14/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Cinema, Cem Anos de Juventude

Em colaboração com os Filhos De Lumière – Associação Cultural
Filmes-Ensaio
Sessão apresentada e seguida de debate.
Sessão de apresentação dos filmes do programa “Cinema, Cem anos de Juventude” realizados por alunos de várias escolas que trabalharam sob um tema comum. A questão de 2017-2018 foi “Lugares, histórias” e foi ela que foi abordada por cerca de mil crianças e adolescentes em diferentes regiões em Portugal, França, Espanha, Itália, Reino Unido, Brasil, Cuba, Alemanha, Argentina, Bélgica, Bulgária, Índia, Finlândia, Lituânia e México, analisando filmes a partir deste ponto de vista, fazendo exercícios filmados, realizando por fim pequenos filmes-ensaio, com as mesmas regras do jogo. São alguns desses filmes que iremos ver: sete filmes de oficinas portuguesas e três filmes de parceiros estrangeiros.
 
14/11/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
As Cinematecas Hoje: Cinemateca Sueca (Svenska Filminstitutet)
En Kvinnas Ansikte
“O Rosto de uma Mulher”
de Gustav Molander
com Ingrid Bergman, Tore Svennberg, Anders Erikson
Suécia, 1938 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Gustav Molander (1888-1973) foi um importante cineasta que marcou o cinema sueco, sobretudo nos anos 30 e 40, quando descobriu Ingrid Bergman. Colaborou com Sjöström no argumento de TERJE VIGEN e, quando este regressou da América, ofereceu-lhe vários papéis como ator. Datam dos anos 40 as suas obras mais célebres. EN KVINNAS ANSIKTE proporcionou a Ingrid Bergman aquele que é considerado o seu melhor papel nos dez filmes que fez no seu país natal, antes de ir para Hollywood: o de chefe de uma quadrilha de chantagistas, cujo rosto é desfigurado. Jon Wengström considera o filme “um magnífico exemplo do profissionalismo da indústria cinematográfica sueca nos anos 30 e o melhor filme feito neste período por Gustav Molander e pelo diretor de fotografia Ake Dahlqvist”. O filme foi refeito em Hollywood por George Cukor (A WOMAN’S FACE), com Joan Crawford no papel principal. A apresentar em cópia digital.
 
14/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Maldone
de Jean Grémillon
com Charles Dullin, Génica Athanasiou, Annabella, Roger Carl
França, 1927 - 90 min
mudo, com intertítulos em francês, legendados eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes

1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)

com acompanhamento ao piano por Filipe Raposo
Em janeiro de 2001, a Cinemateca prestou homenagem aos Arquivos Nacionais Franceses (a não confundir, em caso algum, com a Cinemateca Francesa) com o Ciclo “Os Tesouros de Bois d’Arcy”, em que foram apresentadas diversas raridades da produção francesa juntamente com filmes de cineastas célebres ou pouco conhecidos. Uma das revelações do Ciclo foi este filme de Jean Grémillon, que dez anos depois voltaríamos a apresentar, no âmbito do Festival Temps d’Images. Cineasta que nunca teve o reconhecimento merecido e viu importantes projetos serem gorados, Jean Grémillon (1902-1959) foi um dos grandes realizadores franceses da sua geração. MALDONE, a sua primeira longa-metragem de ficção, centra-se na história do seu protagonista, Oliver Maldone, um trabalhador itinerante que é chamado a abandonar a vida de proletário e a assumir a sua condição burguesa quando tem de tratar da propriedade da família e da sua paixão pela jovem cigana Zita. Central na obra de Grémillon, o tema de MALDONE é o da dualidade, revelando o filme o talento de cineasta de Grémillon.
 
14/11/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: Cinemateca Sueca (Svenska Filminstitutet)
Flicka och Hyacinter
“A Rapariga dos Jacintos”
de Hasse Ekman
com Eva Henning, Ulf Palme, Birgit Tengroth
Suécia, 1951 - 89 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Quase desconhecido fora da Suécia, Hasse Ekman (1915-2004) realizou mais de quarenta filmes e telefilmes e foi ator em outros tantos, como INTERMEZZO, de Gustav Molander, em que contracena com Ingrid Bergman. FLICKA OCH HYACINTER costuma ser considerado o seu melhor filme e era um dos preferidos do grande programador Peter von Bagh, que programou-o na Cinemateca Portuguesa, na carta branca que lhe oferecemos em 2003. Trata-se da história de uma jovem que se suicida; o caseiro da casa onde ela morreu, que não a conhecia, fica com os pertences dela e procura várias pessoas que a tinham conhecido, para tentar explicar as razões do seu gesto. Manuel Cintra Ferreira, que viu no filme uma variação de CITIZEN KANE, delirou de entusiasmo: “Em verdade vos digo que quem tiver a fortuna de estar presente nesta sessão vai encontrar uma daquelas grandes surpresas que, uma vez por outra, nos aparecem em filmes antigos e esquecidos”.