NERVEN reflete “o fermento explosivo que a guerra e a miséria desencadeiam nas pessoas” à imagem de uma epidemia nervosa. Considerado como um importante documento da vida da Alemanha da época, a história descreve casos de personagens provenientes de diferentes extratos sociais. “NERVEN devia ter entrado no cânone expressionista. Os seus temas refletem o movimento do ataque pós-romântico ao capitalismo e a conceção moderna da alma angustiada. […] Reinert consegue uma imagem única sem recurso aos cenários pintados de CALIGARI, utilizando outros recursos cinematográficos de modo singular” (David Bordwell). A apresentar em cópia digital resultante de um restauro recente do Filmmuseum München que devolveu ao filme a visibilidade negada durante largos anos. Primeira exibição na Cinemateca.
 
23/09/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Queer Lisboa 23

em colaboração com o Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer 2019
Blue Diary | Max | Split – William to Chrysis: Portrait of a Drag Queen
duração total da projeção: 91 min | M/16
BLUE DIARY
de Jenni Olson
com Silas Howard
Estados Unidos, 1997 – 6 min / legendado eletronicamente em português
MAX
de Monika Treut
com Max Wolf Valerio
Alemanha, 1992 – 27 min / legendado eletronicamente em português
SPLIT – WILLIAM TO CHRYSIS: PORTRAIT OF A DRAG QUEEN
de Ellen Fisher Turk, Andrew Weeks
com International Crysis, Brian Belovitch, David Burns
Estados Unidos, 1992 – 58 min / legendado eletronicamente português

A americana Jenni Olson é especialista em cinema LGBT e fundadora de uma mostra online de curtas-metragens. No seu BLUE DIARY, uma mulher lésbica passa uma noite com uma mulher heterossexual. Na manhã seguinte, tem de se confrontar com a frustração das suas expectativas. Monika Treut é uma das mais conhecidas cineastas e ativistas alemãs da sua geração. Em MAX, um dos seus muitos documentários, vemos um nativo americano transexual narrar a sua jornada para se tornar um homem heterossexual depois de ter sido uma mulher lésbica. SPLIT – WILLIAM TO CHRYSIS: PORTRAIT OF A DRAG QUEEN é um retrato de uma celebridade nova-iorquina, International Chrysis, “mulher da cintura para cima, homem da cintura para baixo”, que passou de trabalhadora do sexo a vedeta dos night-clubs de Nova Iorque, pisou os palcos da Broadway e foi íntima de Salvador Dali, antes de morrer devido a uma fuga de silicone num dos seus implantes mamários. Primeiras exibições na Cinemateca, a apresentar em cópias digitais.
 
23/09/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
The Red Shoes
Os Sapatos Vermelhos
de Michael Powell, Emeric Pressburger
com Anton Walbrook, Moira Shearer, Esmond Knight, Leonide Massine
Reino Unido, 1948 - 136 min
legendado eletronicamente em português | M/6
Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Uma das obras-primas do cinema britânico da década de quarenta, que tem por tema a relação entre a vida e a arte. Guiada por um empresário visivelmente inspirado na figura de Diaghilev, uma jovem bailarina torna-se uma estrela, mas tem de enfrentar o dilema entre entregar-se inteiramente à carreira ou sacrificar o amor. A fotografia em Technicolor de Jack Cardiff, a fabulosa direção artística de Hein Heckroth e a música de Brian Easdale construíram um dos mais belos musicais de sempre. Léonide Massine, que entre 1915 e 1921 foi o principal coreógrafo dos Ballets Russes de Diaghilev, tem aqui um dos seus mais importantes papéis no cinema, coreografando e dançando uma importante sequência do filme. A apresentar em cópia digital.
 
23/09/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Luz e Espectros – Cinema de Weimar 1919-1933
Ins Blaue Hinein | Menschen am Sonntag
duração total da projeção: 109 min | M/12
INS BLAUE HINEIN
“Para o Azul”
de Eugen Schüfftan
com Toni van Eyck, Carl Balhaus, Aribert Mog, Theo Lingen
Alemanha, 1929 – 35 min / legendado eletronicamente em português
MENSCHEN AM SONNTAG
“Pessoas ao Domingo”
de Curt e Robert Siodmak, Edgar G. Ulmer, Fred Zinnemann
com Erwin Splettstosser, Brigitte Borchert, Wolfgang von Waltershausen
Alemanha, 1929 – 74 min / mudo (versão sonorizada), intertítulos em alemão, legendados em inglês e eletronicamente em português

MENSCHEN AM SONNTAG, "um filme de e para amadores", é o célebre filme cooperativo que revelou uma série de nomes de que a história do cinema iria guardar boa memória – além dos citados como realizadores, ainda Billy Wilder (no argumento) e Eugen Schüftan (na fotografia). Rodado com atores amadores, segue as vidas de um punhado de berlinenses ao longo de uma sucessão de domingos. A despreocupação e o lazer contrastam com as sombras perfiladas no horizonte, num filme que é um extraordinário documento sobre a “vida quotidiana” na Berlim do final da década de vinte do século XX, uma obra seminal realizada no espírito da República de Weimar que influenciaria gerações de cineastas em todo o mundo. A sessão abre com o recentemente descoberto INS BLAUE HINEIN, realizado por Eugen Schüfftan, a mostrar numa primeira exibição na Cinemateca. MENSCHEN AM SONNTAG é apresentado em cópia digital.