19/07/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Noite
La Notte
A Noite
de Michelangelo Antonioni
com Jeanne Moreau, Marcello Mastroianni, Monica Vitti, Bernhard Wicki
Itália, 1961 - 119 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Segundo filme da “trilogia dos sentimentos” de Antonioni (L’AVVENTURA, LA NOTTE, L’ECLISSE), o autor que mudou alguma coisa no cinema com a “desconstrução da narrativa”. LA NOTTE é um filme “puro como a noite”, como escreveu à época um crítico francês, no qual vemos a morte do amor ao longo de uma noite de agonia. É sob o signo da morte que o filme começa, com o casal em crise visitando um amigo moribundo, que fora amante da mulher. Na reunião mundana da noite, o desespero, a náusea, a alienação dos sentimentos, levam ao confronto, à separação e a uma reconciliação que mais parece um ato de desespero. “Non ti amo più, e neanche tu mi ami più.”
 
19/07/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jean-Claude Brisseau
Les Savates du Bon Dieu
de Jean-Claude Brisseau
com Stanislas Merhar, Raphaële Godin, Coralie Revel
França, 2000 - 107 min
legendado eletronicamente em português / M/16
Talvez o mais inclassificável dos filmes de Brisseau, na sua mistura de parábola cheia de ressonâncias religiosas (o protagonista é uma espécie de "santo dos pobrezinhos") e conto realista tragicómico. Um casal acidental (um rapaz que vai à procura da mulher que ama e uma amiga que encontra por acaso) encontra um singular "príncipe africano", seguem viagem pelos campos franceses todos juntos, e cometem assaltos cujo produto é depois distribuído pelos desfavorecidos. Ecos de Rossellini e de Buñuel num filme onde a faceta política de Brisseau, ainda que sob o véu da "fábula", é mais proeminente. A apresentar em cópia digital.
 
19/07/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Noite
I Fiore delle Mille e una Notte
As Mil e Uma Noites
de Pier Paolo Pasolini
com Franco Merli, Ines Pellegrini, Ninetto Davoli, Franco Citti
Itália, 1974 - 129 min
legendado em português | M/16
Terceiro episódio, sem dúvida o mais belo, da “Trilogia da Vida” em que cabem igualmente DECAMERON e OS CONTOS DE CANTERBURY. Pasolini aboliu a personagem de Xerazade da sua versão de As Mil e Uma Noites, que filmou em diversas regiões do mundo islâmico (Irão, Iémen, Etiópia). Tendo como eixo narrativo a história de um rapaz que sai em busca da escrava e amante que fora raptada, Pasolini narra diversas histórias, que se encaixam umas nas outras, umas graves, outras cómicas, num filme que é um canto ao prazer físico. “A verdade não está num sonho único, a verdade está em muitos sonhos.”
 
19/07/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jean-Claude Brisseau
L’Ange Noir
de Jean-Claude Brisseau
com Sylvie Vartan, Michel Piccoli, Tcheky Karyo
França, 1994 - 99 min
legendado eletronicamente em português / M/16
L'ANGE NOIR é mais uma história de violência e aparências. Neste caso o seu agente é uma mulher (um dos mais insólitos papeis de Sylvie Vartan), na pele de uma mulher que depois de matar um homem em sua casa defende-se com a justificação de que reagiu a uma tentativa de violação. Tons de "film noir" (é o filme de Brisseau que mais evoca Chabrol, na sua descrição "letal" de uma burguesia de província) num filme perturbante, e interpretações fabulosas de Vartan e, no papel do marido, Michel Piccoli. Primeira exibição na Cinemateca.
 
19/07/2019, 22h30 | Esplanada
Cinema na Esplanada
They Drive by Night
Vidas Nocturnas
de Raoul Walsh
com George Raft, Ann Sheridan, Ida Lupino, Humphrey Bogart, Gale Page, Alan Hale
Estados Unidos, 1940 - 94 min
legendado em português | M/12
A Noite
Pela última vez Humphrey Bogart aparece num papel secundário, apesar de importante. Logo a seguir o mesmo realizador, Raoul Walsh, dar-lhe-ia o seu primeiro grande papel como star em HIGH SIERRA. Em THEY DRIVE BY NIGHT, Bogart é o irmão de Raft, ambos condutores de camiões de transporte em luta contra uma organização, e protagonistas de uma história em que participam Scheridan e Lupino. “No Picture in 1940 will have bigger thrills!”, apregoava o cartaz da Warner Bros, remetendo para o realismo social de que o filme se faz tanto como se compõe de outras menos literais, e mais passionais, travessias noturnas.