21/07/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Double Bill
Tip Top | So Dark the Night
duração total da projeção: 177 min | M/12
Entre os dois filmes há um intervalo de 20 minutos.
TIP TOP
de Serge Bozon
com Isabelle Huppert, Sandrine Kiberlain, François Damiens
França, Bélgica, 2013 – 106 min / legendado eletronicamente em português
SO DARK THE NIGHT
Terror na Noite
de Joseph H. Lewis
com Steven Geray,  Micheline Cheirel, Eugene Borden, Ann Codee
Estados Unidos, 1946 – 71 min / legendado eletronicamente em português

Um dos mais estranhos e fabulosos filmes “noir” dos anos quarenta, muito influenciado pela voga da psicanálise, em que um detetive parisiense investiga uma série de sádicos assassinatos, para descobrir que o autor é ele próprio. Admiravelmente fotografado, dando bom uso aos motivos do espelho e dos reflexos, SO DARK THE NIGHT não deixa de ser uma variação bastante aberta do clássico Strange Case of Dr. Jeckyll and Mr. Hyde (Robert Louis Stevenson, 1886), coisa que o francês Serge Bozon também ensaiou no surpreendente MADAME HYDE (2017), filme seguinte a TIP TOP. Ambos são protagonizados por Isabelle Huppert em papéis que Bozon pensou em contracorrente com a imagem grave da atriz, confrontada, em TIP TOP, com as possibilidades da comédia. Aqui, Huppert é uma das duas excêntricas inspetoras de polícia que se deslocam do meio urbano a que pertencem para uma aldeia, a fim de investigarem o crime de homicídio de um argelino que era informador da polícia. Filmado com a referência do cinema americano de série B, TIP TOP segue a mesma linha da multiplicidade de registos dos outros filmes de Serge Bozon, da atenção às canções, de uma fotografia em que se destaca o trabalho da cor. SO DARK THE NIGHT é apresentado em cópia digital, a seguir a TIP TOP (primeira exibição na Cinemateca).
 
21/07/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Feios, Porcos e Maus: Um Olhar Europeu
Amici Miei
Oh! Meus Amigos
de Mario Monicelli
com Philippe Noiret, Ugo Tognazzi, Adolfo Celi
Itália, 1976 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos filmes mais populares dos anos setenta, paradoxalmente amargo e cómico, sobre cinco amigos de meia-idade, bem situados na vida, que se reúnem periodicamente para diabruras e provocações e exorcizar o medo do envelhecimento e da morte. Uma das muitas “comédias masculinas” de que Philippe Noiret foi protagonista e um importante exemplo da fase tardia da carreira de Monicelli. A apresentar em cópia digital.
 
21/07/2018, 22h30 | Esplanada
Cinema na Esplanada
Sylvia Scarlett
de George Cukor
com Katharine Hepburn, Cary Grant, Brian Aherne, Edmund Gwenn
Estados Unidos, 1936 - 94 min
legendado em português | M/12
Foi o fracasso deste filme que fez com que Katharine Hepburn fosse denominada “veneno de bilheteira” pelos produtores. O público ficou desorientado diante de um filme em que ela passa quase todo o tempo a fazer-se passar por um rapaz. A ambiguidade da relação deste “rapaz” com o protagonista masculino, Cary Grant na primeira parceria com a atriz, num misto de atração e irritação, dá ao filme um segundo sentido, muito mais gritante do que o das comédias sofisticadas sobre a “guerra dos sexos”.