CICLO
História Permanente do Cinema Português


Em abril, suspendemos as linhas históricas que têm estado no centro da rubrica este ano para mais uma vez lembrar… Abril. São duas sessões com material captado em cima dos acontecimentos da época, incluindo os primeiros dias e os anos subsequentes. Mas são também a representação de duas vias de produção em que muitos dos profissionais de cinema da altura (incluindo os de todas as especialidades técnicas) se dividiram: de um lado, o cinema das cooperativas, de que o primeiro exemplo de uma montagem mais longa foi este CAMINHOS DA LIBERDADE produzido pela CINEQUIPA para a RTP (uma realização de Fernando Matos Silva pese embora o facto de, como em todos estes casos, ser assinada coletivamente); do outro, as unidades coletivas de produção integradas no Instituto Português de Cinema, ou seja, o modelo de atividade que na prática acabou por se identificar com esta “Unidade de Produção Cinematográfica nº1” (onde se reuniram nomeadamente os técnicos oriundos da desmembrada produtora de Perdigão Queiroga) e que esteve por trás deste JORNAL CINEMATOGRÁFICO NACIONAL, realizado e distribuído de 1975 a 1977.
 
17/04/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Jornal Cinematográfico Nacional
de Unidade de Produção Cinematográfica nº 1
Portugal, 1975-77 - duração total da projeção: 57 min | M/12
 
24/04/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Caminhos da Liberdade
de Cinequipa
Portugal, 1974 - 45 min | M/12
 
17/04/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Jornal Cinematográfico Nacional
de Unidade de Produção Cinematográfica nº 1
Portugal, 1975-77 - duração total da projeção: 57 min | M/12
Episódios a exibir:
A – Portugal, 1975 – 11 min
B – Portugal, 1975 – 11 min
1 – Portugal, 1975 – 10 min
12 – Portugal, 1976 – 14 min
15 – Portugal, 1976 – 11 min
 
Quem, depois da época, viu estas imagens? Quem, mesmo na época, as viu em sequência, fora do contexto de exibição correntes das “atualidades”? Chamando a atenção para o trabalho de recuperação que está a ser feito no laboratório da Cinemateca, damos a ver uma breve antologia de números deste JORNAL coletivo, que, no seu conjunto, nos transporta para os anos pós-1974, concretamente (nestes cinco números, escolhidos entre um total de 24 repertoriados), o período que vai de outubro de 1975 a outubro de 1976. Do conjunto agora exibido, os dois últimos são apresentados em cópias novas.
 
24/04/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Caminhos da Liberdade
de Cinequipa
Portugal, 1974 - 45 min | M/12
com a presença de Fernando Matos Silva
Visto pela última vez na Cinemateca num programa especial dedicado ao 25 de Abril em 2014, CAMINHOS DA LIBERDADE é uma crónica da primeira semana pós 25 de abril de 1974 na qual se incluem várias das mais emblemáticas sequências filmadas pelos realizadores de cinema portugueses que obedeceram ao impulso de filmar no fluxo dos acontecimentos. Lembrando, só a título de exemplo, a sequência antológica da entrada na sede da PIDE captada pelo próprio Fernando Matos Silva, podemos considerar o filme como uma obra matriz cujas imagens foram depois reproduzidas em muitas outras, e na qual, pelo instinto dos seus autores e pela força do contexto, se fundiu, como poucas vezes depois disso (e pese embora, também aqui, a sobreposição com essa outra urgência de explicar, traduzida no comentário off), o olhar e o momento, ou, se se quiser, o olhar do filmador e o “olhar” da coisa filmada.