15/09/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Vírus-Cinema: Cinema Queer e VIH/Sida
Kids
Miúdos
de Larry Clark
com Lee Fitzpatrick, Justin Pierce, Chloe Sevigny
Estados Unidos, 1995 - 91 min
legendado em português | M/16
Um dos filmes mais marcantes do cinema americano independente dos anos 90, KIDS é a primeira longa-metragem de um célebre fotógrafo já quinquagenário, sobre um argumento de Harmony Korine, então com 19 anos e que dois anos depois se estrearia na realização com o extraordinário GUMMO. Filmado quase inteiramente com câmara à mão nas ruas de Nova Iorque, em estilo semidocumental, KIDS é situado num meio inteiramente adolescente. Um rapaz que tem uma preferência por raparigas virgens contamina uma delas com o vírus da sida. Ela procura-a pela cidade para avisá-lo, enquanto ele continua a desflorar e a contaminar outras.
17/09/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Vírus-Cinema: Cinema Queer e VIH/Sida
Kids
Miúdos
de Larry Clark
com Lee Fitzpatrick, Justin Pierce, Chloe Sevigny
Estados Unidos, 1995 - 91 min
legendado em português | M/16
Um dos filmes mais marcantes do cinema americano independente dos anos 90, KIDS é a primeira longa-metragem de um célebre fotógrafo já quinquagenário, sobre um argumento de Harmony Korine, então com 19 anos e que dois anos depois se estrearia na realização com o extraordinário GUMMO. Filmado quase inteiramente com câmara à mão nas ruas de Nova Iorque, em estilo semidocumental, KIDS é situado num meio inteiramente adolescente. Um rapaz que tem uma preferência por raparigas virgens contamina uma delas com o vírus da sida. Ela procura-a pela cidade para avisá-lo, enquanto ele continua a desflorar e a contaminar outras.
17/09/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Vírus-Cinema: Cinema Queer e VIH/Sida
E Agora? Lembra-Me
de Joaquim Pinto
Portugal, 2013 - 164 min | M/12
Engenheiro de som, realizador e produtor, Joaquim Pinto é uma das figuras marcantes do cinema português da sua geração. Também é uma daquelas pessoas que foram atingidas pelo vírus da sida quando a medicina nada podia fazer, mas que sobreviveu a uma morte certa durante mais de vinte anos. Em E AGORA? LEMBRA-ME, premiado no Festival de Locarno, Joaquim Pinto faz um balanço da sua “outra vida”, como seropositivo de longa duração, às voltas com a doença, os tratamentos e a vontade de viver. “Crónica de uma morte anunciada, E AGORA? também é a crónica de uma morte recusada. Joaquim Pinto está vivo e a sua juventude perdura no seu olhar, que não esqueceremos”, notou o crítico Robert Daudelin.
