05/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
The River
O Rio Sagrado
de Jean Renoir
com Adrienne Corri, Patricia Walter, Nora Swinburne, Radha Shri Ran, Esmond Knight, Thomas E. Breen
França, Índia, Estados Unidos, 1951 - 99 min
legendado eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Uma das obras maiores do cinema que aqui tem sido exibida regularmente, THE RIVER (que foi projetado pela primeira vez na Cinemateca no “Ciclo Jean Renoir” de 1974/75) foi um dos filmes incluídos num ciclo de 1984 (“Robert Flaherty e a herança de Flaherty”, também evocado neste programa a propósito da sessão com MOANA), onde teve uma apresentação muito especial. Nesta segunda passagem, a Cinemateca contou com a presença de Kenneth McEldowney, o mais gentil e inesperado dos produtores de Hollywood, porquanto esta tinha sido a única incursão nessa área de alguém que era conhecido na época como comerciante de flores em Beverly Hills… THE RIVER foi inteiramente filmado na Índia, adaptando o romance homónimo de Rumer Godden sobre a vida de uma família inglesa na região de Calcutá. Obra de uma espiritualidade assombrosamente serena, cuja “ação” se resume ao facto de nascer, morrer e amar pela primeira vez, marca, na obra de Renoir, a transição entre o seu período de exílio americano (no qual, como sempre, assinou filmes belíssimos, mas de sabor nitidamente mais amargo) e as grandes obras finais realizadas em Itália e França. Escapando ao mergulho direto numa civilização de que não era especialista (por via da intermediação da memória de uma família estrangeira), Renoir soube porém tocar como poucos alguns dos traços profundos dessa outra cultura, que filmou num Technicolor deslumbrante trabalhado pelo seu sobrinho Claude Renoir.
05/11/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Der Tod der Maria Malibran
“A Morte de Maria Malibran”
de Werner Schroeter
com Magdalena Montezuma, Christine Kaufmann, Ingrid Caven
República Federal da Alemanha, 1971 - 109 min
legendado eletronicamente em português | M/16
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Werner Schroeter (1945-2010) impôs-se desde as suas primeiras obras como um dos maiores nomes do cinema alemão ao apresentar um universo único, que conjuga domínios como a ópera, o teatro, a literatura e a pintura. Sétima longa-metragem do realizador, DER TOD DER MARIA MALIBRAN é um dos filmes mais célebres e mais belos realizados por Werner Schroeter num período particularmente fecundo do seu trabalho. Inspirando-se no mito de uma célebre cantora de inícios do século XIX, é um filme sobre os mitos da ópera, feito por um apaixonado pelo género, um filme sobre “a voz como extensão da vida, como veículo de libertação e de morte” (José Manuel Costa). Uma das grandes obras de um poeta do cinema, um dos raros cineastas verdadeiramente independentes que aqui teve presenças memoráveis e cujos filmes deixaram uma marca fortíssima, desde o mítico “Ciclo de Cinema Alemão” realizado logo em 1981 (no ano seguinte à abertura da sala na Barata Salgueiro), que cruzava títulos do cinema mudo com o Novo Cinema Alemão, a uma importante retrospetiva, realizada em 2014, já depois da morte de Schroeter.
06/11/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
The River
O Rio Sagrado
de Jean Renoir
com Adrienne Corri, Patricia Walter, Nora Swinburne, Radha Shri Ran, Esmond Knight, Thomas E. Breen
França, Índia, Estados Unidos, 1951 - 99 min
legendado eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Uma das obras maiores do cinema que aqui tem sido exibida regularmente, THE RIVER (que foi projetado pela primeira vez na Cinemateca no “Ciclo Jean Renoir” de 1974/75) foi um dos filmes incluídos num ciclo de 1984 (“Robert Flaherty e a herança de Flaherty”, também evocado neste programa a propósito da sessão com MOANA), onde teve uma apresentação muito especial. Nesta segunda passagem, a Cinemateca contou com a presença de Kenneth McEldowney, o mais gentil e inesperado dos produtores de Hollywood, porquanto esta tinha sido a única incursão nessa área de alguém que era conhecido na época como comerciante de flores em Beverly Hills… THE RIVER foi inteiramente filmado na Índia, adaptando o romance homónimo de Rumer Godden sobre a vida de uma família inglesa na região de Calcutá. Obra de uma espiritualidade assombrosamente serena, cuja “ação” se resume ao facto de nascer, morrer e amar pela primeira vez, marca, na obra de Renoir, a transição entre o seu período de exílio americano (no qual, como sempre, assinou filmes belíssimos, mas de sabor nitidamente mais amargo) e as grandes obras finais realizadas em Itália e França. Escapando ao mergulho direto numa civilização de que não era especialista (por via da intermediação da memória de uma família estrangeira), Renoir soube porém tocar como poucos alguns dos traços profundos dessa outra cultura, que filmou num Technicolor deslumbrante trabalhado pelo seu sobrinho Claude Renoir.
06/11/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Tva Människor
“Dois Seres”
de Carl Th. Dreyer
com Wanda Rothgard, Georg Ryderberg, Gabriel Alw
Suécia, 1944 - 78 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Entre janeiro e março de 1983, a Cinemateca organizou um vasto “Panorama do Cinema Dinamarquês”, dividido em três partes: cinema mudo, a obra integral de Carl Th. Dreyer e cinema contemporâneo. Este Ciclo foi acompanhado pelo catálogo mais original entre os muitos que publicou a Cinemateca: um pacote lacrado, que uma vez aberto não podia mais ser fechado, verdadeiro objeto de arte concebido por Carlos Nogueira (que expôs recentemente na Cinemateca “écran cego. e projecção de céu”). Entre os muitos filmes do mestre dinamarquês então totalmente desconhecidos em Portugal revelados naquele Ciclo, TVA MÄNNISKOR foi um dos que mais se destacou. Toda a ação tem lugar num só quarto, em que um jovem é acusado de ter plagiado o trabalho de um velho professor. João Lopes comentou à época: “O filme revela um Dreyer profundamente moderno, particularmente atento àquilo que no teatro pode ser fonte de cinema e abertura inesperada de novos modos de significação”.
06/11/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos de Cinemateca
Fantastic Voyage
Viagem Fantástica
de Richard Fleischer
com Stephen Boyd, Raquel Welch, Arthur Kennedy, Edmond O’Brien, Donald Pleasance
Estados Unidos, 1966 - 100 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
70 Anos, 70 Filmes
1ª Parte: 35 Histórias da História da Cinemateca (I)
Com este filme evocamos o “Ciclo Cinema de Ficção Científica”, um dos grandes ciclos de género organizados pela Cinemateca em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, que decorreu entre novembro de 1984 e fevereiro de 1985. Entre curtas e longas-metragens foram exibidos 136 filmes e editado um catálogo com cerca de 500 páginas. Fleischer voltava aqui aos submarinos depois da passagem pelo Nautilus em 20,000 LEAGUES UNDER THE SEA, para a mais fantástica viagem da ficção científica, com os seus heróis navegando pelas veias do corpo humano até alcançarem o cérebro de um cientista, que sofrera uma hemorragia. Espetaculares efeitos especiais num filme de culto no género.