CICLO
História Permanente do Cinema Português


Uma nova cópia possibilita-nos mostrar este mês a longa-metragem de Constantino Esteves, 9 RAPAZES E 1 CÃO, exemplo de um tipo de cinema de cariz mais popular que era produzido em Portugal no momento em que surgem os primeiros ecos do Cinema Novo. De Margarida Gil apresentamos ROSA NEGRA, filme do início da década de noventa, que não é visto na Cinemateca desde 2004.
 
02/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

9 Rapazes e 1 Cão
de Constantino Esteves
Portugal, 1963 - 85 min | M/12
 
30/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Rosa Negra
de Margarida Gil
Portugal, 1992 - 108 min | M/12
 
02/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
9 Rapazes e 1 Cão
de Constantino Esteves
com Alves da Costa, Leónia Mendes, Pereira Neto, João Mota
Portugal, 1963 - 85 min | M/12
Como se sabe, a emergência do Cinema Novo em 1963, com OS VERDES ANOS de Paulo Rocha (depois dos sinais precursores dados por outros na viragem de década de cinquenta para sessenta) não fez cessar o “outro cinema”, a produção ostensivamente ligeira e comercial que homens como Henrique Campos, Augusto Fraga ou Constantino Esteves continuariam a levar a cabo, prosseguindo o intento de um cinema popular que, na década de cinquenta, tinha já revelado evidente perda de força em relação ao que tinha sido feito pela primeira grande geração do cinema português nas décadas iniciais do sonoro. Na nossa vontade de preservar e dar a ver toda a história do nosso cinema, optamos então por exibir esse outro lado da produção de sessenta, seja para que possa ser vista com olhos de hoje, seja até para que, através dela, se possa também perceber melhor o que, na época, foi a diferença trazida pelo Cinema Novo. Um desses filmes, feito um ano depois do de Rocha, foi este 9 RAPAZES E 1 CÃO, nunca antes projetado na Cinemateca, e que, mercê de um misto de razões (entre elas a própria inexistência de cópias sem degradação acentuada) terá estado ausente de qualquer ecrã durante largas décadas. Ei-lo, em cópia nova que lhe devolve essa visibilidade.
 
30/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Rosa Negra
de Margarida Gil
com Fernando Luís, Manuela de Freitas, Catarina Correia, Dinis Neto Jorge, Mário Viegas, Zita Duarte, João César Monteiro
Portugal, 1992 - 108 min | M/12
Com a presença de Margarida Gil
Segunda longa-metragem de Margarida Gil, estreou em Locarno em 1992, mas nunca foi exibida comercialmente em Portugal. Rodada na Covilhã e na Serra da Estrela, sobre um argumento em que colaborou Maria Velho da Costa, é, sob a aparência de “drama de província”, um eco da tragédia grega que os protagonistas encenam. Filme em elipse e em “surdina”, contém um grito atravessado que lhe confere um negrume bastante raro no nosso cinema. Última aparição nas telas de Mário Viegas e, num pequeno papel, João César Monteiro.