11/10/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1948
The Snake Pit
O Fosso das Víboras
de Anatole Litvak
com Olivia de Havilland, Mark Stevens, Leo Genn, Celeste Holm
Estados Unidos, 1948 - 108 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Com a presença de Olaf Möller
Retrato duro e implacável das condições de vida e de tratamento nos hospitais psiquiátricos americanos. O filme foi de tal maneira um choque para o público que contribuiu, e muito, para o melhoramento dessas instituições. Impressionante desempenho de Olivia de Havilland que lhe valeu a nomeação para o Óscar de melhor atriz.
 
11/10/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Os Olhos Não Querem Estar Sempre Fechados – O Cinema de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (II)
Lothringen! (Lorraine!) | Cézanne
duração total da projeção: 71 min | M/12
LOTHRINGEN! (LORRAINE!)
“Lorena!”
com Emmanuelle Straub, Dominique Dosdat, André Warynski
França, 1994 – 21 min / legendado eletronicamente em português
CÉZANNE
com as vozes de Jean-Marie Straub, Danièle Huillet
França, 1989 – 50 min / legendado eletronicamente em português
de Jean-Marie Straub, Danièle Huillet

LOTHRINGEN! foi uma encomenda da Arte para uma “noite temática” sobre a Lorena, região natal de Straub, fronteiriça com a Alemanha, que a anexou entre 1870 e 1918 e onde, entre 1940 e 1944, era proibido falar francês nas ruas e nas escolas. No filme, para surpresa de muitos, Straub-Huillet confrontam-se com textos de Maurice Barrès, intelectual de direita, mas “que teve uma juventude bastante anarquista” (Straub) e cujos livros foram proibidos pelos alemães. Straub-Huillet reúnem imagens da Lorena contemporânea, depois dos desastres da desindustrialização, e trechos de Barrès que evocam o êxodo de milhares de lorenos em 1872, rumo a outras regiões de França, pois “não podiam ser alemães”. CÉZANNE evoca o trabalho do pintor através da sua correspondência com o crítico Joachim Gasquet, lida com tremenda intensidade por Danièle Huillet, com intervenções de Straub. São mostrados poucos quadros, sempre na sua totalidade, com a moldura e a parede que os cerca, e inseridos trechos de MADAME BOVARY, de Jean Renoir e de DER TOD DES EMPEDOKLES, numa “mistura” straubiana cujo resultado é um dos filmes mais extraordinários jamais feitos sobre a pintura. LOTHRINGEN! é apresentado em cópia digital.
 
11/10/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Cineclube das Gaivotas

Em colaboração com os Filhos de Lumière Associação Cultural
Les Glaneurs et la Glaneuse
Os Respigadores e a Respigadora
de Agnès Varda
com Agnès Varda, Bodan Litnanski, François Wertheimer
França, 2000 - 82 min
legendado em português | M/6
Sessão apresentada e seguida de debate
Partindo de um célebre quadro de Millet intitulado Les Glaneurs, o filme de Agnès Varda desenha-se como um retrato impressionista de um conjunto de respigadores contemporâneos. Estes já não recuperam as espigas abandonadas nos campos ceifados, mas tudo o que os outros deixam para trás. Com a sua pequena câmara digital em punho, com a qual capta toda uma diversidade de imagens, Varda encarna no cinema a figura por excelência da respigadora.
 
11/10/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Henri-Georges Clouzot em Oito Filmes

Em colaboração com o Institut Français Portugal e a 18ª Festa do Cinema Francês
Le Salaire de la Peur
O Salário do Medo
de Henri-Georges Clouzot
com Yves Montand, Charles Vanel, Folco Lulli, Peter Van Eyck, Vera Clouzot, Dario Moreno
França, Itália, 1953 - 152 min
legendado em português do Brasil | M/12
Nota: Ao contrário do anunciado, não apresentaremos a cópia que temos exibido na Cinemateca com a duração de 127 minutos, mas uma cópia em DCP resultante de um restauro muito recente de Le Salaire de La Peur, que corresponde à versão mais longa conhecida do filme, com 152 minutos.
O filme de Clouzot é um “road movie” mergulhado numa atmosfera de pessimismo e cinismo com um herói trágico, a personagem de Yves Montand: contratados por uma companhia petrolífera americana, quatro homens percorrem estradas impraticáveis em dois camiões carregados com nitroglicerina. Polémico mas também premiado à época da sua estreia, LE SALAIRE DE LA PEUR tornou-se um título incontornável dos anos cinquenta europeus.