14/12/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Manoel de Oliveira Integral – O Visível e o Invisível (I)
Non ou A Vã Glória de Mandar
de Manoel de Oliveira
com Luis Miguel Cintra, Diogo Dória, Miguel Guilherme, Luís Lucas, Carlos Gomes, António Sequeira Lopes
Portugal, Espanha, França, 1990 - 108 min | M/12
A História de Portugal vista à luz das suas derrotas, contada pelo Alferes Cabrita aos homens da sua companhia em plena guerra colonial. Ou um filme sobre militares em guerra que evocam momentos de história, e que termina com a morte do Alferes Cabrita no dia 25 de abril de 1974. Um filme essencial sobre os “Non” da História de Portugal. NON é palavra buscada ao Padre António Vieira, que a chamava “terrível palavra”. O corpo e a alma de um país nunca se mostraram tanto como neste olhar de um dos seus maiores realizadores. Prémio Especial do Júri em Cannes. A anteceder a projeção do filme, são apresentadas imagens de Manoel de Oliveira em rodagem.
 
14/12/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
InShadow 2018
The Art of Losing
de Cristina Ferreira Gomes
com Beatriz Rousseau, Bruno Duarte, Francisco Ferreira, Joana Puntel, Luís Malaquias, Mariana Romão
Portugal, 2018 - 39 min
sem diálogos | M/12
projeção seguida de conversa
THE ART OF LOSING resulta de uma ideia original de Luís Malaquias e parte de uma coreografia de São Castro, estreada em 2016 pela Companhia de Dança de Almada, e de um posterior convite a Cristina Ferreira Gomes para realizar um filme. Procurou-se criar uma nova obra que, como a peça original (que se inspira no poema One Art, de Elizabeth Bishop), aborda a questão da perda, transpondo-a para o contexto de uma paisagem ardida, onde é integralmente dançada pelos bailarinos da Companhia.
 
14/12/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Manoel de Oliveira Integral – O Visível e o Invisível (I)
Douro, Faina Fluvial | Portugal Já Faz Automóveis | Famalicão | O Pintor e a Cidade
duração total da projeção: 76 min | M/6
DOURO, FAINA FLUVIAL
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1931-1994 – 17 min / versão sonorizada com música de Emmanuel Nunes
PORTUGAL JÁ FAZ AUTOMÓVEIS
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1938 – 9 min / mudo
FAMALICÃO
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1940 – 23 min
O PINTOR E A CIDADE
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1956 – 27 min

O primeiro filme de Oliveira é uma obra-prima do cinema de vanguarda e “o primeiro filme de Manoel de Oliveira é o primeiro filme em que Manoel de Oliveira é grande em qualquer contexto” (José Manuel Costa). Em 1994, Manoel de Oliveira voltaria a DOURO para rever a sua versão original, produzindo uma nova versão musicada com um trecho de Litanie du feu et de la mer (1969-1971), de Emmanuel Nunes, que lhe parecia mais concordante com o espírito vanguardista da obra, ao mesmo tempo que recuperava os enquadramentos, que a versão de 1934 não respeitava. Esta derradeira versão teve estreia na Cinemateca em 18 de junho de 1996. PORTUGAL JÁ FAZ AUTOMÓVEIS (ou EM PORTUGAL JÁ SE FABRICAM AUTOMÓVEIS) foi uma encomenda de Eduardo Ferreirinha, que criou, em 1938, o modelo Edfor da Ford. Foi com este carro que Manoel de Oliveira venceu em 1938 a II Rampa do Gradil, de que ficaram imagens num dos jornais de atualidades desse ano. Considerado desaparecido durante muito tempo (após estreia no Trindade, a 3 de fevereiro de 1938, como complemento de A ROSA DO ADRO de Chianca de Garcia), o filme foi redescoberto pela Cinemateca em 1998 e exibido nesse ano. Mas só se localizou, até hoje, a banda imagem, que é tudo o que vamos ver, perdida a música original de Carlos Calderón e a locução de Fernando Pessa. FAMALICÃO é, na obra de Manoel de Oliveira, o filme mais parecido com um “documentário”, na aceção lata e corrente do termo. “Toda a lógica (ou ilógica) do comentário é inseparável da voz de Vasco Santana. O filme assenta no ator e no nosso conhecimento dele… a um ponto que torna legítimo afirmar que ele, ator, é também um dos assuntos da obra”. (José Manuel Costa) O PINTOR E A CIDADE é o primeiro filme a cores de Oliveira, que nele, pela primeira vez, também usou planos longos. Voltando ao Porto de DOURO não fez um DOURO a cores mas um filme que é praticamente o oposto da obra de 1931. A exibição do filme (em 1956) coincidiu com o início da redescoberta de Oliveira, com as primeiras homenagens prestadas ao Autor e com o primeiro prémio internacional, ganho em Cork, na Irlanda, em 1957.
 
14/12/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com a Academia Portuguesa de Cinema

Em colaboração com a Academia Portuguesa de Cinema
The Silence of the Lambs
O Silêncio dos Inocentes
de Jonathan Demme
com Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Glenn, Ted Levine, Anthony Heald
Estados Unidos, 1991 - 118 min
legendado eletronicamente em português | M/16
Com a presença de Tom Fleischman
Um dos melhores thrillers dos anos noventa, que também foi, depois de IT HAPPENED ONE NIGHT e ONE FLEW OVER THE CUCKOO’S NEST, o terceiro filme a conquistar os cinco Óscares principais da Academia de Hollywood: melhor filme, realizador, argumento, ator e atriz. Uma notável adaptação do “best-seller” de Thomas Harris, realizada com mão de mestre por Jonathan Demme, que tem por personagem central Hannibal “Cannibal” Lecter, magnificamente criado por Anthony Hopkins, que será o “conselheiro” de uma agente do FBI na caça a um sinistro “serial-killer”. Um filme sobre o medo e o perigo, que marcou época.