CICLO
História Permanente do Cinema Português


Como em meses anteriores, prosseguimos a revisitação do cinema aqui produzido nos finais da década de quarenta ou nos anos cinquenta, juntando-lhe mais uma proposta relativa às gerações surgidas depois da década de setenta.
 
04/07/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Cantiga da Rua
de Henrique Campos
Portugal, 1949 - 116 min | M/12
 
05/07/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo História Permanente do Cinema Português

Jogo de Mão
de Monique Rutler
Portugal, 1983 - 109 min | M/12
04/07/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Cantiga da Rua
de Henrique Campos
com Alberto Ribeiro, Manuel Santos Carvalho, Deolinda Rodrigues, Luisa Durão, Maria Olguim
Portugal, 1949 - 116 min | M/12
Continuando a resgatar clássicos há muito não vistos na Cinemateca, chega a vez de CANTIGA DA RUA, e, com ela, de Henrique Campos, que aqui realizava a sua terceira longa-metragem (depois de UM HOMEM NO RIBATEJO e de RIBATEJO). Vindo do teatro e iniciado no cinema como ator, este será porventura um dos realizadores mais marcantes das contradições extremas de uma geração intermédia da ficção portuguesa – aquela que, nos finais de quarenta e na década de cinquenta, almejou explorar os filões mais populares da geração anterior sem a preparação e o ímpeto modernista que tinham estado na base deles. Encorajado pelo filão, sem a formação alternativa apesar de tudo encontrada por outros no mesmo período (como Queiroga), dir-se-ia que Campos avançou para a realização assumindo como trunfos exclusivos os próprios contornos de género, as convenções regionalistas, os atores ou (como neste caso) a música. Se não outro, a obra teve reconhecimento público: feito para as canções de Alberto Ribeiro, CANTIGA DA RUA foi um dos maiores êxitos comerciais da época (porventura o maior) tornando-se objeto incontornável na revisitação e interrogação que aqui temos levado a cabo sobre o período.
05/07/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
História Permanente do Cinema Português
Jogo de Mão
de Monique Rutler
com João Lagarto, Júlio César, São José Lapa, Orlando Costa, Zita Duarte, Teresa Roby, João Calvário, Carlos Wallenstein, Isabel de Castro
Portugal, 1983 - 109 min | M/12
com a presença de Monique Rutler
Segunda das três longas-metragens realizadas até hoje por Monique Rutler, JOGO DE MÃO combina todas as recorrências do cinema da autora com uma experiência narrativa particular (aa suas quatro histórias, lançadas pelo jogo de mão dos Robertos) que, entre outros efeitos, lhe permitem ampliar muito o espectro de representação sociológica. Filme sem centro – ou em que o centro é precisamente o de uma certa vivência quotidiana portuguesa, visível ou subterrânea –, é portanto, antes de mais, um exemplo do cinema de observação e dissecação social através do qual Monique Rutler nos olhou, de uma forma ao mesmo tempo solidária e distanciada, ao longo de cerca de uma década. Mais de vinte anos decorridos sobre a sua última longa (e dez anos depois da última projeção de JOGO DE MÃO na Cinemateca), o que propomos é então, mais do que a simples redescoberta de um filme singular, um reencontro com um cinema que nos trouxe um olhar próprio.