CICLO
Carlos Nogueira


No contexto da exposição temporária “écran cego. e projecção de céu”, do artista Carlos Nogueira, inaugurada a 18 de setembro na Cinemateca (patente até 31 de outubro nas Salas 6X2 e dos Carvalhos), dedicamos uma sessão de complemento ao percurso expositivo e, também, de homenagem ao trabalho do artista.
 
 
30/10/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Carlos Nogueira

Da Natureza das Coisas | Chão de Cal
duração total da projeção: 46 min | M/12
 
30/10/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Carlos Nogueira
Da Natureza das Coisas | Chão de Cal
duração total da projeção: 46 min | M/12
Com a presença de Luís Miguel Correia, Luís Alves de Matos, Carlos Nogueira
DA NATUREZA DAS COISAS
de Luís Miguel Correia
Portugal, 2003 – 36 min
CHÃO DE CAL
de Luís Alves de Matos
Portugal, 2018 – 10 min

Nos anos oitenta e noventa, a Cinemateca convidou o artista Carlos Nogueira para conceber e dirigir graficamente um conjunto significativo de catálogos de ciclos que foram uma parte importante do nosso rosto nessas décadas. Este ano, Carlos Nogueira está na Cinemateca como autor da exposição “écran cego. e projecção de céu“, que foi inaugurada em 18 de setembro e está patente ao público até 31 de outubro (ver entrada própria). Evocando e celebrando este diálogo, a sessão traz-nos os olhares que dois realizadores fizeram incidir sobre um artista que, não cessando de transformar espaços e de interrogar o tempo, dir-se-ia operar de outra maneira a exata matéria do cinema. Realizado por Luís Miguel Correia, DA NATUREZA DAS COISAS é, mais do que um filme sobre a obra de Carlos Nogueira, um trabalho sobre o seu processo de criação: a sua maturação, a sua revelação, e a busca dos fundamentos dessa criação. Filmando isso, Luís Miguel Correia filma a respiração da obra, ou, se quisermos, os diferentes tempos que ela, e a nossa experiência dela, contêm. CHÃO DE CAL, de Luís Alves Matos (a apresentar em primeira exibição absoluta), centra-se na exposição “chão de cal”, que teve lugar em 1994, na Sala do Veado do Museu de História Natural. Resulta de uma montagem feita em 2018 a partir de material vídeo captado na altura para uma produção da Zebra Filmes para a RTP2, e conta com a participação na banda sonora do compositor Luís Tinoco, propondo-se “um olhar particular distanciado pelo tempo e cúmplice com a natureza da instalação do artista Carlos Nogueira. Uma abordagem contemporânea sobre este material de arquivo com quase 25 anos permitindo ao espectador a experiência do lugar e o diálogo com a materialidade desta obra” (Luís Alves de Matos).