23/02/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Em Largura: O Cinemascope
Compartiment Tueurs
A Sexta Testemunha
de Costa-Gavras
com Yves Montand, Jacques Perrin, Jean-Louis Trintignant, Simone Signoret, Michel Piccoli
França, 1965 - 95 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A estreia na realização de Costa Gavras, e um sucesso considerável que abriu caminho aos filmes de forte ressonância política que o consagrariam no final da década (Z, L’AVEU, ÉTAT DE SIÈGE). COMPARTIMENT TUEURS é um exercício de suspense, eventualmente reminiscente do célebre Crime no Expresso do Oriente de Agatha Christie: numa viagem de comboio entre Paris e Marselha é descoberto o cadáver de uma mulher, e na sequência da investigação conduzida pelo inspetor Yves Montand vários outros passageiros vão também aparecer mortos. Destaque para o notável elenco, reunindo a fina flor dos atores franceses da época.
 
23/02/2018, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Histórias do Cinema | Jean-Pierre Verscheure – A História dos Formatos

Um panorama histórico dos formatos do cinema incluindo formatos de película cinematográfica e proporções de imagem
The Pledge
A Promessa
de Sean Penn
com Jack Nicholson, Patricia Clarkson, Robin Wright
Estados Unidos, 2001 - 124 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Os últimos formatos 35 mm antes da chegada do cinema digital. Rodagens em vários formatos e produções híbridas. Projeções ilustrativas e comparativas, seguidas de uma longa-metragem.

a projeção é antecedida por excertos de filmes de John Lasseter, Jean-Pierre Jeunet, Christopher Nolan, John Maybury, Sean Penn, Michael Bay

sessão-conferência por Jean-Pierre Verscheure, em inglês
Na terceira longa-metragem de Sean Penn, Jack Nicholson é um polícia que vê a sua reforma adiada devido ao caso do assassinato de uma criança de oito anos. Ao chegar ao local do crime e depois de privar com a família da vítima, nasce “a promessa” de que não deixará cair o seu desaparecimento no esquecimento. A apresentar em anamórfico JDC Scope. Primeira exibição na Cinemateca.
 
23/02/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Cinema Macau. Passado e Presente

Em colaboração com o Museu do Oriente
Mayana | Macau Industries - “Macau Knitters” Macau de Hoje | Le Portugal d’Outremer dans le Monde d’Aujourd’hui
duração total da projeção: 92 min | M/12
MAYANA
de Miguel Spiguel
com Mayana Martin, Charlie Wong, Gregorie, A. Brandão
MACAU INDUSTRIES - “MACAU KNITTERS” MACAU DE HOJE
de Miguel Spiguel
Portugal, 1966, 1970, 1971 – 20, 10, 10 min
LE PORTUGAL D’OUTREMER DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI
de Jean Leduc
França, 1971 – 52 min / legendado eletronicamente em português

Este programa reúne um trecho de cinema de ficção e três exemplos de propaganda colonial salazarista. MAYANA é o terceiro e último episódio da longa-metragem de Miguel Spiguel, OPERAÇÃO ESTUPEFACIENTES. Como o título indica, trata-se de uma história que põe a polícia à voltas com traficantes de drogas, mas também com usuários, como a personagem titular, “que fora uma brilhante cançonetista, que a droga levara pelo caminho da degradação”, segundo as notas da produção. O segundo filme mostra as atividades da fábrica de tecelagem Macau Knitters, ao passo que MACAU DE HOJE é uma vista de conjunto daquele território. Quanto a LE PORTUGAL D’OUTREMER DANS LE MONDE D’AUJOURD’HUI, coprodução luso-francesa, é uma peça de propaganda do colonialismo português em várias partes do mundo, entre as quais Macau. Sessão complementada pela conferência “Cinema Império: projeções do Orientalismo luso-tropical”, por Maria do Carmo Piçarra (CECS-U. Minho / CFAC-U. Reading), a realizar no Museu do Oriente.
 
23/02/2018, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Inadjectivável
Vredens Dag
Dia de Cólera
de Carl Th. Dreyer
com Thorkild Roose, Lisbeth Movin, Sigrid Neiiendam
Dinamarca, 1943 - 105 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Realizado em plena guerra, este filme marca o regresso de Dreyer à realização de longas-metragens depois de um silêncio de mais de 10 anos, desde VAMPYR, de 1932. VREDENS DAG (também conhecido pelo título DIES IRAE), em que passam ecos da pintura flamenga, reconstitui um processo de feitiçaria no século XVII, no qual não poucos viram uma alusão à situação da Dinamarca ocupada. No estilo severo que caracteriza o realizador, trata-se de uma obra-prima da arte da encenação cinematográfica, "suficientemente realista para evitar a abstração deliberada e suficientemente estilizada para ser uma arquitetura dramática, que reparte com precisão as massas de luz", nas palavras de André Bazin.
 
23/02/2018, 22h00 | Sala Luís de Pina
American Way of Life: Vidas em Crise
Fingers
Melodia para Um Assassino
de James Toback
com Harvey Keitel, Tisa Farrow, Jim Brown, Michael Seldes
Estados Unidos, 1978 - 86 min
legendado em português
Dada a impossibilidade de localizar uma cópia com o mínimo de qualidade, fomos forçados a cancelar a exibição do filme A MODERN ROMANCE. Em sua substituição será exibido o filme: FINGERS (Melodia Para um Assassino, 1978) de James Toback. Pelo facto apresentamos os nossos pedidos de desculpas.
Primeira longa-metragem de James Toback, o jovem Harvey Keitel é um músico disfuncional aspirante a pianista enredado entre as ligações do pai à máfia e as perturbações da mãe e consumido pelas obsessões e paranoias, que o levam a perder toda a noção de realidade. Tomando Nova Iorque como cenário, Toback constrói um filme cru, cuja crueza se reflete na estrutura abrupta de FINGERS e que Quentin Tarantino classificaria como pertencente ao género nova-iorquino dos “psicodramas de losers”. O próprio François Truffaut citaria Jean Cocteau a propósito de FINGERS, “Tudo o que não é cru é meramente decorativo”.