CICLO
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)


Abordamos a segunda etapa deste vasto Ciclo sobre as migrações, que contou com colaborações externas (Augusto M. Seabra, Olaf Möller e Cíntia Gil), e chegará ao fim em maio com uma programação especial sobre a diáspora portuguesa. Se em março mostrámos sobretudo filmes do período clássico, em abril daremos ênfase ao cinema contemporâneo, de modo a sublinhar a dramática situação atual das migrações, com uma presença importante de documentários (dezasseis programas de um total de vinte e nove). Diversos filmes programados abordam espaços onde os migrantes são amontoados, como em Lampedusa e Calais, outros seguem os longos e cruéis trâmites burocráticos que vivem aqueles destinados à deportação. Também abordamos a questão do ponto de vista do migrante, com dois programas formados por clássicos do cinema africano, além de um filme de Jean Rouch em que vemos os franceses e a França através do olhar africano. Assinalamos ainda a presença de filmes de Gustav Deutsch, de Péter Forgács e do par Yervant Gianikian/Angela Ricci Lucchi que trabalham as migrações a partir de outro ponto de vista: material de arquivo e filmes domésticos. Dezassete programas apresentados propõem filmes inéditos na Cinemateca, num Ciclo em que vemos o cinema confrontar-se com a dura realidade do mundo tal como é, hoje.
 
10/04/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)

The Danube Exodus
de Péter Forgács
Hungria, 1998 - 60 min
11/04/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)

Hunky Blues
de Péter Forgács
Hungria, 2009 - 100 min
12/04/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)

Hunky Blues
de Péter Forgács
Hungria, 2009 - 100 min
12/04/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)

So Leben Wir – Botschaften an die Familie
“É Assim que Vivemos – Mensagens à Família”
de Gustav Deutsch
Áustria, 2017 - 107 min
 
13/04/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)

Qu’ils Reposent en Révolte (Des Figures de Guerre)
de Sylvain George
França, 2010 - 150 min
 
10/04/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)
The Danube Exodus
de Péter Forgács
Hungria, 1998 - 60 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Péter Forgács é um cineasta e artista húngaro que realizou mais de quarenta filmes e fez instalações em diversas galerias e museus. Especializou-se na utilização de filmes amadores domésticos, de que THE DANUBE EXODUS é exemplo. O filme acompanha o êxodo de cerca de novecentos judeus eslovacos, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, que descem o Danúbio rumo ao Mar Negro, de onde pensam seguir para a Palestina. Forgács baseou-se sobretudo nos filmes domésticos feitos pelo capitão de um dos dois barcos que levava o grupo, que filmou os seus passageiros nas mais variadas situações. Primeira exibição na Cinemateca.
 
11/04/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)
Hunky Blues
de Péter Forgács
Hungria, 2009 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Numa linha de trabalho semelhante à de THE DANUBE EXODUS, Péter Forgács realizou com HUNKY BLUES um documentário poético sobre a emigração húngara para os Estados Unidos, entre fins do século XIX e os anos de 1920. Misturando trechos de clássicos do cinema americano, found footage, fotografias e entrevistas, Forgács retraça aquele que foi o percurso de praticamente todos estes emigrantes: chegada, integração, assimilação. Primeira exibição na Cinemateca.
 
12/04/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)
Hunky Blues
de Péter Forgács
Hungria, 2009 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Por uma questão de litígio em relação ao detentor de direitos, não será possível exibir o filme L’ENVAHISSEUR, de Nicolas Provost, conforme anunciado no programa mensal da Cinemateca. Em sua substituição, será exibido o filme HUNKY BLUES, de Péter Forgács. Por estas alterações, apresentamos a nossas desculpas.
Numa linha de trabalho semelhante à de THE DANUBE EXODUS, Péter Forgács realizou com HUNKY BLUES um documentário poético sobre a emigração húngara para os Estados Unidos, entre fins do século XIX e os anos de 1920. Misturando trechos de clássicos do cinema americano, found footage, fotografias e entrevistas, Forgács retraça aquele que foi o percurso de praticamente todos estes emigrantes: chegada, integração, assimilação. Primeira exibição na Cinemateca.
 
12/04/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)
So Leben Wir – Botschaften an die Familie
“É Assim que Vivemos – Mensagens à Família”
de Gustav Deutsch
Áustria, 2017 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O austríaco Gustav Deutsch é um dos mais conhecidos cineastas a trabalhar com material de arquivo (inclusive da Cinemateca Portuguesa), seja este identificado ou não. Em SO LEBEN WIR – BOTSCHAFTEN AN DIE FAMILIE, “o meta-filme absoluto sobre a migração”, nas palavras de Olaf Möller, Deutsch trabalha a partir de filmes domésticos (em Super-8, vídeo ou digital) de pessoas que emigraram e para quem este material, que aqui é trabalhado e recontextualizado, tinha uma função epistolar. Nas mãos de Gustav Deutsch diversas memórias pessoais transformam-se numa memória coletiva.
 
13/04/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (II)
Qu’ils Reposent en Révolte (Des Figures de Guerre)
de Sylvain George
França, 2010 - 150 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Dos cinco documentários realizados até hoje por Sylvain George este é sem dúvida o mais célebre. O título inverte a tradicional inscrição nas lápides fúnebres (“descanse em paz”), num filme que aborda a dura condição dos imigrados ilegais na Europa de hoje, concentrando-se na “selva” de Calais, onde milhares de indivíduos ficam bloqueados, sonhando em entrar na Grã-Bretanha. “Mais do que um filme político, trata-se de um filme concebido politicamente, cujo conteúdo não pode ser separado da originalidade da sua forma” (Joana Ascensão). O filme foi apresentado uma vez na Cinemateca em 2011, numa “Carta-Branca a Jean-Pierre Rehm”.