CICLO
Imagem por Imagem (Cinema de Animação)


Em maio, a rubrica converte-se em homenagem, evocando um mestre da animação japonesa recentemente falecido. Para uns, Isao Takahata será sempre recordado como o “pai” de séries de televisão como “Heidi” ou “Marco”. Para outros, é “apenas” o outro lado dos míticos Estúdios Ghibli, que fundou em 1985 com Hayao Miyazaki. Para outros ainda, bastariam títulos como o que damos a ver este mês (o único a estrear em sala em Portugal), ou ainda A FAMÍLIA YAMADA ou O TÚMULO DOS PIRILAMPOS, para colocar Takahata ao nível dos maiores. Isao Takahata nasceu a 29 de outubro de 1935, em Ujiyamada, no Japão. Licenciado pela universidade de Tóquio em literatura francesa, consta que terá sido o visionamento de LE ROI ET L’OISEAU, de Paul Grimault, que lhe deu a ver as potencialidades narrativas e artísticas do cinema de animação. Inscreveu-se então na Toei Animation, onde se estreou na realização com HOLS, O PRÍNCIPE DO SOL (título da edição em DVD em Portugal), que tinha Hayao Miyazaki como responsável da equipa de animadores. Já fora da Toei, Takahata e Miyazaki continuaram a trabalhar juntos, nomeadamente na hoje lendária série de televisão “Heidi”, produzido pelo que viria a ser a Nippon Animation. Em 1985, são criados os Estúdios Ghibli e o resto é história. Argumentista, produtor e realizador, Isao Takataha anunciaria a retirada com O CONTO DA PRINCESA KAGUYA, que lhe valeria uma nomeação para o Óscar da Academia de Melhor Filme de Animação e a presença na Quinzena dos Realizadores de Cannes.
 
 
08/05/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Imagem por Imagem (Cinema de Animação)

Kaguyahime no Monogatari
O Conto da Princesa Kaguya
de Isao Takahata
Japão, 2013 - 137 min
 
08/05/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
Imagem por Imagem (Cinema de Animação)
Kaguyahime no Monogatari
O Conto da Princesa Kaguya
de Isao Takahata
Japão, 2013 - 137 min
legendado em português | M/6
Através da história de uma criança minúscula que cresce rapidamente mas tem de enfrentar o seu destino, esta última obra-prima de Takahata representa fielmente o espírito de fantasia, o respeito pelo imaginário clássico japonês e a deslumbrante beleza plástica que serão sempre associados à sua obra. Primeira exibição na Cinemateca.