18/09/2018, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Vírus-Cinema: Cinema Queer e VIH/Sida
The ADS Epidemic | Some Aspect of a Shared Lifesyle | Fast Trip, Long Drop | Steam Clean | Kissing doesn’t Kill | Internal Combustion
duração total da projeção: 95 min | M/16
THE ADS EPIDEMIC
de John Greyson
com Colin Campbell, Neil Campbell
SOME ASPECT OF A SHARED LIFESYLE
de Gregg Bordowitz
FAST TRIP, LONG DROP
de Gregg Bordowitz
STEAM CLEAN
de Richard Fung
com John Greysoin, Colin Ca,mpbell, Tim McCaskell
KISSING DOESN’T KILL
de Tom Kalin, Gran Fury
INTERNAL COMBUSTION
de Alisa Lebow, Cynthia Madansky
Estados Unidos, 1986, 1993, 1991, 1990, 1995 – 5, 22, 54, 4, 2 e 8 min / legendados eletronicamente em português
O canadiano John Greyson é um conhecido ativista e realizador, que se fez notar em 1993 com ZERO PATIENCE. Em THE ADS EPIDEMIC, o realizador toma como ponto de partida A Morte em Veneza: aqui, Aschenbach sucumbe a uma crise de “ads” (medo adquirido ao sexo), ao passo que Tadzio descobre as vantagens do sexo seguro. Greg Bordowitz é um ativista do grupo Act-Up, que trabalha sobre formas de representação da sida que sejam diferentes das do “mainstream”. SOME ASPECTS OF A SHARED LIFE aborda as primeiras reportagens sobre a epidemia da sida, que Bordowitz tenta posicionar como uma ameaça a toda a sociedade. FAST TRIP, LONG DROP é um documentário autobiográfico feito quando o realizador soube que era seropositivo, numa colagem de “found footage” documentário e ficcional e partes encenadas. Richard Fung é um videasta e teórico baseado em Toronto, cujos trabalhos exploram o papel dos asiáticos na pornografia gay. STEAM CLEAN é um anúncio de um serviço público a favor do sexo seguro. Tom Kalin é o realizador de SWOON, um dos filmes marcantes do cinema o independente americano dos anos 90. KISSING DOESN’T KILL foi feito para uma campanha de tomada consciência da população em relação à sida e para fazer avançar as reformas médicas necessárias. INTERNAL COMBUSTION é um dos raros filmes a abordar a questão da sida entre lésbicas, através do diálogo entre duas amigas, uma seropositiva e a outra seronegativa.
19/09/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Vírus-Cinema: Cinema Queer e VIH/Sida
Aus der Ferne – The Memo Book | Frank’s Cock | Pensão Globo | Buffalo Death Mask
duração total da projeção: 73 min | M/16
Sessão seguida de um debate.
AUS DER FERNE – THE MEMO BOOK
de Mathias Müller
com Owen O’Toole, David Wahron, Jörg Kronsbein
FRANK’S COCK
de Mike Hoolboom
com Callum Keith Rennie
PENSÃO GLOBO
de Mathias Müller
com Heiko Dupke, Ariana Mirza, Bavo Defurne
BUFFALO DEATH MASK
de Mike Hoolboom
com Stephen Andrews, Phill Hoffmann, Mike Hoolboom
Alemanha, 1989 e 1997, Canadá 1993 e 2013 – 28, 8, 14 e 23 min / legendados eletronicamente em português
O alemão Matthias Müller e o canadiano Mike Hoolboom são conhecidos cineastas experimentais, cujos filmes foram apresentados com frequência na Cinemateca e em festivais portugueses. AUS DER FERNE – THE MEMO BOOK foi despoletado pela morte de um amigo do realizador em consequência da sida. Mike Holboom descreve o filme como “tanto elegia como ficção”, num a obra em que, como em todo o filme sobre a sida, “o desejo é resolutamente unido à morte”. Em PENSÃO GLOBO, um homem que se encontra às portas da morte vem parar a uma pensão em Lisboa e deambula sem rumo pela cidade. Os dois filmes são bastante diferentes do trabalho mais característico de Müller, composto por filmes de montagem sobre temas visuais do cinema clássico. Mike Holboom explora em muitos dos seus filmes o tema da memória. Em FRANK’S COCK um homem discute a sua relação de dez anos com o amante, que acaba de ser diagnosticado com sida. O filme tem o formato split screen para simbolizar a fragmentação do corpo que sentem os doentes da sida. Em BUFFALO DEATH MASK, assistimos a uma conversa entre dois amigos seropositivos, que evocam novas terapias e relembram amigos e amantes que sucumbiram à sida. “Autêntico e delicado, o filme brilha como os pirilampos cujo desaparecimento Pasolini lamentou”, observou o júri do Festival Queer da Sicília, em 2014. À exceção de AUS DER FERNE – THE MEMO BOOK e PENSÃO GLOBO, os filmes da sessão são apresentados em cópias digitais.