27/10/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa | Uma Outra América: O Singular Cinema do Quebeque
Em colaboração com o Doclisboa, com o apoio do Office National du Film du Canada / National Film Board of Canada e da Cinémathèque Québécoise
Le Temps des Bouffons | Yes, Sir! Madame...
duração total da projeção: 90 min | M/12
“Here is a Fucking Canadian Film” / “Aqui está a Porra de um Filme Canadiano”
Com a presença de Robert Morin
LE TEMPS DES BOUFFONS
de Pierre Falardeau
Canadá, 1985 – 15 min / legendado em português e inglês
YES, SIR! MADAME...
de Robert Morin
Canadá, 1994 – 75 min / legendado eletronicamente em português
Dois autores de grande acutilância política e estética. LE TEMPS DES BOUFFONS regista e denuncia de forma polémica, com câmara escondida, um aniversário do Beaver Club em Montréal - homens e mulheres ricos celebram, muitos em traje pseudo-colonial, o seu domínio financeiro e político sobre a sociedade. YES, SIR!... é um filme irónico e comovente, que toma a questão bilingue como drama central do protagonista de um falso documentário. O que será um verdadeiro filme canadiano? Levado ao absurdo, o filme deriva numa balada esquizofrénica que ilustra a relação entre linguagem e poder.
28/10/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa | Uma Outra América: O Singular Cinema do Quebeque
Em colaboração com o Doclisboa, com o apoio do Office National du Film du Canada / National Film Board of Canada e da Cinémathèque Québécoise
Combat au Bout de la Nuit
de Sylvain L’Ésperance
Canada, 2016 - 285 min
legendado em português e inglês | M/12
O Olhar Suspenso do Mundo
Inicialmente programado para as 18h30, COMBAT AU BOUT DE LA NUIT será exibido às 19h00. Por esta alteração, a Cinemateca agrade a compreensão dos espectadores.
Rodado na Grécia ao longo de dois anos, “COMBAT…” é um longo film-fleuve sobre a crise vivida naquele país que se transforma numa impressionante interrogação sobre o estado do mundo. Depois de, em vários filmes, olhar densa e reiteradamente para a região africana do grande delta do Niger (não muito longe das zonas em que Rouch formou o seu olhar de realizador), Sylvain L’Ésperance (de quem também vemos nesta retrospetiva LES PRINTEMPS INCERTAINS) vem filmar uma Europa convulsa, não sem acabar por reencontrar, de forma pungente, explosiva e irónica… representantes, agora expatriados, dessas culturas que tanto o atraíram. Estruturado como um ensaio político e poético, o filme mergulha no olho do furacão da crise grega e das tensões com as instituições europeias e internacionais, cruzando-o com histórias individuais de refugiados e com a própria atualidade da “crise dos refugiados”, num movimento amplo que alarga e transforma o assunto de partida. Continuador da tradição dos grandes viajantes do documentário político e social, L’Ésperance não “resolve”: acumula (e interpela-nos com) a tensão irresolvida. Segunda exibição em novembro.