22/03/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Cinematecas Hoje: UCLA Film & Television Archive (I)
A Star is Born
Nasceu Uma Estrela
de William Wellman
com Janet Gaynor, Fredric March, Adolphe Menjou
Estados Unidos, 1937 - 111 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Grandes Clássicos
Esta obra-prima de William Wellman, que foi um dos primeiros filmes feitos em Technicolor tricrómico, costuma ficar na sombra da versão da mesma história, realizada por George Cukor em 1954, com Judy Garland. Na verdade, os filmes são tão diferentes quanto o cinema americano dos anos trinta o é do dos anos cinquenta. Trata-se da história de uma jovem que chega a Hollywood com o sonho de ser estrela, o que acaba por conseguir, graças à ajuda de um ator alcoólico, em declínio. A estrutura do filme é extremamente moderna, com uma narrativa circular e diversos elementos de “distanciação”, que nos lembram que estamos num filme, que tem um olhar ao mesmo tempo crítico e fascinado pelo sistema de Hollywood. Não é apresentado na Cinemateca desde 2008.
 
22/03/2018, 18h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Stan Brakhage: A Arte da Visão
Programa 6 – Música Visual
duração total da projeção: 87 min | M/12
MOTHLIGHT
Estados Unidos, 1963 – 4 min / sem som
EYE MYTH
Estados Unidos, 1972 – 16 seg / sem som
NIGHTMUSIC, RAGE NET e GLAZE OF CATHEXIS
Estados Unidos, 1986,1988,1990 – 4 min / sem som
THE DANTE QUARTET
Estados Unidos, 1987 – 8 min / sem som
UNTITLED (FOR MARILYN)
Estados Unidos, 1992 – 11 min / sem som
STUDY IN COLOR AND BLACK AND WHITE
Estados Unidos, 1993 – 3 min / sem som
THREE HOMERICS
Estados Unidos, 1993 – 6 min / sem som
FIRST HYMN TO THE NIGHT – NOVALIS
Estados Unidos, 1994 – 3 min / sem som
BLACK ICE
Estados Unidos, 1994 – 3 min / sem som
SHOCKINGLY HOT
Estados Unidos, 1996 – 4 min, sem som
THE LION AND THE ZEBRA MAKE GOD'S RAW JEWELS
Estados Unidos, 1999 – 7 min / sem som
THE PERSIAN SERIES 13-18
Estados Unidos, 2001 – 10 min / sem som
COUPLING
Estados Unidos, 1999 – 5 min / sem som
LOVESONG
Estados Unidos, 2001 – 12 min / sem som
DARK NIGHT OF THE SOUL
Estados Unidos, 2002 – 4 min / sem som
CHINESE SERIES
Estados Unidos, 2003 – 3 min / sem som
de Stan Brakhage

Sessão dedicada aos filmes pintados, desenhados ou raspados à mão sobre a película – técnicas que Brakhage explorou intensivamente ao longo dos anos oitenta e noventa e que celebrizaram o seu cinema. A abrir, MOTHLIGHT, obra essencial no contexto de um cinema sem câmara mas assente exclusivamente na colagem, que na projeção transforma uma natureza morta numa dança luminosa com fortíssimo impacto visual. São filmes extremamente meticulosos, próximos do expressionismo abstrato em pintura, cujas durações variam entre os escassos segundos de EYE MYTH e os doze minutos de LOVESONG, escolhidos para esta sessão pela sua força e diversidade. “A work of hand-painted moving visual thinking”, como descrevia o próprio Brakhage, que inaugura a “perceção da possibilidade de criação de um mito com pintura”. Entre eles está o mítico THE DANTE QUARTET, trabalho enformado pelo universo de Dante e de Rilke, cujas quatro partes são inspiradas por um estado que Brakhage define como a visão de olhos fechados (também conhecida como visão hipnagógica), ou parte das THE PERSIAN SERIES. UNTITLED (FOR MARILYN) e FIRST HYMN TO THE NIGHT – NOVALIS são raros exemplos em que frases são inscritas sobre a película, proporcionando toda uma nova ordem de associações. COUPLING ou LOVESONG apontam para a importância das meditações sobre a sexualidade em toda a obra de Brakhage e DARK NIGHT OF THE SOUL para uma maior espiritualidade na fase final da obra do cineasta, que estava a trabalhar no impressivo CHINESE SERIES na altura da sua morte. Um conjunto de filmes mudos de que sobressai uma extraordinária potência e música visual.
 
22/03/2018, 19h00 | Sala Luís de Pina
As Cinematecas Hoje: UCLA Film & Television Archive (I)
Hollow Triumph / The Scar
A Cicatriz
de Steve Sekely
com Paul Henreid, Joan Bennett, Eduard Franz
Estados Unidos, 1948 - 83 min
legendado eletronicamente em português | M/12
“Noir”, thrillers, filmes criminais
Steve Sekely, realizador húngaro, fez mais de vinte filmes no seu país natal nos anos trinta, antes de trabalhar em vários outros países. A julgar por HOLLOW TRIUMPH / THE SCAR, sabia do ofício. Trata-se de uma pequena joia, que contém diversos elementos essenciais do filme negro: o clima de medo, mentiras e incerteza, a lembrança da psicanálise, então na moda em Hollywood. Um homem sai da cadeia, comete imediatamente um crime e decide mudar de identidade para se proteger, mas incorre num erro terrível e nada corre como previsto. No papel principal, Paul Henreid, o herói puro de CASABLANCA. A protagonista feminina, encarnado por Joan Bennett, não é uma “mulher de bandido” mas sim uma psicóloga. Primeira exibição na Cinemateca.
 
22/03/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Matar ou Não Matar

Nos 150 Anos da Carta de Lei da Abolição da Pena de Morte em Portugal
Into the Abyss
de Werner Herzog
Estados Unidos, 2011 - 107 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos melhores filmes de Werner Herzog do período recente. O “abismo” do título – que tem por subtítulo “Um Conto de Morte, Um Conto de Vida” – é tanto a “death row” de uma prisão americana, onde Herzog encontra um condenado à morte para várias sessões de conversa, como o próprio ato de matar – incluindo o ato “oficial” e judicialmente sancionado de executar um homem. Herzog mergulha nesse abismo de forma exemplar, levantando toda a sorte de questões éticas e metafísicas. A apresentar em cópia digital, numa primeira exibição na Cinemateca.