21/03/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (I)
Jaguar
de Jean Rouch
com Damouré Zika, Lam Ibrahim Dia, Illo Gaouldel
França, 1957/67 - 91 min
legendado eletronicamente em português | M/12
“Bilhete-postal ao serviço do imaginário”, JAGUAR, uma das obras-primas de Rouch, pertence à mesma vertente da sua obra que MOI, UN NOIR e PETIT À PETIT (este último será apresentado em abril, neste Ciclo). O filme é uma transposição imaginária das migrações feitas nos anos cinquenta por meio milhão de africanos anualmente, do futuro Níger ao futuro Gana, numa viagem “em busca de dinheiro, mas também em busca de aventura, da qual trazem histórias maravilhosas, trazem mentiras, e ao cabo da qual são recebidos como os cavaleiros de outrora”, conta Rouch. O realizador usou o mesmo método que utilizara em MOI, UN NOIR: filmou sem som e a seguir projetou o filme para os três protagonistas, que improvisaram um extraordinário comentário. Neste filme picaresco, uma vez mais, as personagens de Rouch “encenam o seu ser imaginário”, para citarmos a memorável fórmula de Jean-André Fieschi. A apresentar em cópia digital.
 
21/03/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
As Cinematecas Hoje: Cinemateca Grega (Tainiothiki tis Ellados)
… Mehri to Ploio
“Até ao Navio”
de Alexis Damianos
com Christos Tsagas, Alexis Damianos, Eleni Bourbouhaki
Grécia, 1966 - 93 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A caminho de um exílio na Austrália, um homem cruza-se, entre a sua aldeia e o porto de partida, com diferentes personagens que irão provocar e suscitar as suas pulsões. Um filme central da nova vaga de cinema grego e, ainda hoje, uma influência na sua produção contemporânea. Primeira exibição na Cinemateca.
 
21/03/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Povos em Movimento – Migração, Exílio, Diáspora (I)
Fantasia Lusitana
de João Canijo
com Hanna Schygulla, Rudiger Vogler, Christian Patey (vozes)
Portugal, 2010 - 65 min
legendado em português | M/6
Durante a Segunda Guerra Mundial, Lisboa foi o ponto de passagem de milhares de pessoas que fugiam ao conflito e às perseguições antissemitas. FANTASIA LUSITANA é um filme exclusivamente composto por imagens e sons de arquivo dos anos quarenta aos sessenta, sem nenhum comentário ou explicação, contrariamente ao que se passa na televisão. São intercalados breves excertos de textos de Alfred Döblin, Erika Mann e Antoine de Saint-Exupéry que refletem as experiências vividas por estes escritores durante as suas passagens por Portugal durante a Guerra. O título alude à fantasia que o regime salazarista incutiu na população, “a propaganda imaginada e imaginária do salazarismo durante a Segunda Grande Guerra que proclamava a ausência da guerra no meio da guerra, mesmo com o fluxo de refugiados que chegava a Lisboa, que ajudou a criar uma espécie de inconsciência protetora que seria cómica se não fosse trágica”, nas palavras do realizador.
 
21/03/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinemateca Grega (Tainiothiki tis Ellados)
Ilektra
“Electra”
de Michael Cacoyannis
com Irene Papas, Giannis Fertis, Aleka Katselli
Grécia, 1962 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Possivelmente a melhor adaptação ao cinema da famosa tragédia grega, com Irene Papas na figura de Elektra que, com o irmão Orestes, vinga o assassinato do pai Agamenon pela mulher Clitemnestra e o amante Egisto.